BOM SACERDOTE
Decálogo do bom sacerdote segundo o Papa Francisco
1.Um bom sacerdote não se escandaliza pelas fragilidades que agitam a alma humana, mas aceita tornar-se responsável pelo destino dos fiéis que o Senhor lhe confia. Ciente de ser ele mesmo um paralítico curado, um pecador perdoado e um filho amado; deixa-se guiar pelo Espírito Santo, crescendo sempre na total disponibilidade e na alegria evangelizadora.
2. O bom sacerdote, como Moisés, aproxima-se do fogo, permitindo que as chamas queimem as suas ambições de carreira e de poder, bem como as tentações de intimismo religioso e de orgulho espiritual. Oferece, sem reservas, a sua vida gratuita e humildemente, mesmo quando poucos parecem compreendê-lo, ou ninguém vem agradecer.
3.Num mundo em que cada um se considera a medida de tudo e frequentemente se olha o outro como coisa, meio ou rival, multiplicando-se tantas feridas relacionais; o bom sacerdote está atento, no seu ministério, a quem vive na tribulação e na ansiedade por falta de referências para seguir em frente com esperança.
4.Tendo aceitado não dispor de si mesmo, não tem uma agenda para defender, mas entrega todas as manhãs ao Senhor o seu tempo para se deixar encontrar pelas pessoas e conhecê-las. Não é um burocrata ou um anónimo funcionário, mas derrama o óleo da esperança e da consolação, fazendo-se samaritanamente próximo de todos.
5.Sabe que o Amor é tudo, por isso não procura garantias terrenas ou títulos honoríficos que levam a confiar no homem. O seu estilo de vida sóbrio e sempre disponível faz com que se aproxime dos humildes, movido pela caridade pastoral que o torna livre e solidário. Servo da vida, caminha com o coração e o passo dos mais frágeis.
6.É um homem de paz e de reconciliação, um sinal e instrumento da ternura de Deus, atento a difundir o bem com paixão. No que se refere à gestão das estruturas e dos bens materiais, mantém somente aquilo que pode servir para a experiência de fé e de caridade do povo de Deus.
7.O relacionamento profundo com Jesus protege-o do mundanismo espiritual que corrompe, levando-o a abraçar a realidade quotidiana com a confiança de quem crê que nada é impossível a Deus.
8. O sentido de pertença à Igreja é o sal da vida do sacerdote, fazendo com que o seu princípio distintivo seja a comunhão vivida com os leigos em relações que sabem valorizar a participação de cada um. A sua principal tarefa é a de construir comunidade.
9. Permite que o seu Bispo se aproxime discreta e cordialmente dele e lhe pergunte, com simplicidade, sobre as motivações espirituais e pastorais do seu agir. Sabe que é vital encontrar-se no cenáculo do presbitério. Esta experiência liberta de narcisismos, de ciúmes clericais; fazendo crescer a estima, o apoio e a benevolência recíproca. O caminhar em comum dos sacerdotes, diferentes na idade e na sensibilidade, difunde um perfume de profecia que surpreende e fascina.
10.Ama a terra, que reconhece visitada todas as manhãs pela presença amorosa de Deus. É um homem de Páscoa, de olhar voltado para Reino e para onde sente que a história humana caminha, apesar dos atrasos, das obscuridades e contradições.
(D. Nuno Almeida, a partir do discurso inaugural do Papa Francisco na 69º Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana [CEI], 16.05.2017.)
Decálogo do bom sacerdote segundo o Papa Francisco
1.Um bom sacerdote não se escandaliza pelas fragilidades que agitam a alma humana, mas aceita tornar-se responsável pelo destino dos fiéis que o Senhor lhe confia. Ciente de ser ele mesmo um paralítico curado, um pecador perdoado e um filho amado; deixa-se guiar pelo Espírito Santo, crescendo sempre na total disponibilidade e na alegria evangelizadora.
2. O bom sacerdote, como Moisés, aproxima-se do fogo, permitindo que as chamas queimem as suas ambições de carreira e de poder, bem como as tentações de intimismo religioso e de orgulho espiritual. Oferece, sem reservas, a sua vida gratuita e humildemente, mesmo quando poucos parecem compreendê-lo, ou ninguém vem agradecer.
3.Num mundo em que cada um se considera a medida de tudo e frequentemente se olha o outro como coisa, meio ou rival, multiplicando-se tantas feridas relacionais; o bom sacerdote está atento, no seu ministério, a quem vive na tribulação e na ansiedade por falta de referências para seguir em frente com esperança.
4.Tendo aceitado não dispor de si mesmo, não tem uma agenda para defender, mas entrega todas as manhãs ao Senhor o seu tempo para se deixar encontrar pelas pessoas e conhecê-las. Não é um burocrata ou um anónimo funcionário, mas derrama o óleo da esperança e da consolação, fazendo-se samaritanamente próximo de todos.
5.Sabe que o Amor é tudo, por isso não procura garantias terrenas ou títulos honoríficos que levam a confiar no homem. O seu estilo de vida sóbrio e sempre disponível faz com que se aproxime dos humildes, movido pela caridade pastoral que o torna livre e solidário. Servo da vida, caminha com o coração e o passo dos mais frágeis.
6.É um homem de paz e de reconciliação, um sinal e instrumento da ternura de Deus, atento a difundir o bem com paixão. No que se refere à gestão das estruturas e dos bens materiais, mantém somente aquilo que pode servir para a experiência de fé e de caridade do povo de Deus.
7.O relacionamento profundo com Jesus protege-o do mundanismo espiritual que corrompe, levando-o a abraçar a realidade quotidiana com a confiança de quem crê que nada é impossível a Deus.
8. O sentido de pertença à Igreja é o sal da vida do sacerdote, fazendo com que o seu princípio distintivo seja a comunhão vivida com os leigos em relações que sabem valorizar a participação de cada um. A sua principal tarefa é a de construir comunidade.
9. Permite que o seu Bispo se aproxime discreta e cordialmente dele e lhe pergunte, com simplicidade, sobre as motivações espirituais e pastorais do seu agir. Sabe que é vital encontrar-se no cenáculo do presbitério. Esta experiência liberta de narcisismos, de ciúmes clericais; fazendo crescer a estima, o apoio e a benevolência recíproca. O caminhar em comum dos sacerdotes, diferentes na idade e na sensibilidade, difunde um perfume de profecia que surpreende e fascina.
10.Ama a terra, que reconhece visitada todas as manhãs pela presença amorosa de Deus. É um homem de Páscoa, de olhar voltado para Reino e para onde sente que a história humana caminha, apesar dos atrasos, das obscuridades e contradições.
(D. Nuno Almeida, a partir do discurso inaugural do Papa Francisco na 69º Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana [CEI], 16.05.2017.)
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