Pergerinação missionária a Fátima

VOZ DA MISSÃO
JULHO (9.012)
2012
PAGINA 1
1.1
Europa precisa de mais confiança no seu Cristianismo.(872)
Por SAYEEDA HUSSAIN WARSI*



Aquando da celebração, este ano 2012, do trigésimo aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre o Reino Unido e a Santa Sé a chefe da delegação do Governo britânico discursou sobre “o papel da religião no debate político e nos assuntos internacionais”. Paquistanesa e ministra da fé muçulmana do Governo do Reino Unido.
Recordamos algumas passagens:
«As nossas relações diplomáticas permitem-nos agir em conjunto em nome do bem comum: em vista a promover a democracia, para lutar a favor dos direitos humanos, para encorajar um comércio equitativo e responsável, para enfrentar os problemas ligados às mudanças climáticas e para ajudar a construir nações estáveis».
«O Reino Unido reconhece que, embora seja o menor estado do mundo, a Santa Sé goza do alcance global mais extenso. Dado que os âmbitos sobre os quais estamos de acordo são muito vastos, podemos reconhecer com confiança os contextos em que existem diferenças. E considero que a força das nossas relações pode infundir uma grande esperança e inspiração no mundo inteiro.»
«Desejo agradecer ao Santo Padre, a visita com que em 2010 honrou o Reino Unido, a primeira visita de Estado de um Papa na nossa história. A sua mão amiga foi acolhida nas nossas ilhas. Uma mão estendida aos católicos e igualmente aos não-católicos, a quantos têm um credo e àqueles que não o têm. Das multidões em festa pelas ruas da Escócia, àquelas em contemplação silenciosa durante a missa de Birmingham. E aos muitos milhões de pessoas que o acompanharam através da televisão e nas assembleias escolares, nos grupos comunitários e nos lugares de trabalho. Tratou-se de um marco  miliário na história do Reino Unido, onde o coração verdadeiramente falou ao coração.» «Hoje gostaria de ressaltar um ponto simples, que consiste em garantir que a fé tenha um espaço adequado na esfera pública. Com a finalidade de encorajar a harmonia social, as pessoas devem sentir-se mais fortes na sua identidade religiosa, mais confiantes naquilo em que acreditam. A nível prático, isto significa que as pessoas não devem diluir a sua fé, e que as nações não podem negar a própria herança religiosa.
Levando este pensamento às suas consequências:
a Europa deve ter mais confiança no seu Cristianismo. Sejamos sinceros: demasiadas vezes existe a suspeita em relação à fé no nosso continente, onde os símbolos da religião não podem ser exibidos nem expostos nos edifícios governamentais; onde os Estados não financiam as escolas confessionais; e onde a fé é posta de lado, marginalizada e até degradada. E tudo isto está alicerçado numa concepção de base errada: que de qualquer modo, para criar igualdade e espaço para os credos e as culturas minoritárias, devemos anular a nossa maior herança religiosa.
Gostaria de ser muito clara a propósito de um ponto: não estou a dizer que tudo o que foi realizado em nome da fé constituiu uma bênção para o nosso continente.
Derramou-se demasiado sangue em nome da religião. No entanto, é errado procurar anular esta história, ou então não desejar considerar o papel que a religião desempenha no nosso continente.»
«Como ministro de fé muçulmana do Governo do Reino Unido,, representante de um país com uma religião de Estado anglicana, em visita aos nossos amigos na casa espiritual do catolicismo, não encontrareis uma defensora maior na compreensão entre as confissões. Contudo, penso que o diálogo interconfessional não funciona onde as confissões são silenciadas para encontrar um terreno comum. O diálogo inter-religioso funciona quando nós falamos das nossas diferenças, quando fazemos conhecer aquilo em que acreditamos.
No entanto, a confiante afirmação da religião da qual falei, está a ser ameaçada. Trata-se daquela que o Santo Padre, no seu discurso na Westminster Hall definiu a “crescente marginalização da religião”. Observo-o no Reino Unido, e observo-o também na Europa em geral. A fé é ignorada  no âmbito público, sem uma menção a propósito do Cristianismo no prefácio da Constituição Europeia».
«Contudo temos o dever de nos inspirar nesta fé segura e aberta, e aplicá-la para além do presente. Hoje observo a existência de um problema crescente, nalgumas regiões do mundo, com os Governos que decidem: o que é Igreja e o que não é; onde podem as pessoas construir um lugar de culto e onde não o podem fazer; a que fé podem pertencer, e a qual não podem; e se podem manifestar publicamente a fé que lhes é própria ou não podem. Considero que se trate de uma maneira de sustentar as religiões maioritárias. Estes Governos devem compreender que o pluralismo não representa uma ameaça para a tradição. Ao mesmo tempo, os políticos devem reservar à fé um lugar à mesa na vida pública.»
Não se requer a posição privilegiada de teocracia mas a posição de um interlocutor no debate que nasce com bases religiosas. E não devemos ter medo de aceitar nem de acolher as soluções propostas pela religião. Quando a religião entra no debate da vida pública permite-nos olhar para a nossa economia e fazer referência aos princípios cristãos em que se fundaram os nossos mercados. Podemos considerar os nossos problemas sociais e ser inspirados pela doutrina da religião católica e interrogar-nos sobre o impacto que trazem sobre a dignidade do homem.
* Citações de In O.R.

1.2
Voluntariado missionário protagonismo dos leigos (534/ 3.577)
Por ARMANDO SOARES
Bento XVI na sua mensagem para o DMM em 2011 “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”, priorizou como objectivos: promover a participação activa em acções e campanhas que visem a dignidade de todas as pessoas” e “criar uma consciência viva de solidariedade”. Para isso são necessárias atitudes e gestos que levem a um maior espírito de abertura, diálogo, colaboração e compreensão entre as pessoas, grupos e comunidades”.

Num texto assinado por Fernanda Freitas, coordenadora desta iniciativa, “jovens, adultos, seniores, em Portugal ou lá fora, em áreas diversas como o ambiente, o desporto e a cultura” são chamados a adoptar o voluntariado como missão e a “fazerem a diferença”.
Segundo o Papa, a Igreja e os cristãos não podem ficar tranquilos ao saberem que “após dois mil anos ainda existem povos que não conhecem Deus e não escutaram a sua mensagem de salvação”.

Uma «revolução silenciosa»
O voluntariado missionário, que todos os anos tem levado centenas de pessoas a outros países, tem provocado uma “revolução silenciosa”. “O voluntariado missionário está a fazer uma revolução na Igreja porque envolve mais as famílias, as sociedades e as comunidades paroquiais”, acrescentou o  P. Durães, ex-director das OMP.

