POBRES II Dia Mundial dos Pobres: Papa denuncia «consequências sociais dramáticas» da pobreza e condena «aversão» aos pobres
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II Dia Mundial dos Pobres: Papa denuncia
«consequências sociais dramáticas» da pobreza e condena «aversão» aos pobres
Jun 14, 2018 - 11:03
Igreja Católica vai celebrar II Dia Mundial dos
Pobres a 18 de novembro
O Papa Francisco alertou para as
“consequências sociais dramáticas” da pobreza e condenou o que qualifica como
“aversão” aos pobres, numa mensagem divulgada hoje pelo Vaticano.
“Quantos
percursos conduzem a formas de precariedade: a falta de meios elementares de
subsistência, a marginalidade quando se deixa de estar no pleno das próprias
forças de trabalho, as diversas formas de escravidão social, apesar dos
progressos levados a cabo pela humanidade”, refere o texto orientador para a
celebração do II Dia Mundial dos Pobres, este ano a 18 de novembro.
Francisco
sublinha que a pobreza não é procurada, mas é “criada pelo egoísmo, pela
soberba, pela avidez e pela injustiça”, convidando todos a um “sério exame de
consciência”.
A
mensagem critica a “aversão aos pobres” manifestada por alguns setores da
sociedade, que os consideram “não apenas como pessoas indigentes, mas também
como gente que traz insegurança, instabilidade, desorientação das atividades
diárias e, por isso, gente que deve ser rejeitada e mantida ao longe”.
O Papa
manifesta a sua solidariedade a todos os que são “espezinhados na sua
dignidade” e são perseguidos “em nome de uma falsa justiça, oprimidos por
políticas indignas deste nome e atemorizados pela violência”.
“A
condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um grito que
atravessa os céus e chega até Deus”, acrescenta.
A
celebração do Dia Mundial dos Pobres no penúltimo domingo do calendário
litúrgico da Igreja Católica é uma novidade implementada pelo Papa Francisco.
Como
aconteceu em 2017, o pontífice vai celebrar uma Missa com pobres e pessoas que
os acompanham, na Basílica de São Pedro, antes de almoçar com cerca de 3 mil
pobres na sala Paulo VI.
O gesto
solidário vai ser replicado em várias paróquias e instituições católicas, a
pedido do Papa.
O
Vaticano vai ainda oferecer serviços de saúde gratuitos a pessoas em
necessidade, de 12 a 18 de novembro, com a ajuda de um hospital de campanha
montado na Praça Pio XII, em Roma.
Francisco
pede que os católicos sejam capazes de “acolher realmente o grito do pobre”,
que exige uma intervenção decidida para “repor a justiça e para ajudar a
recuperar uma vida com dignidade”, em colaboração com outras entidades da
sociedade.
“O nosso modo de viver é diferente do do mundo,
que louva, segue e imita os que têm poder e riqueza, ao passo que marginaliza
os pobres e os considera um refugo e uma vergonha”.
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