SANTIDADE 1 de novembro: A Santidade segundo o Papa Francisco


SANTIDADE
1 de novembro: A Santidade segundo o Papa Francisco
Nov 1, 2018 - 0:01
Ensinamento do atual pontífice propõe modelo cristão de felicidade como alternativa a sociedade «consumista e egoísta»

Lisboa, 01 nov 2018 (Ecclesia) – A santidade, que a Igreja Católica assinala hoje de forma especial, é um dos temas centrais do pontificado do Papa Francisco, que propõe um modelo cristão de felicidade como alternativa ao consumismo, à pressa e à indiferença face ao outro.
“Se não cultivarmos uma certa austeridade, se não lutarmos contra esta febre que a sociedade de consumo nos impõe para nos vender coisas, acabamos por nos transformar em pobres insatisfeitos que tudo querem ter e provar”, referiu, no documento intitulado ‘Gaudete et Exsultate’ (Alegrai-vos e exultai), divulgado este ano.
A exortação apresentou-se como um “apelo” renovado à santidade, proposta radical de vida.
“O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”, sublinhava Francisco.
O Papa defende na sua exortação apostólica uma vida cristã “austera e essencial”, centrada nas ‘Bem-aventuranças’ propostas por Jesus nos Evangelhos.
“Jesus sublinha que este caminho vai contracorrente, a ponto de nos transformar em pessoas que questionam a sociedade com a sua vida, pessoas que incomodam”, escreve.
Francisco defende uma maior atenção aos mais necessitados e à justiça social na vida dos católicos, que desafia a “reconhecer Jesus nos pobres e atribulados”.
“Não podemos propor-nos um ideal de santidade que ignore a injustiça deste mundo, onde alguns festejam, gastam folgadamente e reduzem a sua vida às novidades do consumo, ao mesmo tempo que outros se limitam a olhar de fora enquanto a sua vida passa e termina miseravelmente”, assinala, no texto dedicado à santidade no mundo contemporâneo.
O Papa sustenta ainda que a santidade é uma “luta constante contra o demónio”, o qual considera “mais do que um mito”.
“Não pensemos que [o diabo] é um mito, uma representação, um símbolo, uma figura ou uma ideia. Este engano leva-nos a diminuir a vigilância, a descuidar-nos e a ficar mais expostos. O demónio não precisa de nos possuir. Envenena-nos com o ódio, a tristeza, a inveja, os vícios”, alerta.
A ‘Gaudete et Exsultate’ foi a terceira exortação apostólica do Papa Francisco.
OC

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