Em 2010, 360 voluntários de cerca de 50 entidades diferentes partiram em missão para sete países africanos, dois sul-americanos e Timor-Leste, com predominância para o mundo lusófono, integrados em acções de cooperação internacional.
Para o director nacional das OMP, “o voluntariado missionário é, na actualidade, um dos rostos mais visíveis da intervenção criativa da Igreja na evangelização, sobretudo com a participação dos jovens”.

Voluntariado de matriz missionária
A Fundação Fé e Cooperação (FEC) lançou em 26 de Abril 2012 o estudo «Voluntariado: Missão e Dádiva» que apresenta as motivações dos voluntários na sua acção e intencionalidade missionária ao longo de mais de 20 anos de projectos.
“O conceito de dádiva impregna, enquanto princípio ético, as conexões entre voluntários e destinatários”, sendo, por isso “decisivo esclarecer como emerge, designadamente entre o dar e o receber, no estabelecimento de laços sociais, a relação de dádiva”, explica a FEC.
Por sua vez a matriz cristã do voluntariado missionário “potencia uma intencionalidade e uma disponibilidade interiores que possibilitam uma prática de relação de dádiva vivida na perspectiva da
caridade cristã”.

O estudo refere que a “vivência aprofundada da dádiva” pode ter consequências nos tempos de permanência dos voluntários nos seus destinos assim como na disponibilização para acções futuras, constituindo um factor decisivo para o trabalho realizado no decurso das missões como para a mensagem que será transmitida, no regresso, junto das comunidades de origem.
“Se a afectividade, a espontaneidade e a informalidade constituem autênticas fontes que alimentam a dinâmica da implicação pessoal dos voluntários, também parece ser verdade que haverá um esforço complementar a fazer no sentido de se reforçar a componente racional das organizações e projectos”, avança o estudo da Fundação.
Além de favorecer a emergência de um perfil de voluntário, o trabalho afere ainda as motivações dos voluntários missionários em algumas dimensões, tais como “os valores, o desenvolvimento de carreira, a interacção social e o reconhecimento, a retribuição, a auto-estima, o compromisso pessoal e compreensão do mundo, a religião e o papel do Estado”.

Colaboraram neste número:
ARMANDO SOARES, CABREIRA FRAGAS, P. FRANCISCO SEQUEIRA, MARIA ELISA SILVA, SAYEEDA HUSSAIN WARSI, P. LUIS VIEIRA, MARIA DA GRAÇA .

1.3
VOLUNTARIADO missionário
BENTO XVI TRABALHO
EUROPA CRISTIANISMO
CUCUJÃES SMBN FATIMA


PAGINA 2
pão | paz | partilha

Missão de Solidariedade por CABREIRA FRAGAS
A Igreja, enquanto família de Deus sobre a Terra, deve ser o sinal vivo e o instrumento eficaz da solidariedade universal, tendo em vista uma comunidade de justiça e paz de dimensões cósmicas. Só surgirá um mundo melhor se for construído sobre os alicerces sólidos de sãos princípios éticos e espirituais.
Na situação mundial actual, as nações africanas contam-se entre as mais desfavorecidas. É necessário que os países ricos tomem clara consciência do seu dever de sustentar os esforços dos países que lutam para sair da pobreza e da miséria. Aliás, é do próprio interesse das nações ricas optarem pelo caminho da solidariedade, porque só assim será possível garantir à humanidade paz e harmonia duradouras. Consequentemente, a Igreja que vive em países desenvolvidos não pode ignorar a sua responsabilidade acrescida, que deriva do compromisso cristão em prol da justiça e da caridade: visto que todos, homens e mulheres, trazem em si mesmo a imagem de Deus e são chamados a fazer parte da mesma família, redimida pelo Sangue de Cristo, deve ser garantido a cada um o justo acesso aos recursos da Terra, que Deus pôs à disposição de todos. PAULO VI, Populorum Progressio, 1967.
Tal posição implica numerosas implicações práticas. Em primeiro lugar, há que trabalhar por melhores relações sociopolíticas  entre as nações, assegurando condições de maior justiça e dignidade àquelas que há menos tempo alcançaram a independência e entraram na comunidade internacional. Depois, é preciso prestar ouvidos, com profunda sintonia, ao grito angustiado das nações pobres, que pedem ajuda em planos de particular importância: a desnutrição, a deterioração generalizada da qualidade de vida, a insuficiência dos meios para a formação dos jovens, a carência dos serviços sociais elementares, com a consequente persistência de doenças endémicas, a difusão do terrível flagelo da SIDA, o peso gravoso e às vezes insustentável da dívida internacional, o horror das guerras fratricidas alimentadas por um tráfico de armas sem escrúpulos, o espectáculo vergonhoso e lastimável dos deslocados e refugiados. Ecclesia in África, 114

(Palavras: 333)


PAGINA 3
família missionária
3.1
CUCUJÃES
Festa Missionária
por P. LUIS VIEIRA (texto e fotos)
No dia três de Junho, tivemos a nossa festa missionária. É sempre
gratificante reunir, neste Seminário de Cucujães, muitos dos nossos
colaboradores missionários. É um momento de festa de quem anima a vida
com o seu fulgor e dinamismo missionário e vai alargando o espaço da
sua tenda, tornando a Igreja mais missionária e fazendo das suas
paróquias um espaço aberto de “fraternidade”.
De manhã, tivemos a procissão com a nossa Senhora das
missões e a  Eucaristia presidida por D. Óscar no carvalhal da quinta
do Seminário. De tarde, uma sessão recreativa com o sorteio
missionário”coração a coração”. Realço a participação dum grupo de
Angolanos da nossa paróquia da Santana que conviveram connosco,
particularmente na Eucaristia e na sessão recreativa da tarde. O
ofertório da missa teve a sua alegria com os seus cânticos, as suas
vestes e danças tradicionais.
Não faltaram outros momentos de festa, desde o almoço
partilhado, visita à “feirinha” nos claustros do seminário e ainda o
encontro de amigos para momentos de conversa viva e animada.
De tarde, tivemos o convívio repartido com as excelentes
actuações dos cavaquinhos de Ronfe, do grupo de concertinas do museu
regional de Cucujães e o grupo de Angola com as suas danças. Seguiu-se
o sorteio missionário e o P. Luís Vieira terminou com algumas das suas
canções.
Não há idade para a festa e só à luz de Cristo se
compreende a alegria e a universalidade da missão, como diria D. Óscar
na homilia: Os meus olhos abrem-se de Portugal  a África. Gente de lá
e de cá, mas juntos no mesmo ideal missionário e felizes por
respondermos ao apelo de Cristo expresso no evangelho deste dia da SS.
Trindade. Que guardemos, não só toda esta alegria e comunhão sentida,
mas a certeza da Palavra de Deus: “Ide por todo o mundo… estarei
convosco até ao fim dos tempos”.
Agradecemos a todos os que ajudaram à festa. Que o Senhor
vos abençoe e vos dê força e saúde para trabalhar na messe, sempre
juntos nos caminhos da missão com Cristo.

