ARGENTINA DIREITOS HUMANOS: Morreu ex-general BUSSI, símbolo da ditadura


Morreu num hospital de San Miguel de Tucumán (sede da homónima província central argentina), onde foi hospitalizado segunda-feira. Assim foi desligado o antigo General Antonio Domingo Bussi, 85 anos, figura proeminente da última ditadura (1976-1983), que suportava uma condenação a prisão perpétua imposta em 2008 para o assassinato e desaparecimento de senador peronista Guillermo Vargas.
Bussi tinha mais de um processo pendente por violações de direitos humanos para Tucumán, onde ele tinha sido governador "de facto" eleito no momento da democracia, entre 1995 e 1999. Antes do golpe de estado de 24 de Março de 1976 levou a operação militar chamada 'Independencia' acabar com a guerrilha activa no distrito.
Concluído seu mandato como governador de Tucumán (província) em 1999, Bussi obteve um lugar no Congresso, mas a Câmara dos deputados tinha impedido cobri-lo por "incapacidade moral". Em 2003, também ganhou as eleições locais em San Miguel de Tucumán, mas a cadeira de prefeito foi removida apenas três meses após a votação, quando ele foi preso pelo desaparecimento de Vargas Aignasse.
Depois de anos de impunidade, devido às leis de amnistia, a partir de 2005, por impulso de Nèstor Kirchner, Supremo Tribunal da argentina abriu o caminho para julgamentos contra dezenas de antigos generais da ditadura. De acordo com números oficiais 13.000 opositores foram mortos durante o regime, mas para as organizações de defesa dos direitos humanos foram pelo menos 30.000. Misna 25.11.2011 - 11:04

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