R CENTRO.AFRICANA Crise na República Centro-Africana é de “partir o coração”
R CENTRO.AFRICANA
Crise na República
Centro-Africana é de “partir o coração”
BR ONUnews
Foto: Ocha CAR/Yaye N. SENE
Coordenadora humanitária da ONU, Najat Rochdi
28 maio 2018
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Declaração
é da coordenadora humanitária da ONU no país; Najat Rochdi explica que índice
de mortalidade infantil é de 18% e uma entre quatro pessoas está deslocada.
A
situação humanitária na República Centro-Africana, que já era séria, piorou com
a escalada da violência, que ameaça dominar todo o país. A declaração foi feita
nesta segunda-feira pela coordenadora humaniária da ONU na República
Centro-Africana.
De
acordo com Najat Rochdi, uma entre quatro pessoas está deslocada e a taxa de
desnutrição severa em seis regiões chega a 15%. Já o índice de mortalidade
infantil está a 18%.
Durante
conversa com jornalistas em Genebra, na Suíça, ela afirmou ficar “de coração
partido toda vez que uma criança” lhe diz que está com fome.
Crianças
famintas
Rochdi
explicou que é “horrível ouvir de meninos e de meninas que estão famintos,
passando fome”. Ela lamenta a piora na situação do país, porque em um ano houve
aumento de 70% no número de deslocados internos.
Para
que ONU e parceiros possam ajudar 1,9 milhão de pessoas na República
Centro-Africana, são necessários mais de US$ 515 milhões, mas apenas 20% do
montante foi financiado até agora. Os confrontos entre forças do governo e
milícias rebeldes muçulmanas ou cristãs continuam.
O
país é rico em recursos naturais como diamante, ouro e urânio, bens que acabam
causando os conflitos.
Perigos
No
início de maio, a violência alcançou a capital Bangui e durante um incidente
entre forças de segurança nacionais e milícia armada, 70 pessoas morreram.
Segundo
Rochdi, a República Centro-Africana é atualmente um dos locais mais perigosos
do mundo para os trabalhadores humanitários.
Cerca
de 70% das famílias não têm acesso à água potável e 80% fazem suas necessidades
ao relento.
Aproximadamente
670 mil pessoas estão deslocadas, além de 580 mil refugiados em países vizinhos
como Camarões e Chade.
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