3.3
Partiram para o Pai:
* Faleceu, no dia 24 de Maio 2012, o irmão do P. Alberto da Fonseca Prata, que vivia em Castelo Branco. Ao amigo Padre Fonseca, que actualmente faz parte da comunidade de Fátima, e atoda a sua família, os nossos pêsames na amizade das nossas orações.

PAGINA 4
voluntariado e missão
4.1
Voluntariado e nova Consciência Social
Um dos sinais mais promissores de esperança na construção de uma humanidade fraterna e feliz está patente na experiência alargada e crescente do voluntariado, assim começava a nota pastoral da CEP sobre o ano 2011(15.02) como Ano Europeu do Voluntariado,  declarado pelo Conselho de Ministros da União Europeia.
O voluntariado ilumina-se com os princípios da Doutrina Social da Igreja, como são a dignidade da pessoa humana, o bem comum, a subsidiariedade e a solidariedade, e segue os valores da verdade, liberdade, justiça e paz, trabalhando para o desenvolvimento integral da pessoa humana.

A vivência espiritual cristã, marcada pela cultura da gratuidade, cria uma disponibilidade interior para os outros, até à radicalidade da entrega, para servir as necessidades reais das pessoas. A participação na sociedade actual, tão competitiva e cruelmente pautada por interesses, é verdadeiro antídoto do individualismo voraz, anunciador de um futuro de esperança. Para o cristão, em diálogo com todas as pessoas de boa vontade, a comunhão com a Pessoa de Jesus implica chegar às causas ou raízes das difíceis questões que geram pobreza, exclusão, abandono ou indiferença. Quem é coerente com a fé cristã transforma a vida e adopta gestos de fraternidade, busca o conhecimento das situações a socorrer e sonha vias criativas de solução para os problemas.

A atenção generosa e gratuita de muitos cidadãos ao bem do próximo revela uma cultura de solidariedade e abertura ao outro, capaz de indicar uma nova política nacional e internacional; a verdadeira concepção de vida solidária é chamada a superar os riscos de novas e velhas injustiças. O contributo de um autêntico voluntariado não se restringirá somente a acções primárias, mas lutará também pela transformação da sociedade. Pelo mérito da sua dádiva gratuita, o trabalho voluntário é uma mais-valia ética em relação ao trabalho remunerado.

O voluntariado agregado a movimentos e obras sociais, situa-se em hospitais, em prisões e em instituições de solidariedade social, para o qual se exige uma preparação adequada e uma integração nas normas das instituições onde actuam.
O voluntariado na resposta a situações de pessoas sós que necessitam de visita e companhia, e ajuda em  diversos serviços aos mais abandonados e esquecidos.
O voluntariado na educação, aos  alunos na resolução dos problemas da vida real, na participação das famílias e das comunidades nas actividades da escola: trabalhos de casa, visitas de estudo, orientação vocacional.
O voluntariado ao serviço da evangelização, especialmente nas paróquias e movimentos,na transmissão do Evangelho. Conta com milhares de voluntários, gratuitamente empenhados nas diversas acções eclesiais, nomeadamente a catequese, a animação litúrgica, a pastoral.
O voluntariado missionário, em acções fora do país, inserido em projectos de promoção humana e social, na educação e formação, na saúde. Lembramos, em atitude de reconhecimento e gratidão, os vários milhares de voluntários que, nas últimas décadas, partiram de Portugal em missão, na sua maioria ligados a institutos missionários «ad gentes».
O voluntariado na dimensão cultural: música, seja em filarmónicas ou grupos corais, à conservação e promoção do património, arquivos, bibliotecas, museus e outros centros culturais.
O voluntariado de socorro de emergência, sobretudo através de instituições como os Bombeiros, a Cruz Vermelha e a Cáritas, tão atraente para muitos jovens dispostos a aventuras e riscos da própria vida na ajuda imediata em situações de particular aflição.
O voluntariado no campo ecológico na defesa do ambiente.
O voluntariado dos direitos humanos, com especial significado na defesa da vida, na promoção da justiça e da paz entre as pessoas e entre os povos. O entusiasmo e o crescente número de pessoas que aderem ao serviço voluntário não podem fazer-nos esquecer a sabedoria do saber dar-se.

Os Bispos portugueses manifestaram o seu profundo reconhecimento e apreço pela multidão de voluntários que dão firmeza à esperança neste tempo exigente de novo humanismo. Desejamos que ele constitua uma oportunidade para os cidadãos, nomeadamente os cristãos, com especial referência aos mais novos, a serem expressão do amor gratuito de Deus pelos últimos.
(Palavras: 656)

