LOGOS O Logos da filosofia grega e o Logos (ou Verbo) do Novo Testamento.
LOGOS
O
Logos da filosofia grega e o Logos (ou Verbo) do Novo Testamento.
sábado, 29 de julho de 2017
Teólogos hoje em dia afirmam que na bíblica, e na época de Cristo, a Sabedoria se exprimiu em vários continentes e diversas pessoas e povos de modo muito idêntico e salvífico.
sábado, 29 de julho de 2017
Teólogos hoje em dia afirmam que na bíblica, e na época de Cristo, a Sabedoria se exprimiu em vários continentes e diversas pessoas e povos de modo muito idêntico e salvífico.
Assim, na Grécia explodiu em
filosofias e artes, no Oriente chinês e japonês em elevadas religiões, e no
povo judeu na maior explosão de religião e de fé.
E não só, mas a intuição e
investigação científica está adequando com as intuições do mundo religioso
quando afirmam que o ser humano é um reflexo das estrelas. Tanto que
antigamente se dizia que somos pó da terra, agora se diz que somos poeira estelar.
Para início de conversa, vamos
começar com Platão, um dos principais pensadores da história da filosofia, do
séc. IV a.C, que absorveu a sabedoria dos egípcios, dos chineses, dos indús e
dos judeus porque viajou por todos esses lugares.
Veja coisas como esta que
iremos comparar com a fé de hoje e com a ciência de hoje: “Também o pequeno
fragmento que representas, ó pequeno homem, tem sempre relação íntima com o
cosmo e para ele se orienta, mesmo que pareça não te aperceberes, porque toda a
existência surge para o Todo e para a feliz condição de harmonia total. Não é
para ti de fato que essa vida se desenvolve, mas tu és gerado para a vida
cósmica” (Platão. Leis, livro X, 903 c).
Comparemos com a teologia
hebraicada mesma época: “Só Tu és Iahweh, o Senhor; criaste os céus e o
universo, com todos os seus elementos, a terra e quanto nela existe, os mares e
tudo quanto neles há, e tu concedes o dom da vida a todos os seres, e os
exércitos dos céus te adoram continuamente” (Nm.9,6). E em Romanos lemos:
“Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas” (Rom,11,36)
E comparemos com os modernos
de hoje em dia: “Tudo o que vive não vive só, nem para si mesmo”.(William
Blake). Ou ainda: “Isto sabemos, que todas as coisas estão ligadas como o
sangue que une uma família. Tudo o que acontece com a Terra acontece com os
filhos e filhas da Terra. O homem ao tece a teia da vida, mas ele é apenas um
fio, nela é apenas um fio. Tudo o que faz à Teia, ele faz a si mesmo” (Fritjof
Capra, Esquisse d’une theorie des evolutions).
Um outro filósofo
contemporâneo de Platão diz: “O Logos, ou seja a lei universal que rege todas
os acontecimentos particulares de todas as coisas, sempre existiu. Os homens
que não ouvem o Logos vivem como se estivessem dormindo, não sendo capazes de
perceber a verdadeira realidade. Se a felicidade estivesse nos prazeres do
corpo, diríamos felizes os bois quando encontram ervilha para comer, e que os
asnos prefeririam palha a ouro” (Heráclito).
Heráclito dizia que o Logos é
a razão invisível que ordena todas as coisas. Comparemos com o evangelho de São
João: ”No principio era o Logos, e o Logos (ou o Verbo) estava com Deus, e o
Logos era Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito. O que
foi feito nele era a vida, e a vida era a luz dos homens.” (Jo.1,1-4).
Não é só, mas outro filósofo
grego, Xenófanes, da mesma época foi o primeiro a identificar a unidade do ser
que tudo abarca com Deus, um Deus único e uno: Esse Deus é necessário e não
pode ter sido criado por nada, sendo incriado desde sempre; como Deus é o ser
absoluto não pode ter sido criado por outro ser, e muito menos por um não-ser.
Além disso, Deus não tem atributos humanos; os homens atribuem a Deus
características suas. Do mesmo modo que outro animal atribuiria a Deus
características próprias de sua espécie.”(Xenófanes)
Confira com a teologia
hebraica expressa nos Dez Mandamentos: “Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás
outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida da nada do que
existe lá em cima nos céus ou embaixo na terra. Não te prostrarás
diante desses deuses e não os servirás, porque eu, teu Deus, sou um deus
ciumento”.(Ex. 20. 1,15).
Portanto Xenófanes, de uma
maneira, e os hebreus de outra maneira, defenderam uma concepção filosófica e
teológica de Deus: o ser necessário uno e absoluto, sem começo nem fim no tempo
e no espaço, no qual todas as coisas particulares têm seu ser.
É bonito citar a poesia dos
dois lados, da arte filosófica grega, e da arte filosófica hebraica: “O homem,
como uma criança, ouve o divino tal a criança ao homem” (Heráclito). “Diz a
sabedoria: eu estava junto com Ele, eu era seu encanto todos os dias, e todo
tempo brincava em sua presença. Brincava na superfície da Terra e me alegrava
com os homens.” (Bíblia, Prov.8,30-31). “Blogue.Chapadinha” Casimiro João
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