ARÁBIA SAUDITA ONU perturbada com prisão de defensores dos direitos da mulher na Arábia Saudita
ARÁBIA SAUDITA
ONU perturbada com prisão de
defensores dos direitos da mulher na Arábia Saudita
30 maio 2018 ONUnews
30 maio 2018 ONUnews
Nas últimas duas semanas, pelo
menos 13 ativistas de direitos humanos foram presos pelas autoridades; a
maioria dos detidos é mulher.
A porta-voz do Escritório
de Direitos Humanos das Nações Unidas, Liz Throssell, disse que a agência da
ONU está “perturbada com a prisão na Arábia Saudita de vários ativistas e
defensores dos direitos humanos que trabalham em questões relacionadas aos direitos
das mulheres”.
Segundo a porta-voz, que
falava em Genebra, na Suíça, desde 15 de maio pelo menos 13 ativistas, a
maioria mulheres, foram presos. Quatro foram libertados.
Suspeitas
Throssell lembrou o aliviar de
certas restrições às atividades das mulheres, incluindo o fim eminente da
proibição de dirigir, e considerou “desconcertante porque é que os homens e
mulheres envolvidos na campanha por esses acontecimentos positivos serem alvo
das autoridades”.
A porta-voz citou agências de
notícias locais para explicar que as acusações contra estes ativistas “ parecem
ser muito sérias” e “podem levar a sentenças draconianas”.
Segundo ela, o paradeiro
destas pessoas é desconhecido e a maioria só terá tido direito a uma única
ligação telefônica para as famílias desde que foram presas. O Escritório está
preocupado que a falta de transparência “possa abrir a porta para o abuso de
sua integridade física e psicológica”.
Pedido
O Escritório de Direitos
Humanos está a pedir às autoridades da Arábia Saudita que revelem onde estão os
ativistas e garantam os seus direitos, como representação legal, acesso às
famílias e, se forem levados a julgamento, que este aconteça dentro de um
período razoável de tempo.
A porta-voz disse que “se,
como parece, a sua detenção está relacionada apenas ao trabalho como defensores
dos direitos humanos e ativistas em questões de mulheres, eles devem ser
libertados imediatamente”.
Outros casos
A agência da ONU também está
preocupada com a aparente detenção arbitrária e o desaparecimento de outras
pessoas. Liz Throssell deu um exemplo recente, o de um príncipe da dinastia Al-
Al-Rashid chamado Nawaf Talal Rasheed. Segundo a porta-voz, ele “supostamente
foi deportado do Kuweit em 12 de maio e, desde então, não se soube mais nada
dele”. Apresentação: Alexandre Soares
ONU news
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