4.2
FILIPINAS
Religiosas acusadas de comunistas e rebeldes
Duas religiosas filipinas, comprometidas com a paz, a defesa dos povos indígenas e o património natural de Mindanao, foram acusadas pelos militares de serem "comunistas e rebeldes", apoiantes da guerrilha grupo "Exército do povo do novo" (NPA), que por décadas tem realizado uma insurreição armada de origens comunistas contra o governo de Manila. Como soube a Fides, as vítimas desta campanha difamatória de alguns oficiais militares das Filipinas são: irmã Stella Matutina OSB, beneditina e irmã Julita Encarnacion, das Irmãs da Assunção de Maria. As duas religiosas têm lutado na ilha de Mindanao, nas campanhas pela paz, justiça e a defesa do ambiente. Criticaram o extenso trabalho de exploração de mineração e recursos naturais, com o qual empresas estrangeiras, graças a acordos com o governo, saquearam as riquezas de Mindanao. Denunciaram a corrupção das autoridades locais. Estão ao lado de povos indígenas e levantaram sua voz contra a impunidade dos assassinatos que atravessam a ilha, mesmo no caso do missionário FR. Fausto Tentorio, PIME. Têm coordenado actividades e manifestações da sociedade civil e das comunidades cristãs em Mindanao. Mas, acima de tudo, são consideradas "inimigas do exército" porque denunciaram a campanha de repressão em nome das forças armadas da operação "Oplan Bayanihan", iniciada pelo governo Arroyo e confirmada pelo governo de Benigno Aquino.
A operação prevê um orçamento militar maciço em Mindanao para lutar contra os rebeldes do NPA e descobrir os líderes. Essas operações, no entanto - denunciam as freiras - envolvem abuso de poder, violação dos direitos humanos, acções violentas contra civis e nativos, assassinatos extrajudiciais de activistas e líderes locais, especialmente através das milícias paramilitares criadas e guiadas pelo exército. As irmãs também lançaram uma petição pedindo a retirada dos militares, afirmando que "até que as forças armadas das Filipinas continuem a servir os interesses das grandes empresas, seu apelo à paz só trará mais caos e sofrimento para as comunidades pobres."Irmã Encarnacion Julita faz parte de uma associação que reúne muitos missionários, chamados "Missionários Rurais das Filipinas". A Irmã Stella criou na diocese de Mati o grupo "Beneditinos para a paz" e é a Secretária da ONG "Panalipdan Mindanao," organização dos defensores do ambiente, do património de Mindanao. No passado, com dois outros membros do movimento, irmã Stella foi presa e interrogada durante oito horas. Os soldados do 28º Batalhão de infantaria, sediados em Davao Oriental, disseram que "irmã Stella é uma freira disfarçada, e que ela é na verdade um membro do NPA." Os mesmos líderes do Batalhão também tinham acusado Padre Tentorio de ser um membro do NPA.
Padre Angel Calvo, missionário Claretiano em Mindanao há 40 anos, lembra  à Fides que acusar sacerdotes, freiras e missionários de serem rebeldes comunistas era prática comum no tempo da lei marcial, para todos aqueles que criticaram o regime. Agora, o momento e o contexto são muito diferentes, e os acusadores são alguns líderes militares locais. Mas os missionários não estão com medo, pois eles continuam a defender os valores do Evangelho, os pobres e os fracos." FIDES 15.05.2012

4.3
Conversa em família
Caríssimos leitores:
Daqui a poucos minutos Portugal vai jogar que a Dinamarca. Este jogo pode ser decisivo para a permanência da equipa das quinas no  torneio de futebol. Para além da capacidade atlética de cada equipa e de cada jogador, há sempre o factor sorte ou azar e outros factores que podem influenciar no resultado.
É assim na vida, também. A sorte, o azar, o nosso esforço, a nossa preguiça, podem ditar o nosso viver e o nosso futuro.
Olhando para o número de assinantes da VOZ da Missão, que vem diminuindo, também parece uma causa perdida. Eu não quero que o serja e creio que vós também não o quereis. Tudo dependerá do nosso esforço, da nossa coragem, da nossa valentia em lutar por mais assinantes..
Acredito dias virão em que os assinantes vão duplicar até. Se as circunstâncias o favorecerem isso será mesmo verdade. Se não teremos de continuar a ser pequeninos. Agradeço aos novos 10 assinantes que somamos aos 11.000 e pico que temos neste momento.
Nas férias, se tiverdes tempo, lembrai a algum vosso amigo ou amiga para assinar.



PAGINA 5
internacional | caminhos da missão
5.1
BRASIL Na rotas das Missões no Rio Grande do Sul

P. FRANCISCO SEQUEIRA

Aqui estou, para conversar um pouco convosco à cerca da concretização do sonho guardado há muitos anos de: Visitar as Missões no Rio Grande do Sul. E só, agora, no limiar dos 83, consegui concretizar.
Anos a trás estando, em Missão de férias com os nossos Seminaristas, em S. Gonçalo de Bassam – MG, nas proximidades de Amarantina, uma seta apontava e convidava a parar e visitar o museu das reduções. Este convite espicaçou minha curiosidade. Não resisti à tentação e fui… Minha desilusão foi quase igual à de Antero de Quental, quando as portas do Palácio Encantado da Ventura se estrondosamente se abriram e lá dentro silêncio e escuridão e nada mais!... Embora não tendo encontrado o que buscava… encontrei algumas surpresas que me levaram a pensar, que valeu a pena o logro. Assim, no pequeno espaço de algumas salas, tive o prazer de encontrar em pequenas miniaturas a reprodução exacta dos monumentos, palácios, templos mais importantes de todo o Brasil e inclusivamente a miniatura da primeira fábrica eléctrica do Brasil e, o que é mais curioso, gerando energia.



Agora tinha a certeza de que não ficaria iludido…. Quando em 3 de Fevereiro, próximo passado, deixei o Seminário, tinha a certeza de que iria chegar à Terra das Missões. Para mim a Rota das Missões foi longa… mais de 5.000 km entre ida e volta. Mas valeu. Como bandeirante, sem bandeira e sem escolta, atravessei os Estados de Minas Gerais, S. Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Cataria e o Rio Grande do Sul.
Em 6 de Fevereiro deixei Iguatemí – MS, e com os companheiros de aventura e sonho. Enfrentamos a estrada. Éramos cinco: - P. João Catarino, P. Joaquim Pinho, P. Isidro, sr. Buccioli e eu. Em Guaíra juntou-se à nossa caravana o P. Cesário. Dentro da confortável arca de Noé, vão dois angolanos, um brasileiro e três portugueses. Por vezes, por causa dos sinais de transito, nossa barca mais parece uma Torre de Babel, do que a pacata Arca de Noé.
Depois da travessia dos grandes latifúndios de Mato Grosso do Sul, do Paraná, entramos na região montanhosa de Santa Catarina onde, predomina o minifúndio.
O rio Uruguai faz a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Entramos na Rota das Missões. Pernoitámos em Panambi. Estamos já em território da Missões.
Pelas 8h da manhã partimos para Santo Ângelo Custódio. Entre os 10 roteiros para um conhecimento mais aprofundado das Missões escolhemos parte do primeiro Santo Ângelo S. Miguel.



Em Santo Ângelo que foi uma das últimas Reduções a ser criada visitámos a imponente Catedral, cuja arquitectura se inspirou nas ruínas da igreja de S. Miguel, o museu municipal e o monumento Índio Missioneiro, homenagem à resistência dos índios guaranis em que se destaca como líder da resistência Sepé Tiarajú, e nos lembra o seu famoso grito de guerra: “Esta Terra Tem Dono…”
Nos confins dos municípios de Santo Ângelo e S. Miguel um pórtico soleníssimos dá-nos as boas vindas, penso, em guarani, a S. Miguel.
A famosa Cruz Missioneira começa a aparecer nos Cruzamentos e indicando a entrada para as ruinas das antigas reduções que vamos deixando de lado.
Chegámos a S. Miguel no início da tarde, embora tendo apanhado algumas pancadas de chuva pelo caminho eu tinha a certeza que S. Miguel nos alcançaria a graça de um tempo bom para visitarmos as ruínas, da que fora a grande Redução de S. Miguel Arcanjo e que hoje é património da humanidade.
Infelizmente nossa visita começou, contra tudo o que seria de esperar pelo terreiro onde havia de tudo, inclusivamente bruxaria e onde uma grande imagem de Miguel pisa a cabeça do inimigo. É lugares de cultos tradicionais bem parecido com os terreiros que encontrarei em Moçambique.



