PORTUGAL
Solidariedade: Organizações católicas assinalam primeiro
Dia Mundial dos Pobres
Agência Ecclesia 06 de
Novembro de 2017, às 11:20
Celebração foi instituída pelo Papa Francisco
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Um conjunto de organizações católicas
de solidariedade vai assinalar em Lisboa o Dia Mundial dos Pobres, uma
celebração da Igreja Católica instituída pelo Papa Francisco que se celebra
pela primeira vez a 19 de novembro.
A iniciativa, promovida pela Cáritas Portuguesa, começa no Largo da
Trindade e prossegue às 11h00, na igreja de São Roque, presidida por D. António
Vitalino, bispo emérito de Beja e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral
Social e Mobilidade Humana.
Uma caminhada leva depois os participantes até à Ribeira das Naus.
Esta iniciativa que a Igreja Católica vai passar a assinalar no
penúltimo domingo do seu ano litúrgico (19 de novembro, em 2017) foi uma
decisão anunciada por Francisco na conclusão do Jubileu da Misericórdia
(dezembro 2015-novembro 2016).
O Papa explicou na altura que vê nesta nova celebração a “mais digna
preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do
Universo”, que encerra o ano litúrgico na Igreja Católica, evocando a sua
identificação com os “mais pequenos e os pobres”.
Na sua mensagem para a celebração de 2017, Francisco criticou a
“riqueza descarada” de uma minoria de “privilegiados” que agrava os níveis de
pobreza, a nível mundial.
“Infelizmente, nos nossos dias - enquanto sobressai cada vez mais a
riqueza descarada que se acumula nas mãos de poucos privilegiados,
frequentemente acompanhada pela ilegalidade e a exploração ofensiva da
dignidade humana -, causa escândalo a extensão da pobreza a grandes sectores da
sociedade no mundo inteiro”, escreve, no texto dedicado à celebração do I Dia
Mundial dos Pobres.
A mensagem pontifícia sublinha que o atual cenário de desigualdades e
pobreza não pode deixar ninguém “resignado”.
“À pobreza que inibe o espírito de iniciativa de tantos jovens,
impedindo-os de encontrar um trabalho, à pobreza que anestesia o sentido de
responsabilidade, induzindo a preferir a abdicação e a busca de favoritismos, à
pobreza que envenena os poços da participação e restringe os espaços do
profissionalismo, humilhando assim o mérito de quem trabalha e produz: a tudo
isso é preciso responder com uma nova visão da vida e da sociedade”, pode
ler-se.
A
figura escolhida como “testemunha da pobreza genuína” é São Francisco de Assis,
que fundou a Ordem dos Frades Menores (franciscanos) em 1209. OC|
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