VATICANO CRISE:Uma autoridade global para superar a crise.
Criar uma autoridade pública, ao serviço do bem comum, para reafirmar aos tempos da globalização, o primado da política sobre a economia e Finanças: a proposta está contida num documento do Pontifício Conselho Justiça e paz, apresentado hoje em Roma.
“Activos vitais estão em jogo e os Estados não são capazes de proteger e promover o indivíduo”, sublinhou o Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho, explicando as razões para a proposta para o Vaticano.
O documento, intitulado "para uma reforma do sistema monetário e financeiro internacional na perspectiva de uma autoridade pública à jurisdição universal", circulou poucos dias antes da Cimeira do G20 na cidade francesa de Cannes em 3 e 4 de novembro. A organização informal que reúne 20 potências económicas do planeta, disse Monsenhor Mario Toso, Secretário do Pontifício Conselho, é mais representativo do G7 ou do G8; mas ele continua a ser "limitado"do ponto de vista dos poderes de representação a nível mundial.
Em 38 páginas do documento, a proposta foi precedida de análise. A crise explodida em 2008 com hipotecas de alto risco aumentou tremendamente" as desigualdades no mundo e "levantou as tensões e movimentos migratórios maciços". A existência de mercados monetários e financeiros "natureza predominantemente especulativa" é "prejudicial para a economia real e em especial o mundo para os países mais fracos". Apesar dos progressos do mundo da economia "não aumentou a distribuição equitativa da riqueza", mas em muitos casos se agravou.
O documento está entrelaçado com chamadas para a Encíclica "Caritas in Veritate" de Bento XVI, em particular à necessidade de "recuperar o primado da ética e espiritual e, com eles, o primado da política sobre a economia e Finanças". Central também a referência para o Magistério do Papa Paulo VI que, já em 1963, imaginou e pediu para a criação de uma "autoridade pública". Esta intuição hoje prende-se com a proposta do Pontifício Conselho. "Isto é – por favor nota no documento-autoridade de horizonte planetário, que não pode ser imposto pela força, mas deve ser uma expressão de um acordo livre e compartilhado e deve surgir de um processo de maturação gradual das consciências e liberdades, envolvendo de forma consistente a todos os povos". Neste projecto é fundamental para o princípio da subsidiariedade, que quer o mundo "no"serviço dos vários países membros.
No Vaticano o documento cita a ONU como um ponto de referência porque, ao contrário de organismos como o G7 e o G20, tem a ambição de representar todos os Estados-Membros. Mas a reforma do sistema financeiro internacional deve passar de "alguma forma de controlo monetário global", uma espécie de Banco Central capaz de substituir as instituições de Bretton Woods, agora não é possível garantir a estabilidade do mundo. Uma das prioridades do novo órgão seria "pôr em causa os sistemas Exchange existentes, encontrar formas eficazes de coordenação e supervisão em um processo que deve envolver o surgimento e o desenvolvimento". Entre as opções possíveis incluem "medidas de tributação das transações financeiras" ou "formas de recapitalização dos bancos com fundos públicos, fazendo comportamento virtuoso apoiar e pretende desenvolver a economia real". Durante a apresentação do documento, o Cardeal Turkson comentou: "os momentos de crise são também uma oportunidade Misna 24 10.2011
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