Depois foi a visita à Redução de S. Miguel. Meu sonho estava se tornando realidade. Comecei pelo museu e antes de entrar surpreendeu-me a quantidade de pias de água benta , e lavabos em pedra talhada e trabalhada com belos ornamentos. Entrei no museu e fiquei encantado com as belíssimas imagens de Nossa Senhora, São José, de Cristo e dos Santos padroeiros das Missões. Muitas já bastante deterioradas e mutiladas, como a famosa imagem do meu Cristo Partido, transmitiam fortes mensagens que calavam profundamente no silêncio do coração. Notória nessas imagens a influência da cultura dos índios. Impressionante a força comunicativa que delas irradiava. Surpreendeu-me o número de imagens de Santo Isidro.
Depois foi a caminhada através do imenso largo que fora palco de tantos espectáculos no passado e que hoje circundado pelos restos das ruínas nos conduz às ruínas da que fora a grande igreja à volta da qual, gravitava toda a vida e actividades da Redução.



Antes de entrar nas ruínas da velha igreja de S. Miguel, fotografei e filmei o exterior do tempo, os arredores os alicerces do que fora a casa dos padres, o colégio e as oficinas de pintura, carpintaria, dos pedreiros e da padaria, olearia de ler e escrever, lugar para os hóspedes, teares etc. Ao fundo o pomar e na ala esquerdo o cemitério.
As paredes de pedra trazida da pedreira missioneira, vinha da actual fazenda da Lage que fica a uns quilómetro do local. As paredes com 3 metros de espessura dão a sensação de segurança e resistência.
A igreja com três naves cujas paredes estão bastante conservadas tinha 73 metros de comprimento e 27 de largura, sua construção foi dirigida desde 1735 a 1745 pelo Irmão Jesuíta João Baptista Primoli.



Visitando estas ruinas e pensando na gesta gloriosa dos missionários jesuítas, na enorme transformação e baseada no respeito dos valores e na sua inculturação e no desenvolvimento das capacidades artísticas do povo guarani, ficamos surpreendidos e pensamos com foi possível em tão pouco tempo, cerca de um século, realizar tanta coisa nova e uma obra tão notável.
Por outro lado faz-nos pensar o quão perniciosos são os efeitos de um política suja e interesseira, como foi a do tratado de Madrid e a expulsão dos Jesuítas, a que se seguiu a guerra dos Guaranis e foram a causa da derrocada desse sonho de liberdade e democracia que era a republica dos guaranis duma terra sem males.



Uma das coisas que, como missionário me surpreendeu, foi a metodologia usada na criação de novas Reduções. Todos os anos fico surpreendido quando na reza do ofício das leituras me deparo com uma belíssima expressão de Tertuliano: ”Em cada cidade por onde passaram ( os Apóstolo) fundaram Igrejas, nas quais outras Igrejas que se fundaram e continuam a ser fundadas foram buscar mudas de fé e sementes de doutrina. Por essa razão, são também consideradas apostólicas, porque descendem das Igrejas dos Apóstolos. Liturgia das Horas vol. II pág. 1568 Festa dos Apóstolos S. Filipe e São Tiago.
Foi assim, que procederam os jesuítas, que ao ir fundar uma nova redução, a redução mãe, ao enviar o Padre fundador o fazia acompanhar por um numeroso grupo de cristãos obreiros, mestres formados e especializados nas artes, ofício, na agricultura, na pecuária, na construção e sobretudo na pastoral.
Depois de reviver durante toda a tarde a saga gloriosa dos missionários jesuítas dos Sete Povos das Missões e de refletir sobre fim trágico de uma obra a todos os títulos notável…
À noite fomos brindados com o belíssimo espectáculo de Luz e Som, com 33 anos de exibição! É o espetáculo mais antigo do Brasil!
No dia 7 foi o início do nosso regresso à base. Todos fomos unânimes na nossa avaliação de que valeu a pena!


PAGINA 6
missão no mundo
 (Obs: Nestas notícias meteria algumas fotos, ainda que retire as últimas)

6.1
ÁFRICA
Orientações do Papa para África
Bento XVI nas visitas que fez ao continente africano deixou bem claro o seu forte
encorajamento e admoestação a quantos continuam a explorar o neocolonialismo com
formas pouco claras. Os mídia silenciaram propositadamente estes objectivos do Papa
atraiçoando a informação que deve transmitir-se acerca da Igreja católica.
Da visita de Bento XVI ao Benim e da exortação apostólica Africae munus que assinou
em Ouidah provêm ao contrário uma contribuição importante para a convivência
mundial e um apoio real ao compromisso da Igreja católica. Esta conhece bem o
continente africano onde o cristianismo tem raízes muito antigas. Bem o atestam a
Etiópia e a escola de Alexandria, como fez ressaltar o Papa evocando os autores cristãos
africanos de língua latina e sobretudo repetindo mais uma vez aos jornalistas em voo
para Cotonou que no século XXI o anúncio do evangelho no continente não deve
parecer um sistema difícil e europeu, mas expressar na mensagem universal, ao mesmo
tempo simples e profunda, “que Deus nos conhece e nos ama e que a religião concreta
suscita colaboração e fraternidade”.
Bento XVI juntou realismo e esperança nas suas mensagens: “Nesta fase crucial para
todo o continente, a Igreja em África, com o seu compromisso ao serviço do Evangelho,
com o testemunho de solidariedade efectiva, poderá ser protagonista de uma renovada
era de esperança”. 1
Na audiência de 23 de Novembro 1011, sobre a sua viagem apostólica ao Benim, Bento
XVI quis reafirmar aquele futuro de esperança que a África tem diante de si. Definiu-a
como “inesquecível viagem apostólica”. Momento central da viagem foi a assinatura e
entrega, da exortação pós-sinodal da assembleia especial para a África, realizada em
Outubro de 2009.
O Papa espera que as comunidades cristãs do continente possam, orientadas pelo
documento, contribuir com suas riquezas materiais e espirituais, rumo à reconciliação
necessária para construir este futuro de esperança. Convidou os chefes políticos e
religiosos a acolher o ardente desejo de liberdade que anima os corações de numerosos
povos africanos e a tornarem-se “semeadores de esperança em todas as realidades e
ambientes”.
Bento XVI dirigiu a todos os africanos um apelo para serem construtores incansáveis de
comunhão, de paz e de solidariedade. Sentiu bem de perto o calor destes sinais de
esperanças nas crianças e no mundo do sofrimento, na alegria e fervor dos sacerdotes,
religiosos e religiosas e seminaristas.
“Na África vi uma vitalidade do sim à vida, uma vivacidade do sentido religioso e da
esperança, uma percepção da realidade na sua totalidade com Deus e não reduzida a um
positivismo que, no fim, apaga a esperança”.
1.   Audiência Geral, quarta-feira, dia 23 de Novembro 2011
PALAVRAS:        441
CARACTERES: 2.460

