LITURGIA Acólitos portugueses em festa no Vaticano
LITURGIA
Acólitos portugueses em festa no Vaticano
Ago 1, 2018 - 14:23
D. José Cordeiro destaca «enorme alegria e experiência da catolicidade da
Igreja»
Cidade do Vaticano, 01 ago 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão
Episcopal de Liturgia e Espiritualidade disse hoje que os acólitos portugueses
“se manifestaram em grande força” nos encontros com o Papa Francisco que
decorreram durante a sua peregrinação internacional, em Roma.
“Os jovens que colaboram na Liturgia, especialmente os acólitos, sentiram
esta interpelação porque a paz e a liturgia andam de mãos dadas. Toda a
celebração da liturgia, e de modo especial a Eucaristia, é para colher esses
frutos de união e paz””, referiu D. José Cordeiro, em declarações à Agência
ECCLESIA, após a audiência pública de quarta-feira com o Papa.
Com mais de 60 mil participantes, onde se contam 325 portugueses, a maior
delegação nacional de sempre, a Peregrinação Internacional de Acólitos a Roma
tem como tema ‘procura a paz e segue os seus passos’.
“É uma enorme alegria e experiência
da catolicidade da Igreja e a presença tão numerosa de acólitos portugueses
veio sublinhar ainda mais”, afirmou D. José Cordeiro, que esta terça-feira
viveu essa experiência “no meio deles, nas filas, com o calor como está em
Roma”, para entrar na Praça de São Pedro.
Para além de Portugal, a Peregrinação Internacional de Acólitos a
Roma 2018 conta com mais 17 países registados oficialmente: Antígua e Barbuda,
Áustria, Bélgica, Croácia, República Checa, França, Alemanha, Hungria,
Luxemburgo, Roménia, Rússia, Sérvia, Eslováquia, Suíça, Ucrânia, Reino Unido,
EUA.
Já o diretor Serviço Nacional de Acólitos (SNA) afirma que tem sido um
“ambiente de festa, de grande alegria, de grande vivência, de jovialidade” e de
encontro entre nações.
“Mostrar também que entre os acólitos, entre os jovens, quando se quer
fazer festa, não há barreiras e a paz pode acontecer”, realçou o padre Luís
Leal.
Para o bispo de Bragança-Miranda “é bonito fazer esta experiência inteira
com os jovens e levá-los a sério” e assinalou que o Papa “também provocou
muitos os jovens” dizendo que o “caminho de santidade não é para os jovens
preguiçosos, é para jovens corajosos”.
Aos acólitos portugueses guiados
pelo Bispo D. José Cordeiro, encorajando-vos a apostar em ideais grandes de
serviço, que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos”, disse
hoje o Papa Francisco, no regresso aos encontros semanais.
A peregrinação internacional a Roma organizada pela Coetus Internationalis
Ministrantium (CIM) – associação europeia de acólitos, com mais de 50 anos de
existência – e o diretor do SNA destacou também a importância destes jovens
“conhecerem pessoas novas da sua idade” e que fazem o mesmo serviço, sejam de
outros países ou dioceses de Portugal.
“Vão trocando experiências, partilhando o que fazem nas suas paróquias,
angustias, alegrias, e, se calhar, até percebendo que as suas dificuldades e
alegrias acontecem noutros locais”, desenvolveu o padre Luís Leal.
na tarde de terça-feira, na Praça de São Pedro, Francisco respondeu a cinco
perguntas, incluindo a de uma participante de Portugal.
Santo Padre, somos acólitos.
Servimos o Senhor junto do altar e contemplamo-Lo na Eucaristia. Como poderemos
viver a contemplação espiritual a exemplo de Maria e o serviço prático a
exemplo de Marta, procurando reconhecer concretamente, na nossa vida, aquilo
que Jesus quer de nós?”, perguntou Ana Carolina, da Paróquia de São Romão,
Arquidiocese de Évora.
O padre Luís Leal observa que “há feedbacks que não se expressam tanto por
aquilo que se diz” mas pelo “gosto que a pessoa ganha nesse momento”, mesmo com
“grande nervosismo”.
Neste contexto, realçou a “honra” e “grande alegria interior” de Ana
Carolina pela missão que lhe foi pedida, não só por si mas “em nome de todos os
acólitos portugueses e de língua portuguesa”.
O diretor do Serviço Nacional de Acólitos destacou ainda do programa que
esta quinta-feira os jovens portugueses vão visitar algumas basílicas e
terminam nas Catacumbas de São Calisto, onde estão as relíquias de São
Tarcísio, o padroeiro universal dos acólitos.
Para o padre Luís Leal, um “momento de referência” foi também a Missa na
igreja de Santo António dos Portugueses, onde o embaixador português junto da
Santa Sé se fez representar pela ministra-conselheira Maria Manuel Durão.
CB/OC
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