PAPA FRANCISCO um novo João XXIII
Papa Francisco |
Papa João XXIII |
Quando
naquele dia 28 de Outubro de 1958 Roncalli foi eleito papa, escolhendo o nome
de João XXIII, pensou-se que, atendendo à idade, seria um papa de transição.
Concretamente, convocando o Concílio Vaticano II, um dos acontecimentos
decisivos na história do século XX - houve quem o considerasse até o
acontecimento mais importante do século -, operou uma verdadeira revolução na
Igreja Católica
Homem
bom, generoso, simples, cristão. Próximo das pessoas - na noite da abertura do
Concílio Vaticano II, em 11 de Outubro de 1962, solicitou a todos que fôssemos
bons uns para com os outros
A Igreja, que quer servir a humanidade com a
luz de Cristo e aprender a discernir "os sinais dos tempos",
"prefere nos nossos dias usar mais o remédio da misericórdia do que o da
severidade: julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez
da sua doutrina do que condenando erros".
Seis meses depois dessa abertura e quando já
se encontrava gravemente doente, publicou, com a 11 de Abril de 1963, a encíclica Pacem in
Terris, com imenso eco na opinião pública mundial. Nela, proclama-se a
exigência da paz, fundamentada no reconhecimento da dignidade inviolável e dos
direitos inalienáveis de todos os seres humanos.
Pelo seu sorriso, bondade, humildade,
simpatia, capacidade de renovação a favor da liberdade, verdade e dignidade,
ficou conhecido como o "Papa bom". Morreu no dia 3 de Junho de 1963 -
neste ano de 2013 celebra-se o cinquentenário da sua morte e da publicação da
Pacem in Terris - e foi chorado por todos, crentes e não crentes,.
Quando
no passado dia 13 de Março o Papa Francisco apareceu à multidão, simples, quase
tímido, inclinando-se e pedindo a bênção e a oração dos fiéis, muitos pensaram
que podia vir aí um novo Joao. Ficou na Casa de Santa Marta, evitando os
apartamentos pontifícios; não se esquece dos pobres; anuncia sem cessar o amor,
a misericórdia e o perdão de Deus; quer a transparência na Igreja; critica o
carreirismo eclesiástico; beija as crianças e os deficientes; recebe sem pompa
e senta-se no meio do povo, depois de celebrar a Missa; lavou os pés a
mulheres, incluindo uma muçulmana... Pela simplicidade, cordialidade, serviço,
Francisco conquistou a simpatia de todos, crentes e não crentes. O Evangelho
avança como notícia boa e felicitante.
"Na Cúria há gente santa, mas também uma
corrente de corrupção. Fala-se do lóbi gay, e é verdade: está aí." E
advertiu contra certos grupos restauracionistas. "A reforma da Cúria
romana é algo que quase todos os cardeais pedimos, nas congregações que
precederam o conclave. Eu também a pedi. A reforma não posso fazê-la eu."
Mas confia na comissão de oito cardeais de todo o mundo, nomeada por ele:
"Vão levá-la por diante.” (Resumo de
A.Borges em DN - 15 junho 2013)
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