VATICANO BENTO XVI profunda inquietação pelas crises económicas, políticas e sociais do mundo

O Papa Bento XVI na segunda-feira expressou sua profunda preocupação com o que ele chamou de "uma inquietação profunda" pelo escurecimento do mundo neste momento no tempo. Falando durante seu discurso anual do "Estado do mundo" para os membros do corpo diplomático acreditado no Vaticano, Bento XVI não deixou de falar sobre questões de interesse em todo o mundo.
Começou por abordar "a grave e preocupante evolução da crise económica e financeira mundial" que-disse - não só afecta famílias e as empresas, mas criou sentimentos de desorientação e frustração, especialmente nos jovens. A crise – continuou o Papa – pode e deve ser um incentivo para reflectir sobre a existência humana e sobre a importância da sua dimensão ética. Bento XVI voltou sua atenção para o norte de África e o Médio Oriente onde - disse – jovens, com medo de um futuro incerto, lançaram o que se tornou um grande movimento exigindo reformas e mais participação na vida política e social. "Eu convido a comunidade internacional" disse, "ao diálogo com os intervenientes em processos actuais" e contribuo para a construção de sociedades estáveis que se opõem a toda forma de discriminação injusta.
E Bento XVI manifestou sua preocupação com o povo da Síria, pelo qual reza para um rápido fim ao derramamento de sangue e o início de um diálogo fecundo entre as forças políticas, incentivadas pela presença de observadores independentes.O Santo Padre também incentivou os dirigentes iraquianos para avançar no caminho para a reconciliação nacional e voltou sua atenção para a Terra Santa, onde as tensões entre palestinos e israelenses continuam a afectar a estabilidade de todo o Médio Oriente.
Em seguida, o Papa voltou sua atenção para o papel crucial desempenhado pelos jovens na sociedade e sublinhou a necessidade de sólidas instituições educacionais. Educação – disse – é um tema crucial para todas as gerações, como determina o desenvolvimento saudável de cada pessoa e o futuro da sociedade. E a família – explicou – cria uma configuração de"fundamental" para a educação. Daí – disse – "há uma necessidade de políticas que promover a família e ajuda o diálogo e a coesão social".Nesta perspectiva-Papa Bento XVI continuou-é claro que um programa educativo eficaz também exige respeito pela liberdade religiosa. Descreveu a liberdade religiosa como "o primeiro dos direitos humanos, que exprime a realidade mais fundamental da pessoa".
E o Papa fez referência à memória do Ministro paquistanês Shahbaz Bhatti cuja incansável batalha pelos direitos das minorias terminou com sua morte trágica. Infelizmente – disse – "nós não estamos falando de um caso isolado". E Bento XVI passou a destacar o facto de que em muitos países, os cristãos são privados dos direitos fundamentais, marginalizados da vida pública e até mesmo violentamente atacados e forçados a deixar suas casas. No ano passado – disse – o terrorismo fez numerosas vítimas por motivos religiosos especialmente na Ásia e África. Por esse motivo – Bento XVI sublinhou-líderes religiosos precisam repetir com firmeza e com força que "isso não é a verdadeira natureza da religião. É a antítese da religião e contribui para a sua destruição".E antes de terminar, o Papa Bento XVI mencionou as boas relações entre a Santa Sé e o estado da Itália. Falou da necessidade de líderes africanos que favoreçam o progresso ao longo do caminho da Justiça, da paz e da reconciliação; de emergência no Corno de África; e a importância de promover o respeito pela criação O Papa não deixou de mencionar sua preocupação pela continuação da violência e instabilidade na Nigéria, na Costa do Marfim e na Região dos Grandes Lagos, e apelou à comunidade internacional para fazer todos os esforços para encontrar uma solução para a crise na Somália que – disse ele – já dura há anos.  Rádio Vaticano 2012-01-09

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