O diabo, possessões demoníacas e exorcismos*


 Acompanhemos a lógica do arigo. É inovador. É lógico. É explicativo. É uma catequese. O diabólico desune.O diabo aparece no contexto do sofrimento, da maldade, enfim, do mal. Na expressão do teólogo Castilho: « a Igreja, deve preocupar-se com os demónios verdadeiros, os que na realidade existem, que andam por aí à solta e são responsáveis por imensos sofrimentos de milhões de pessoas.
Por que é que Deus não acabou com o diabo?
Se é certo que Jesus, nos Evangelhos, aparece expulsando demónios, hoje, sabemos que se tratava de doenças do foro psiquiátrico ou de pessoas com ataques epilépticos ou sofrendo de histeria. O diabo é a expressão personificada do que não é o Reino de Deus.
Não há possessos demoníacos. Apenas há doenças e doentes de muitas espécies e com múltiplas origens e com imenso sofrimento, a que é preciso pôr fim, na medida do possível e, pelo menos, aliviar. Os rituais de exorcismos não têm justificação.
Se Jesus não pregou satanás, mas Deus, então a fé do cristão dirige-se a Deus e não ao diabo, o que inclui na prática a urgência de expulsar da vida pessoal e pública tudo o que é demoníaco e diabólico.
As pregações sobre o diabo e sobre o inferno, quando não fomentam a necessidade de emoções de pessoas pseudopiedosas e a excitação dos seus nervos, só servem para difundir a insegurança, a angústia e o medo. Essas pregações, em vez de libertar, colocam fardos aos ombros das pessoas."

Como diz o teólogo José M. Castillo, a Igreja, em vez da preocupação com o número de exorcistas para os demónios inexistentes, deve preocupar-se com os outros demónios, os que na realidade existem, que andam por aí à solta e são responsáveis por imensos sofrimentos de milhões de pessoas.    *comentário  art. ABorges no DN de 8 de junho 2013

Comentários

Mensagens populares