6.2
NIGÉRIA
Nordeste: mais de 30 mortos no ataque a um mercado de gado
Pelo menos 34 pessoas morreram por causa de uma bomba num mercado de gado que teve lugar , no
Potiskum, no nordeste da Nigéria. As vítimas foram mortas durante um assalto cometido por um grupo
criminoso que abriu fogo e lançou explosivos no meio da multidão.
Neste momento, a hipótese predominante é que se tratava de um acto particularmente hediondo de
banditismo. Mas ainda não se pode excluir completamente a possibilidade de que o assalto foi cometido por membros da seita Boko Haram, que recentemente cometeu ataques contra alvos diversos, incluindo
lugares de culto cristão.
Se o envolvimento da Boko Haram for confirmado neste ataque, ele iria soar como um aviso profético, são
as palavras ditas pelo arcebispo Ignatius Ayau Kaigama, Arcebispo de Jos e Presidente do Conferência
Episcopal da Nigéria lançado apenas alguns dias atrás, reclamando a ineficácia das forças de segurança.
Disse ele: "deve perguntar-se onde será o próximo ataque. Num aeroporto? Num mercado aberto ou
noutro lugar lotado?"
O arcebispo Kaigama também reiterou que "a Igreja, especialmente a Católica, é um objectivo". O alarme  foi disparado pelo Presidente da associação de cristãos na Nigéria (CAN) Ayo Oritsejafor, que convidou as autoridades a parar o terrorismo contra os cristãos, até mesmo para evitar represálias. Ayo Oritsejafor apelou a todos os nigerianos para manterem a calma e não para seguir o caminho da violência.
(238)

6..3
SIRIA
Massacres e violência
"Cada dia que passa não se acumulam apenas mortes e destruições, mas cresce uma montanha de ódio. Algo que nós não podemos quantificar mas que é das armas muito mais perigosas usadas para matar ": dizem à Misna.
Intimidação: episódios para os quais seriam necessários inquéritos independentes e internacionais adequados, os mortos que vemos são os mais evidentes de uma montanha de ódio que cresce dia após dia," acrescenta Monsenhor Mário que depois faz um sincero apelo à comunidade internacional. "
“Você deve exercer forte pressão sobre todas as partes envolvidas no conflito para pôr fim à violência ".
Embora a esperança de uma solução política da crise tenha sido muito fraca tem feito muito, a pior notícia veio do The Qubayr onde de acordo com fontes próximas à oposição, 86 pessoas foram mortas por milicianos pró-governo que não tiveram pena mesmo de  mulheres e crianças.
Palavras: 150)

6.4
ANGOLA
Igreja preocupada com tráfico de seres humanos na África Austral
O tráfico de pessoas e órgãos humanos na África Austral preocupa a Igreja. A inquietação foi expressa pelo Bispo de Mbanza Congo. Dom Vicente Carlos Kiazico falava à partida para Maputo, Moçambique, onde vai decorrer um workshop sobre o assunto. Uma promoção da IMBIZA em parceria com a Conferência Regional dos Bispos da África Austral visa denunciar a horrível prática.
“Vamos fazer o balanço desta realidade que nos preocupa aqui nos nossos países. A Igreja esteve no início deste esforço de denúncia de tráfico de pessoas e órgãos humanos” – disse o Prelado. O Bispo de Mbanza Congo apela às populações a estarem vigilantes e diz que a falta de suporte jurídico para erradicar o tráfico de seres humanos é uma das maiores dificuldades.
“Há um grande vazio em questão de legislação em muitos países acerca desse tráfico, os próprios Estados não conseguem agir porque falta o suporte jurídico. É necessário também que as próprias comunidades estejam vigilantes neste aspecto” - referiu.
O Bispo lembra que a Igreja deve contribuir na sensibilização das populações para a importância da vida humana, mesmo nas condições de pobreza. “Há uma sensibilização a se fazer sobre a importância da vida mesmo naquelas condições de miséria ou de pobreza” - concluíu.
A comitiva

6.5
BRASIL
Luta contra a pobreza
Cerca de 700.000 famílias em situação de pobreza extrema foram incorporadas no último ano no plano de cuidados mais amplos lançados no Brasil pela Rousseff saltos mais amplos que os adoptados pelo governo anterior, o que tornou possível a redução significativa da pobreza na América do Sul gigante desde 2003. Um ano após o lançamento do programa "Brasil Sem Miséria", anunciou o Presidente, são 13 milhões de famílias que recebem do estado ajuda e são residentes nos centros urbanos, áreas rurais e áreas semi-áridas.
"Essas pessoas, que não tinham nenhum benefício, agora estão recebendo" Rousseff disse: o plano é uma extensão do programa Bolsa Família 'anterior' que fornece subsídios de 70 reais por pessoa (cerca de 28 euros) para famílias que concordam em enviar seus filhos à escola e a submetê-las ao controlo médico regular. Objetivo da administração é erradicar a pobreza extrema Rousseff até 2015, adicionando outros 16 milhões de brasileiros que já beneficiam de política social.
De acordo com dados oficiais, durante os oito anos do mandato do Presidente Lula (2003-2011), 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza. No ano passado o Estado reservou a 0,5% do produto interno bruto (PIB), estimado em aproximadamente 9.5 mil milhões de euros. Misna 29.05. 2012 - 14:38

