Síria Mosteiro vítima de um ataque armado


Na quarta-feira passada, 22 de Fevereiro, a comunidade de Mar Moussa (Mosteiro) na Síria sofreu um ataque armado.
"Cerca de 30 homens armados, que, com excepção do comandante, estavam encapuzados, invadiram o celeiro do mosteiro, onde havia alguns funcionários. Saquearam as instalações em busca de armas e dinheiro, perguntando onde estava o padre responsável. Um dos funcionários foi obrigado a levar algumas pessoas armadas para a outra parte do mosteiro. Ali, quatro freiras foram fechadas numa sala sob vigilância, quando se preparavam para ir para a oração. Em seguida, alguns dos agressores entraram na igreja. A comunidade monástica, reunida para a meditação lembrou-lhes que este espaço estava consagrado à oração e merecia respeito. Os homens armados obrigaram os presentes, sob ameaças, a se reunirem num canto da igreja. Depois interceptaram outras pessoas no mosteiro tratando-as de uma forma brutal. Então, sem causar maiores danos, continuaram, sempre sem sucesso, a buscar armas e dinheiro, destruindo todos os meios de comunicação que encontraram. Durante o ataque, o responsável do grupo tirava fotos com o seu telemóvel. Depois de permitir que continuassem a oração, ordenou que os presentes permanecessem na igreja durante uma hora. "
"O superior do mosteiro – continua o comunicado – estava em Damasco, e só pôde voltar na madrugada da quinta-feira". O comunicado disse que "aqueles que tinham autoridade entre as pessoas armadas tinham declarado em seguida a sua intenção de não prejudicar as pessoas presentes no mosteiro, e realmente cumpriram sua palavra durante a agressão".
Naturalmente, continua o comunicado, "surge a questão sobre a identidade do grupo armado. Impossível no momento dar uma resposta certa. Parece ser que se trata de homens acostumados ao uso de armas, a fim de conseguirem seus interesses materiais. Fica totalmente em obscuridade a razão pela qual procuravam armas num mosteiro conhecido há anos pela sua escolha e sua promoção da não-violência."
"Agradecemos a Deus – conclui o comunicado – pela protecção dos seus anjos e oramos durante a missa pelos nossos agressores e suas famílias. Apesar destes acontecimentos dolorosos, não perdemos a paz e nem o desejo de servir à reconciliação. ZENIT 29.02.2012

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