ISRAEL Camião dirigido por palestino atropela pedestres e deixa 4 mortos em Israel
ISRAEL
Camião dirigido por
palestino atropela pedestres e deixa 4 mortos em Israel
Atentado em Jerusalém também deixou
ao menos 15 pessoas feridas. Primeiro-ministro diz que sinais
indicam ligação com EI.
Por G1
08/01/2017 09h57
feridos
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Um caminhão dirigido por um
palestino colidiu com pedestres em uma avenida popular em
Jerusalém no domingo (8). O
atentado matou quatro pessoas e deixou 15 feridos, informou a
polícia e serviços de emergência
israelenses.
A polícia identificou o motorista
como um palestino da Jerusalém Oriental, área anexada a Israel, e
disse que ele foi morto a tiros. Em
um comunicado citado por agências internacionais, o primeiro-
ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, anunciou que "todos os sinais" indicam que o suspeito
era partidário do Estado Islâmico.
"Nós cercamos Jabel Mukabar, o bairro de onde ele veio, e
estamos realizando outras ações que
não vou detalhar", diz no texto.
Netanyahu, que visitou o local do
ataque com o ministro da Defesa Avigdor Lieberman, afirmou
ainda que "definitivamente
pode haver uma conexão" entre o episódio e os recentes atentados
na França e na Alemanha, segundo a
Associated Press.
Este foi o pior ataque palestino em
Jerusalém em meses e atingiu soldados que desembarcavam
de um ônibus que os levava para o
passeio em Armon Hanatziv, um calçadão com uma vista
panorâmica da Cidade Velha murada.
"É um ataque terrorista, um
ataque de atropelamento", um porta-voz da polícia disse à Rádio
Israel.
A polícia disse que os mortos, três
mulheres e um homem, têm por volta de vinte anos. A
identidade deles será divulgada
somente depois que as famílias forem notificadas.
O chefe da polícia Roni Alsheich
disse que o motorista era palestino de Jerusalém Oriental. Ele d
"É certamente possível ser
influenciado assistindo TV, mas é difícil entrar na cabeça de cada
indivíduo para determinar o que o
levou, mas não há dúvida de que essas coisas têm um efeito",
disse Alsheich a repórteres.
Uma onda de ataques de rua
palestinos, incluindo atropelamentos de veículos, diminuiu em
grande parte, mas não parou
completamente desde que começou em outubro de 2015.
Imagens de câmera de segurança
mostraram o caminhão avançando em direção aos soldados, e
depois depois de uma lacuna que
aparentemente incluía cenas de carnificina, dando ré sobre eles.
Um motorista de ônibus de Israel
que testemunhou o incidente disse à rádio que o caminhão se
chocou com um grupo de soldados,
eles dispararam contra o motorista, que mudou de direção e
foi para cima deles novamente.
"Em uma fração de segundo eu
olhei para a minha esquerda e vi o que eu só posso descrever
como um caminhão em alta velocidade
que me lançou ao ar", um segurança identificado apenas
como "A" disse à rede de
TV Canal 10.
"Foi um milagre que a minha
pistola permaneceu em mim. Eu atirei em um pneu, mas percebi
que não adiantava porque tem muitas
rodas, então eu corri para frente da cabine e atirei nele até
esvaziar meu cartucho. Quando eu
terminei de atirar, outros soldados miraram e também
começaram a disparar. "
calçada Armon Hanatziv com vista
para a cidade velha murada de Jerusalém. Eles foram levados para vários hospitais em
Jerusalém.
A emissora de TV "Canal
10" disse que o guia de turismo dos soldados também disparou contra o
motorista do caminhão.
Como morador palestino de Jerusalém
Oriental, que Israel considera parte de sua capital, o
motorista do caminhão teria
identidade israelense e poderia se movimentar livremente por toda a
cidade.
Histórico
Ataques de rua palestinos nos
últimos 15 meses mataram pelo menos 37 israelenses e dois
americanos visitantes.
Pelo menos 231 palestinos foram
mortos na violência em Israel, na Cisjordânia ocupada e na Faixa
de Gaza durante esse período. Israel
diz que pelo menos 157 deles foram assaltantes em ataques
solitários, muitas vezes visando as
forças de segurança e usando armas rudimentares, incluindo
facas de cozinha. Outros morreram
durante confrontos e protestos.
Israel diz que uma das principais
causas da violência tem sido o incitamento da liderança palestina,
com jovens homens encorajados a
atacar soldados israelenses e civis.
A Autoridade Palestina, que exerce
um auto-governo limitado na Cisjordânia, nega essa alegação e
diz que assaltantes agem por causa
da frustração sobre a ocupação israelense em territórios
palestinos que buscam um estado de
paz em negociações paralisadas desde 2014.
Hamas
O grupo islâmico palestino Hamas
elogiou o ataque deste domingo.
"Nós abençoamos esta operação
heróica que resiste à ocupação israelense para forçá-la a parar
seus crimes e violações contra
nosso povo", disse o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, à
agência de notícias Reuters.
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