REINO UNIDO Ataque em Londres: Sete mortos, 48 feridos.
REINO UNIDO
Ataque em Londres: Sete mortos,
48 feridos. Campanha eleitoral suspensa
4 jun 2017 08:08
“Levámos 48 pacientes para cinco hospitais em Londres e assistimos vários outros no local com ferimentos leves. A polícia confirmou que, infelizmente, seis pessoas morreram também no local”, indicou o serviço de Ambulâncias em comunicado no início do dia.
Ainda
de manhã, o balanço foi atualizado para sete vítimas mortais. A informação
foi avançada pela comissária Cressida Dick da Metropolitan Police, que
confirmou o número de feridos referido interiormente.
Os
três atacantes envolvidos neste ato terrorista foram abatidos pelas
autoridades.
A
responsável garantiu que a situação está "controlada", mas prosseguem
as investigações. A prioridade da polícia metropolitana é trabalhar com a
unidade de contraterrorismo e com os serviços secretos britânicos, detalhou.
Cressida Dick disse ainda que o patrulhamento foi reforçado em várias áreas da
cidade, o que implica a existência de mais agentes armados nas ruas.
Segundo
a comissária, citada pelo The Guardian, a o Centro Conjunto de Análise de
Terrorismo vai analisar se o nível de ameaça deve ser elevado, de severo
para crítico. "Se aumentar e se sentirmos necessidade de apoio
militar, vamos pedir", adiantou.
Questionada
sobre se sabia a identidade dos atacantes, Cressida Dick limitou-se a
dizer que não.
O Governo português está a acompanhar os incidentes em
Londres, mas
desconhece ainda se há portugueses entre as vítimas.
Entretanto,
o gabinete do presidente francês Emmanuel Macron confirmou a existência de franceses entre as vítimas do ataque de Londres. Segundo um porta-voz,
pelo menos duas pessoas de nacionalidade francesa ficaram
seriamente feridas.
Campanha eleitoral suspensa
O
Partido Conservador da primeira-ministra Theresa May suspendeu a campanha nacional para as eleições gerais,
informou um porta-voz citado pela Reuters. "O Partido Conservador não fará
campanha hoje. Vamos reavaliar [a decisão] à medida que o dia avança e que se
souberem mais detalhes sobre o ataque", disse.
O
mesmo aconteceu com o Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn, que suspendeu as iniciativas nacionais de campanha pelo menos
até domingo ao fim do dia, adianta a agência.
Decisão
semelhante foi adotada pelo Partido Nacional Escocês.
Sadiq
Khan, mayor de
Londres, defende que as eleições gerais, marcadas para 8 de junho, não devem ser adiadas. "Uma das coisas
que podemos fazer para mostrar que não vamos intimidados é votar na
quinta-feira, garantindo que entendemos a importância da
nossa democracia, das nossas liberdades civis e direitos humanos", disse.
Noite de terror em Londres
No
sábado à noite ocorreram pelo menos três incidentes em diferentes pontos de
Londres: um atropelamento na London Bridge, apunhalamentos em Borough Market e
um incidente em Vauxhall. Os acontecimentos de London Bridge e Borough Market
foram considerados atos de terrorismo, enquanto o de Vauxhall foi declarado não
relacionado com as outras duas ocorrências.
A
polícia explicou que foi notificada às 22h08 de sábado que um veículo atingiu
peões na London Bridge, continuando depois para Borough Market.
“Os
suspeitos deixaram então o veículo e várias pessoas foram esfaqueadas,
incluindo um agente de serviço da polícia de transportes britânica que estava a
responder ao incidente em London Bridge. Ficou gravemente ferido mas não corre
risco de vida”, indicava o comunicado.
As
autoridades “responderam de forma corajosa e rápida, confrontando três homens
suspeitos, que foram baleados e mortos em Borough Market. Os suspeitos foram
confrontados e atingidos pela polícia oito minutos depois da primeira chamada.
Os suspeitos usavam o que aparentavam ser coletes com explosivos, mas
verificou-se depois que estes eram falsos”.
A
polícia disse também que planeava reforçar o policiamento em toda a cidade de
Londres nos próximos dias. “Haverá polícia adicional e agentes destacados em
toda a capital”, segundo o comunicado.
Este
incidente deixa o Reino Unido novamente em alerta, depois de a 22 de maio, na cidade de Manchester, um
britânico de origem líbia de 22 anos, se ter feito explodir à saída de um
concerto da artista norte-americana Ariana Grande, matando 22
pessoas e ferindo 75 outras, muitas das quais crianças e jovens.
O
atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, foi o mais
mortífero no Reino Unido desde os ataques aos transportes de Londres em 2005,
que causaram 52 mortos.
Também
em 2017, a 22 de março, um homem numa viatura varreu dezenas de pessoas na
ponte de Westminster, esfaqueado posteriormente um agente policial que estava
de serviço nas imediações do Parlamento. Cinco pessoas morreram na sequência do
ataque
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