NIGÉRIA/cristãos Em dois meses, mais de 250 foram assassinados por extremistas na Nigéria
NIGÉRIA/cristãos
Em dois meses, mais de 250
foram assassinados por extremistas na Nigéria
Radicais da etnia Fulani tem usado a disputa por
terras como pretexto para massacrar cristãos, na Nigéria.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO
CHRISTIAN POST
ATUALIZADO: SEXTA-FEIRA, 21
SETEMBRO DE 2018 AS 2:27
Pastor Fulani armado. Radicais da etnia já mataram mais pessoas do que o grupo Boko Haram. (Foto: Globaltake) |
Nos últimos dois meses, mais de 250 cristãos foram
vítimas fatais da insurgência dos radicais Fulani, etnia formada por pastores
de animais no estado de Plateau, na Nigéria. Os dados foram divulgados no
domingo (16) pela Sociedade Internacional pelas Liberdades Civis e Estado de
Direito (Intersociety)
.
De acordo com a organização, a violência contra
cristãos é exercida de várias formas, incluindo o abate de crianças, o uso de
facões e armas contra mulheres grávidas, assassinato de cristãos durante seu
sono, invasão de terras da comunidade cristã, bem como ataques a locais de
culto.
Em julho, um relatório da Intersociety revelou que nos
últimos três anos, mais de 8.800 cristãos foram alvejados e
mortos na por forças de segurança nigerianas, muçulmanos radicais
xiitas, pastores da etnia fulani e militantes do Boko Haram.
Em meio ao massacre classificado como “genocídio”
por líderes cristãos da Nigéria, mais de 6 mil pessoas
foram mortas por pastores fulani desde janeiro, a maioria mulheres, crianças e
idosos.
Na última sexta-feira (14), duas crianças de 9 e 10
anos foram baleadas e golpeadas por facões enquanto cuidavam de um rebanho de
vacas. Segundo a International Christian Concern, Ntyang Pam Danjuma e Mesheck
Dalyop Kang'ageda foram mortos por radicais Fulani e uma terceira criança
conseguiu escapar.
“O governo nigeriano continua sendo complacente ao
lidar com os militantes Fulani, que em 2018 mataram quase três vezes mais
pessoas do que o Boko Haram”, disse a organização. “Se eles não garantirem a
segurança do seu povo, eles terão uma luta contínua à medida que as comunidades
decidirem se defender e proteger suas famílias”.
Emeka Umeagbalasi, presidente do conselho da
Intersociety, disse ao The Christian Post que o governo nigeriano continua
tentando caracterizar os assassinatos como “confrontos entre fazendeiros e
pastores”. No entanto, ele revela que os ataques visam matar e expulsar os
cristãos.
Segundo a Intersociety, esses ataques são promovidos
por jihadistas que se escondem sob o manto de “pastores”, mas estão
frequentemente armados com fuzis AK-47 e armas sofisticadas que lhes permitem
matar um grande número de pessoas.
“É o caso de um grupo escondido atrás do gado para
desencadear a violência em comunidades cristãs inocentes. Eles destroem as
fazendas e convertem suas igrejas em mesquitas”, denunciou Umeagbalasi.
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