6.6
MÉXICO
Vítimas da violência e tráfico de drogas
Foram  encontrados 49 corpos mutilados dentro de sacos de plástico à beira de  uma estrada no norte do México, perto da área metropolitana de Monterrey, a terceira maior cidade do país. São 43 homens e seis mulheres, decapitados e com as mãos amputadas, presumivelmente para evitar identificação, de acordo com fontes da polícia.
A imprensa mexicana informa que os investigadores encontraram uma mensagem assinada por um cartel de drogas. Este incidente vem apenas alguns dias após a descoberta de corpos mutilados em 18 outros dois carros próximo a segunda cidade do México, Guadalajara.
Terão sido vítimas de organizações criminosas. No meio da campanha eleitoral para as eleições legislativas e presidenciais de 1 de julho, o México continua a registar quase diariamente novas vítimas da violência ligada aos cartéis de droga, uma verdadeira guerra desencadeada a lutar pelo controle do território e das rotas de tráfico de drogas que tem visto crescentes envolvendo menores grupos criminosos que os Zetas e Sinaloa.
Se os Zetas são consideradas um grupo de movimento, mas com um braço forte e sangrento, de acordo com os analistas da Universidad Nacional Autónoma de México (Unam), o cartel de Sinaloa quebrado bem demarcado, supervisiona grandes quantias de dinheiro, mas tem um braço armado mais fraco. Misna 14.05.2012 10:11

6.7
EQUADOR
Tráfico de seres humanos – um dos maiores flagelos
Todos os anos cerca de 800.000 pessoas em todo o mundo são vítimas de tráfico de seres humanos, uma empresa em crescimento que se baseia na escravidão, na falsidade ou violência, disse Hiroshima Villalba, sub-Secretário para as garantias democráticas do Ministério do Interior do Equador, enquando o vice-ministro do Interior, Javier Córdoba disse que, no Equador, as vítimas são mais de 6.000, e 90% das mulheres envolvidas são vítimas de violência sexual.
Estas declarações foram feitas durante a apresentação da reunião internacional sobre tráfico de seres humanos, em 14 e 15 de Maio, em Quito, com o título “Encontro sobre tráfico de seres humanos e contrabando de migrantes” com a participação de especialistas das Costa Rica, México, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Estados Unidos.
Autoridades equatorianas sublinharam que a Constituição do Equador e seu plano de desenvolvimento nacional para a segurança social, manifestaram a vontade de reduzir esta prática ilegal. O governo do Equador também assinou com o Peru um protocolo de fronteira para fornecer completa assistência às vítimas e sobreviventes de tráfico. A iniciativa visa proteger as mulheres, crianças e adolescentes contra estes crimes nas áreas de El Oro, Loja e Zamora, no Equador e Tumbes, na fronteira norte do Peru.
Poucos dias antes, o Vaticano insistiu na importância de que a Igreja coopere com organizações internacionais em termos de prevenção, apoio e reabilitação das vítimas de tráfico. “Colocamois ao serviço da luta contra o tráfico de seres humanos toda a nossa rede de religiosos do mundo,” disse o Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz no mundo durante a conferência realizada no Vaticano sob este flagelo. Ele também insistiu no trabalho comum da Igreja, governos, instituições e organizações humanitárias em todo o mundo, para abordar o problema com eficácia. Lê-se nas conclusões do evento: “o problema é cada vez mais dramático e real e é o comércio ilegal, após o das armas, o mais lucrativo na criminaliadde internacional. FIDES 15.05.2012

6.8
COLÔMBIA
Guerrilha e ataques antidrogas
Sete oficiais mortos e feridos 17 outros: é o saldo de um ataque de bombardeio das forças armadas revolucionárias da Colômbia (Farc) a uma estação de polícia em La Gabarra, município de Tibú, 470 km, a nordeste de Bogotá.
De acordo com o comandante da polícia antinarcóticos, General Luis Alberto Pérez, os guerrilheiros têm respondido bem a operações de luta contra os narcóticos no último período que levaria à destruição de 600 hectares de cultivos ilícitos e o desmantelamento dos mais de trinta laboratórios clandestinos para o processamento de drogas.
O ataque foi atribuído à frente das Farc 33 liderada por Rogelio Benavides, sobre a qual foi colocado uma recompensa de 2 bilhões de pesos (mais de um milhão de dólares).
A acção do exército se aproxima dos dados sobre o conflito interno do Ministério da defesa, segundo os quais apenas desde o início do ano as forças de segurança têm "neutralizado" mais de 3000 lutadores de diferentes grupos armados, metade deles pertence às Farc, 17% em relação ao mesmo período em 2011. Ao mesmo tempo 920 guerrilheiros foram capturados, e cerca de 1500 itens dos chamados emergentes bandos de criminosos, formados principalmente por paramilitares desmobilizados antigos. Desde o início do ano foram apreendidas 58.9 toneladas de cocaína. A Colômbia continua a ser o maior produtor mundial, seguido por Peru e Bolívia. Misna 11.05.2012- 10:52
(230 – 1424)



PAGINA 7
gente nova
7.1
Carta do Tio Missionário
Meus queridos sobrinhos
Vou encontra-vos já quase todos em época de férias. Uns na serra, outros no mar, outros nas ilhas, uns longe e outros perto. Que a crise não nos deixa movimentar como gostaríamos. Mas, porque queremos um país honrado e estimado, estão-nos a ser pedidos muitos sacrifícios. Fala-se de austeridade. E de facto o Governo terá governar com austeridade, se quiser que nos assentemos junto dos países da União Europeia, de cabeça levantada. Bem sabemos quem foram os principais cidadãos que nos puseram assim. E que nos deram este estatuto de pobreza e de miséria. Com portugueses a passarem fome e necessidades fundamentais.
À par da crise económica que estamos passando, não faltará que volte a crise de identidade cristã da Europa, e que será mesmo mais complicada que a económica. Não mexe com o dinheiro do povo mas mexe com as ideias, com o homem interior. Com o discípulo de Jesus Cristo. Mais importante porque nos põe no tempo com visão de eternidade! Meus sobrinhos, acertai o vosso caminhar do dia a dia com Cristo. E vencereis todas as crises.
Mil beijinhos do vosso
TM

