Uma juventude audaciosa por ARMANDO SOARES
Estamos
vivendo num mundo cheio de atropelias, sem respeito pelas pessoas humanas, sem
respeito para com Deus, sem respeito pela Natureza, sem respeito pela ecologia.
A Palavra que se pode aplicar em quase todas as dimensões é: a ausência de
valores, e a destruição da natureza. Pode o homem sentir-se feliz neste
ambiente que criou para si e para os demais? Ou terá simplesmente, esquecido ou
posto de lado os valores autênticos? Mata-se, rouba-se, esfaqueia-se, há civis
que aparecem com armas da tropa, e o outro não passa de um inimigo a abater,
caso seja obstáculo para fazermos o que nos apetece… Isto vai mesmo lindo! Há
os que lutam mas com armas desiguais e protecções desiguais e há-os que
simplesmente acabam por se demitir de lutar. E o número de suicídios aumenta e
perpetrados das maneiras mais incríveis, que se possa imaginar. Valerá a pena
viver neste “inferno” que serve bem os interesses de quem não tem uma alma para
salvar, nem contas a dar a ninguém. O homem sem destino é um bêbado em trajes
menores ou puramente nu que retalia, resmunga, e manda tudo para aquela banda!
É um pobre Job, lançado na pocilga da mãe terra, sem qualquer possibilidade de
respirar felicidade, ou dizer amor!
Segundo Bento
XVI, o actual contexto de crise - e paranóia -faz com que muitos jovens
precisem de sentir que “a mensagem cristã é uma mensagem de alegria e
esperança”. “O mal não tem a última palavra sobre a nossa vida”, frisa. O Papa faz
votos para que os mais novos sejam movidos por um “espírito de serviço” e não
pela “busca do poder, do êxito material e do dinheiro”. A celebração da JMJ
decorreu este ano a nível diocesano no Domingo de Ramos, dia 1 de abril; a
próxima celebração internacional está marcada para 2013, no Rio de Janeiro, Brasil.
A este respeito, Bento XVI confessa que a “memória do encontro de Madrid, no
último mês de agosto”, continua “muito presente” no seu coração.
O Papa parte
da experiência destes grandes acontecimentos (mais de 2 milhões na JMJ 2011)
para sublinhar que a Igreja “tem a vocação de levar a alegria ao mundo, uma
alegria autêntica e duradoura”.
“Na realidade,
todas as alegrias autênticas, as pequenas do dia a dia sejam ou as grandes da
vida, têm a sua origem em Deus”, refere o texto papal, admitindo que as novas
gerações se questionem sobre a possibilidade de chegar a uma “alegria plena”.
Bento XVI
reflecte ainda sobre a ligação entre alegria e amor, observando que “amar
significa constância, fidelidade, ter fé nos compromissos”. Não falta por aí
quem diga que a juventude está desaparecendo da Igreja. Nem sempre será tal e
qual. O Papa Woijtilla foi um homem de Deus e de grande visão. Quem e onde
conseguiria juntar dois milhões de jovens, a ouvir a Palavra de Deus, a cantar,
em festa, em partilha de fé, congregados de todo o mundo?! Só a Igreja! Só um
Santo. Para ser dignos desta confiança há que confiar e dinamizar a juventude.
E é certo que os pântanos que corrompem a juventude vão escasseando e
tornando-se demasiado baixos e indignos para o jovem que tem brio em ser jovem.
Creio nesta juventude audaciosa e renovadora.
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