TURQUIA Comunidade internacional condena atentado que provocou 51 mortos
TURQUIA
Comunidade
internacional condena atentado que provocou 51 mortos
A comunidade internacional condenou hoje o atentado contra um casamento curdo no sudeste da Turquia, que provocou pelo menos 51 mortos e quase uma centena de feridos, e reafirmou o apoio ao país na luta contra o terrorismo.
TURQUIA 21.08.2016 POR LUSA |
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou hoje que no atentado,
perpetrado por um bombista suicida com idade entre os 12 e os 14 anos, morreram
51 pessoas.
De acordo com o chefe de Estado turco, o atentado ocorrido no espaço onde
decorria um casamento na cidade de Gaziantep, onde estava um grande número de
curdos, foi "provavelmente" obra do grupo 'jihadista' autoproclamado
E.I.
Um dos primeiros líderes internacionais a reagir ao atentado foi o
Presidente russo, Vladimir Putin, que expressou que "o que aconteceu
reitera a necessidade de realmente combinar esforços de toda a comunidade
internacional na luta contra o terrorismo".
Num telegrama dirigido a Erdogan, o chefe do Kremlin mostrou-se disponível
"a reforçar a cooperação antiterrorista" com os seus parceiros
turcos, depois dos acordos alcançados recentemente em São Petersburgo.
"Uma vez mais estamos convencidos de que o terrorismo não reconhece os
princípios que regem as sociedades civilizadas, nem as normas mais básicas da
moral humana", acrescentou.
Putin expressou as condolências às famílias das vítimas e destacou que o
crime cometido "em pleno casamento choca pela sua crueldade e
cinismo".
O Presidente francês, François Hollande, qualificou de ignóbil o atentado
e, numa mensagem de condolências às autoridades e ao povo turco, sublinhou que
a França está junto a "todos os que lutam contra a praga do
terrorismo".
O presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o espanhol
Pedro Agramunt, manifestou repulsa por "este novo acto de violência"
e transmitiu uma mensagem de apoio à Turquia pelo "dramático ataque".
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, lamentou o sucedido
através da rede social Twitter: "Os terroristas espalharam a morte e a dor
onde estava a ser celebrado o amor e a vida".
"Os meus pensamentos e condolências às famílias e amigos das vítimas
deste horrível ataque em Gaziantep", acrescentou Schulz.
O comissário europeu da Migração, Dimitris Avramopoulos, apontou a
"violência cega", também através de uma mensagem no Twitter, e
sublinhou a necessidade de união "contra todas as formas de
terrorismo".
"Outra vez um ataque horrível chocou a Turquia. Outra vez enfrentamos
os métodos bárbaros de terror e outra vez morreram pessoas inocentes",
afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank Walter Steinmeier,
ao lamentar que "um casamento, uma festa de alegria, se tenha convertido
num pesadelo".
O Governo espanhol condenou "fortemente" o "terrível"
atentado e transmitiu a sua solidariedade a todos os familiares das vítimas, ao
povo turco e às autoridades do país.
Também os governos da Arábia Saudita e Egito condenaram o atentado, com
Riade a reiterar "total solidariedade e apoio à Turquia contra o
terrorismo" e o Cairo a expressar as suas condolências e o desejo de
rápidas melhoras dos feridos.
O Governo do Irão, através do porta-voz do Ministério do Exterior, Bahram
Qasemi, enviou as condolências e classificou o atentado como um acto
"abominável contra a humanidade".
"Os objetivos sinistros e antihumanos" do terrorismo 'takfiri'
dos extremistas sunitas visam a paz e a estabilidade nos países da região
"e requerem uma luta séria dos países da zona contra este fenómeno
violento", afirmou Qasemi
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