PORTO D. António Barroso pode vir a ser declarado «missionário modelo»
PORTO
D.
António Barroso pode vir a ser declarado «missionário modelo»
Jun 9, 2018 - 16:46
No colóquio sobre a vida do
antigo bispo do Porto o vice-postulador da causa de beatificação revelou ter
muita esperança
Diocese do Porto
Porto, 09 jun 2018 (Ecclesia) –
O vice-postulador da causa de beatificação de D. António Barroso disse ter
esperança que antigo bispo do Porto possa ser declarado como “missionário
modelo”.
Em declarações à Agência
ECCLESIA no colóquio ‘Entre a Monarquia e a República: os tempos de D. António
Barroso no centenário da sua morte, Amadeu Gomes de Araújo afirmou que o
processo de beatificação está “completo”.
“Roma aceitou o processo e está
completo, temos esperança que a Congregação para a Causa dos Santos o estude e
sonhamos que possa ser no sentido de ele vir a ser beatificado e declarado
missionário modelo”, disse Amadeu Gomes de Araújo.
Cem anos depois da morte de D.
António Barroso o Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) promoveu
este colóquio onde deu a conhecer mais sobre a sua vida e a ação pastoral”,
“inscritas no cenário político, social e eclesial do seu tempo”, entre a
Monarquia e a República.
D. António Barroso
faleceu em 1918 com fama de santidade, chamado no Porto “pai dos pobres”, foi
missionário durante cerca de duas décadas e depois, 18 anos bispo do Porto.
“Esteve em missão em Angola e
Congo, depois regressou a Portugal durante quatro anos para um projeto do
governo, depois partiu para Moçambique e foi colocado à frente da diocese do
Porto entre 1899 e 1918.
Foi um missionário, notável,
inovador, reformador e criativo”, caracterizou o vice-postulador..
Amadeu Gomes de Araújo explicou
ainda que D. António Barroso foi um “lutador pelos ideais da Igreja” e, como
bispo do Porto ficou muito conhecido.
“Tem uma imagem mais conhecida
porque foi bispo numa fase muito mediática, apanhou a implantação da República,
com uma fé inabalável, uma coragem notável, um modelo missionário”, contou.
D. António Barroso
chegou mesmo a estar exilado na sua terra natal, Remelhe, Barcelos, e lá, mesmo
estando proibido de exercer o “múnus apostólico geriu a diocese do Porto”.
“De lá continuou a dirigir a
sua diocese, ordenou lá 64 padres, e a pobre capelinha de São Tiago
de Remelhe foi a catedral do Porto”, afirmou Amadeu Gomes de Araújo.
Com a esperança de andamento do
processo ainda no ano do centenário da morte de D. António Barroso, Amadeu
Gomes de Araújo recordou o anterior bispo do Porto, D. António Francisco que
“era grande admirador e muito se interessou pelo processo, apoiou e tentou
encaminhar, indo a Roma.
“Também o atual bispo do Porto,
D. Manuel Linda, já esteve em Roma a acompanhar o processo”, contou.
LFS/SN
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