Memórias de um frade na
Sibéria
(42)… Se bem me lembro, assim
começava Vitorino Nemésio nas suas apreciadas “conversas em família”. Estamos a um mês do Natal, o dia em que
celebramos o Nascimento de Jesus Cristo. Antigamente: a missa do galo, o enorme presépio,
a
fogueira enorme no adro da igreja, as batas cozias com bacalhau e o nosso fino
azeite, as rabanadas, o bilharacos, a aletria, e outras doçarias caseiras
faziam a fartura da mesa. Tudo era simples. Hoje tudo é muito complicado. Perdeu-se
o “rei da festa”, perdeu-se o Menino. Encontraram-se violas, guitarras, dançaricas,
milhares de lâmpadas, pinheiros de dezenas de metros de altura e todos
iluminados, pais natais barrigudinhos e carregados de sacos de prendas, “umas
bonecas” no palco a falar do Natal ( saberão o que é ?). E andamos nisto.
Barulho, barulho, muito barulho… mas foi “numa silêncio da noite envolvida no
mistério que Jesus, o Salvador nasceu, por todos nós: por mim, por ti,… ainda que teimes em
fugir à realidade. Será este ano que terá encontro marcado contigo? Oxalá!!
Sempre seria Natal!
Comentários
Enviar um comentário