LIBIA MORTE DE KADDAFI: “A libertação” não apaga dúvidas sobre a morte de Kaddafi

O Coronel Muammar Gaddafi terá sido vítima de uma execução sumária. O Presidente do Conselho Nacional de transição Mustafa Abdel Jalil alegou que a Líbia é um país muçulmano e que "a lei islâmica será a origem da legislação".
Enquanto Jalil anunciou a "libertação" e o Presidente americano Barack Obama foi "um momento histórico", o cadáver do Gaddafi manteve-se exposto num mercado popular. A tese da morte de Jibril durante uma Gunbattle após a captura tem sido questionada pela propagação de alguns vídeos e também pelo testemunho de membros da Cnt. Uma autópsia realizada ontem revelou que Gaddafi foi morto por disparos de tiros que atingiu no estômago e cabeça. Uma investigação sobre as circunstâncias de sua morte foi procurada de alta comissária da ONU para os direitos humanos.
A "libertação" foi proclamada em Benghazi, a capital do berço de Cyrenaica da revolta que pôs fim a 42 anos no poder por Gaddafi. Na frente de dezenas de milhares de partidários, o Presidente do Conselho Nacional de transição Mustafa Abdel Jalil alegou que a Líbia é um país muçulmano e que "a lei islâmica será a origem da legislação".
A cerimônia de Benghazi seguiu a poucas horas do anúncio da próxima demissão do primeiro-ministro Mahmoud Jibril Cnt e a intenção do novo poder organizar eleições "no prazo de"oito meses.
Enquanto Jalil anunciou a "libertação" e o Presidente americano Barack Obama foi "um momento histórico", o cadáver do Gaddafi manteve-se exposta em um mercado popular, medido a cidade de onde vieram as brigadas envolvidas na sua morte ocorreu quinta-feira em Sirte. A tese da morte de Jibril durante uma Gunbattle após a captura tem sido questionada. Isto nos refere a Misna em 24.10.2011.

Quanto à morte de Kaddafi, mesmo tratando-se de um chefe, que abusou dos seus poderes, tornando-se um tirano, à frente da Líbia 42 anos, não se pode esquecer que em primeiro lugar era um ser humano. Abatido pelos rebeldes, já numa situação indefensável, quem atirou por ódio e vingança, sem querer, fez dele um herói, mesmo que o tenham sepultado algures no deserto para fazer esquecer a sua memória. O povo descobri-lo-á e os que estiveram com ele terão ocasião de fazer herói aquele que o Conselho da Revolução quis botar no olvido. Por isto e pelos princípios que regem as nações e as democracias “verdadeiras”, e pelas leis internacionais, eu discordo. E nem quero lembrar a invasão com tantos milhares de mortos da responsabilidade da Nato, a invasão dos possíveis “reconstrutores” “da nova Líbia”e a “caça” ao petróleo, além da caça ao poder em eleições à moda islâmica, dominadas pelas leis islâmicas como a sharia, e uma liberdade condicionada Quais são afinal os princípios que regem os Estados? Uma democracia americana, europeia, africana ou asiática serão entendidas ad mesma forma? Em África circula circula como provébio: “ quem conseguiu cadeira não que abandoná-la”. Por exemplo: onde está a “democracia de Mugabe”, no Zimbabwe. Alguém foi ajudar os oprimidos por um regime ditatorial?! Dá que pensar! Vivemos afinal num mundo de interesses.

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