7.2
JESUS CRISTO
Um pobre ao lado dos pobres
Jesus optou pela pobreza. Para além da grande massa das pessoas que sobreviviam da jorna, na Palestina do século II a mendicidade afectava a grande parte da população. Nos relatos evangélicos aparecem enfermos, cegos, coxos, leprosos… eram a maior parte deles também mendigos.
Jesus, filho de um artesão deixa esta posição para ir colocar-se nos últimos da sociedade.
O Evangelho apresenta Jesus nascendo num presépio, porque não havia lugar para eles na pousada (Lucas 2, 7) e morrendo nu, numa cruz. E disse: “…o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Marcos 10, 21)
Jesus não elege a pobreza mas os pobres. É para eles a Boa Nova: “Felizes os pobres, porque vosso é o Reino dos Céus” (Lucas 6, 21). E Espírito me ungiu para anunciar a Boa notícia aos pobres , diz o Evangelho de Lucas citando Isaías (Lucas 4, 18).
Jesus denuncia a riqueza e a indiferença que cega o coração perante a necessidade dos pobres. “Ai de vós os ricos…! (Lucas 6, 24)
O motivo último de Jesus ao por-se ao lado dos pobres, é a compaixão.
Mas o Mestre de Nazaré ter-se-á apercebido que a riqueza: impede a pessoa de ver mais além de si;  encerra-a em si mesma, bloqueando-a aos outros; tende a ocupar no coração humano um lugar que só corresponde a Deus, pois se converte num ídolo (não podeis servir a Deus e ao dinheiro”) e o rico põe a sua segurança no que não pode tê-la. Por isso Jesus é um homem compassivo e sábio. 1
________________________
1 Enrique Martinez Lozano, recuperar a Jesus.
PALAVRAS: 264

7.3
CULINÁRIA
Salada de Marisco
Ingredientes:
1 lagosta
1 kg de camarão
1 pacote de delícias do mar
azeite
vinagre
1 cebola
sal
folhas de louro
pimenta
e salsa.

Preparação:
Coza a lagosta e o camarão com sal e uma folhs de louro; depois de descascada a lagosta e o camarão, corte em pedacinhos para uma saladeira bem como as delícias do mar. Numa tigela pique a cebola e a salsa, e verta por cima do marisco; sirva como entrada.

7.4
CURIOSIDADE
Do tempo da Maria Cachucha
(Significado = muito antigo)
A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino, ao som das castanholas, começava a dança num movimento moderado, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio.
Esta dança teve uma certa voga na França, quando uma célebre dançarina, Fanny Elssler, a dançou na Ópera de Paris. Em Portugal, a popular cantiga Maria Cachucha (ao som da qual, no século XIX, era usual as pessoas do povo dançarem) era uma adaptação da cachucha espanhola, com uma letra bastante gracejadora, zombeteira.
Palavras                93
Caracteres        558

7.5
CONCURSO UM PRESENTE PARA TI

Meus queridos sobrinhos
Estou sempre à espera da vossa correspondência porque ela manifesta o vosso interesse.

Mês de Maio 2012

Os premiados do mês de Maio foram os seguintes sobrinhos:
1º. Serafim Novais Miranda, GUIMARÃES;
2º. Martinho Silva Tavares, VALE DE CAMBRA;
3º. Manuel Tavares de Sousa, PINHEIRO DA BEMPOSTA;
4º. Maria Peixoto Martins, INFANTA
5º. José Manuel Alves Filipe Nunes, LISBOA.

Vão receber cada um como prémio o livro do TM “na força do DIÁLOGO”

Mês de JULHO

Aqui vão as perguntas cujas respostas certas valerão para o Concurso de Julho:
1ª. Em que dias é que a SMBN realizou a sua Peregrinação anual a Fátima?
2ª. Em que país da Ásia é que duas Irmãs foram acusadas de comunistas e rebeldes?
3ª Indica países on se faz tráfico de seres humanos e de drogas.

Serão sortedos pelos sobrinhos que tiverem as respostas certas 5 livrinhos sobre “ São João de Brito”.

Enviai as respostas certas para:

TIO MISSIONÁRIO CONCURSO
Apartado 40 – 3721-908 CUCUJÃES

(Quem tiver Internet pode enviá-las para:

pe.armandosoares@gmail.com

indicando o nome e a morada para lhe enviarmos o PRÉMIO)


7.6
HUMOR

ANEDOTAS
Desesperado
- Estou desgraçado, senhor. Certamente vou matar-me… Se pudesse ajudar-me…
- Lamento muito, meu amigo, mas, infelizmente, não trago nenhuma pistola comigo!

Na mercearia
Um cartaz na área da fruta diz: «Maçãs a três euros o quilo». Uma larva , ao passar, exclama:
- Caramba! Como estão caras as habitações!

Entre amigos
- Sabes, o meu pai tinha uma vaca muito agitada, muito agitada…
- Porquê o dizes?
- Porque em vez de dar leite…dava manteiga.

Pai és,filho serás
O filho dum gangster volta dum exame na Universidade.
O pai pergunta:
- Então, rapaz, correu bem?
- Muito bem! Estiveram a interrogarem-me durante duas horas, mas eu aguentei-me…
- Bravo, bravo…Como é que foi isso?
- Não abri a boca!...



PAGINA 8
em destaque

8.1
SMBN
Peregrinação Missionária a Fátima
Por P. LUIS VIEIRA(texto e fotos)
PAGINA 8-1
FÁTIMA
Peregrinação Missionária da SMBN a Fátima


Nos dias 16 e 17 de Junho realizou - se a peregrinação a
Fátima dos missionários da Boa Nova. Os momentos que se passam com os
amigos junto da Mãe de Deus, cantando e rezando são sempre
inesquecíveis.
No dia 16 tivemos connosco  D. António Couto que, no
centro Paulo VI, nos brindou, numa forma bíblica e poética, com as
mais lindas palavras sobre Maria e a Palavra: Maria serva e servidora;
Maria transportadora da felicidade; Maria serva  felicitada e
felicitadora; Maria evangelizada, evangelizadora e recitadora. Como
afirmou todos devemos estremecer com a Palavra de Deus e estar presos
a ela, como Maria, pelo ouvido para bem a sintonizar e a poder dizer
em alta fidelidade.
Obrigado D. António Couto.
Tivemos ainda no mesmo centro Paulo VI um olhar
missionário nos testemunhos do P. Jerónimo e da Isabel missionária da
Boa nova.
Seguiu-se a saudação a nossa senhora e a missa na Igreja
da SS. Trindade presidida pelo Superior Geral P. Albino dos Anjos.
A procissão de velas, à noite, foi um momento de luz
interior e exterior que nos inundou entre a oração, o cântico e o
silêncio.
No dia 17 começamos o dia com a via sacra aos Valinhos. O
dia estava lindo, e como de costume, muita gente participou.
Às dez horas e trinta rezamos o terço na Capelinha das
aparições e participamos na Eucaristia presidida por D. Serafim que
reafirmou que a Igreja é missão e que todos devemos, ser missionários.
Que Maria acompanhe os nossos passos peregrinos e nos
ajude a guardar a Palavra como Ela a guardou no seu coração.



8.2
Em destaque
Bodas de Ouro sacerdotais
(pág 39 da Boa Nova de  Junho 2012)









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