MEDITERRÂNEO Refugiados: Em 7 meses, mais de 1,5 mil refugiados e migrantes morreram no Mediterrâneo
MEDITERRÂNEO
Refugiados: Em 7 meses, mais de 1,5 mil refugiados e
migrantes morreram no Mediterrâneo
Acnur/Giuseppe Carotenuto
Migrantes na costa da Líbia.
6 agosto 2018
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Dados são da Agência da ONU para Refugiados, Acnur,
e correspondem ao período de janeiro a julho de 2018; somente em junho e julho
foram 850 óbitos.
As
Nações Unidas informaram que nos primeiros sete meses deste ano, cerca de 60
mil pessoas tentaram cruzar o Mediterrâneo para entrar na Europa.
A
rota é conhecida pela incidência de casos de tráfico humano e contrabando de
pessoas que se tornam vítimas de redes criminosas.
Rota
marítima
A
Agência da ONU para Refugiados, Acnur, afirma que de janeiro a junho, mais de
1,5 mil refugiados e migrantes morreram durante a travessia.
O
alerta foi feito após 850 mortes terem sido notificadas somente nos meses de
junho e julho. Com isso, o Mediterrâneo passa a ser considerada a rota marítima
mais mortal do mundo.
O
Acnur também está preocupado com o aumento na taxa de mortes apesar de o número
de pessoas que chegaram à Europa por esta via ter caído bastante se comparado
ao mesmo período dos anos passados.
Espanha é agora o principal
porto de entrada. , by Test
O
total de 60 mil entradas é mais da metade do registrado em 2017, mas equivale a
níveis vistos em 2014.
Redes
Os
dados da agência da ONU revelam que 1 em cada 31 pessoas, que fizeram a
travessia em junho e julho, morreu ou está desaparecida. No ano passado, esta
taxa era de 1 em cada 49.
A
Espanha se tornou o destino número um dos refugiados e migrantes com mais de
23,5 mil pessoas chegando por mar. Em segundo lugar aparece a Itália com 18,5
mil e a Grécia com 16 mil.
Refugiados
que fogem da Síria são 13,5% de todas as novas chegadas na Europa, o que prova
o desespero das pessoas que tentam fugir da maior crise de refugiados do mundo.
O
Acnur instou países e autoridades ao longo das rotas de trânsito de migrantes e
refugiados que tomem todas as medidas necessárias para desmantelar as redes
criminosas, que traficam seres humanos.
Barcos
à deriva
Muitos
sobrecarregam as embarcações durante o verão para aproveitar o bom tempo para a
navegação. Depois, os contrabandistas abandonam os barcos deixando os migrantes
à deriva.
Para
a agência da ONU, é preciso ainda que os autores desses crimes sejam
responsabilizados por tentar lucrar com a exploração de pessoas vulneráveis e
em situação delicada.
Para
o Acnur, essas ações são necessárias para evitar mais perdas de vida em alto
mar. Unnews
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