VATICANO Jubileu: Sem-abrigo de Portugal encontram-se com a «dignidade de vida» por ARMANDO SOARES
VATICANO
Jubileu: Sem-abrigo de
Portugal encontram-se com a «dignidade de vida» por ARMANDO SOARES
Portugueses no Jubileu das Pessoas Socialmente Marginalizadas |
No dia 12 de
novembro 2016 realizou-se, no Vaticano,
o “Jubileu das Pessoas Socialmente Marginalizadas”. A delegação
portuguesa que participou neste último encontro do Ano da Misericórdia fala
dele como uma «experiência inesquecível. O presidente da Cáritas Portuguesa
disse à Agência ECCLESIA que a delegação de Portugal no ‘Jubileu das Pessoas
Socialmente Marginalizadas’, viveu uma “experiência inesquecível” de encontro
com a “dignidade de vida”.
Eugénio Fonseca referiu os “comentários inesperados”
dos participantes de Portugal que mostram a “surpresa” pela experiência que foi
vivida por homens e mulheres que estão em “situação de desfavorecimento” e que
“nunca esperavam que fosse possível”.
“Está a ser uma possibilidade de valorizar a
autoestima destas pessoas”, disse o presidente da Cáritas Portuguesa que foi a
Roma com uma delegação de 178 pessoas, sem-abrigo e técnicos de Cáritas
Diocesanas, Comunidade Vida e Paz e Misericórdia de Lisboa, que os acompanham. “Fomos
tratados com uma dignidade que eles próprios reconhecem e não houve qualquer
diferenciação nas condições de viagem, estadia, acesso aos lugares onde têm
decorrido os encontros”, referiu Eugénio Fonseca.
‘Jubileu das Pessoas Socialmente Marginalizadas’ teve
início na sexta-feira, antes do dia 12,
com catequeses e um encontro com o Papa Francisco, na Aula Paulo VI, no
Vaticano, e terminou no domingo, com a celebração da Eucaristia.
“Como o Papa disse na catequese que dirigiu aos cerca
de seis mil participantes, o que para os ricos é já uma banalidade, para muitas
destas pessoas foi uma riqueza vivencial”, lembrou Eugénio Fonseca.
O presidente da Cáritas disse que o encontro com o
Papa foi para muitos sem-abrigo um encontro com uma pessoa que é “uma
referência salvadora”.“A sede de procura de alguém que eles sabem, pelas
palavras ditas, mas também pelas práticas vividas, que é alguém que está do
lado deles, fê-las não olhar a obstáculos, saltar por cima de cadeiras só para
ter a possibilidade de tocarem na pessoa que para eles é uma referência
salvadora”, referiu. Eugénio Fonseca lembrou a mensagem de Francisco e o
desafio que colocou à sociedade de “pedir perdão” por não “ter sabido
desempenhar o seu papel” diante de pessoas socialmente marginalizadas.
O presidente da Cáritas recordou o muito que se faz e
também o “muito que ainda há por fazer em favor das causas destas pessoas”.
No sábado, a delegação de Portugal participou num
encontro para todo o grupo, na igreja de São Luís dos Franceses, onde, após
momentos de partilha, foi celebrada uma Eucaristia presidida por D. Carlos
Azevedo, do Conselho Pontifício para a Cultura, que se recordou o compromisso
de Alfredo Bruto da Costa, falecido esta sexta-feira, a favor dos mais pobres.
O encontro com os sem-abrigo e outras pessoas
socialmente marginalizadas foi a última grande iniciativa que decorreu em Roma
no âmbito do Ano Jubilar Extraordinário, que terminou no domingo, 20 de novembro. PR in VM jan 2017
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