Bento XVI no Twitter

29/01/2013 12h31- Atualizado em 29/01/2013 13h07
Twitter de Bento XVI tem 'empate' de respostas positivas e negativas
Levantamento é da revista italiana 'Popoli'. Conta @pontifex tem mais de 2,5 milhões de
seguidores.
Da AFP
O número de respostas positivas às mensagens do Papa Bento XVI no Twitter é levemente
maior que as negativas, com insultos e críticas à Igreja Católica pelos escândalos, incluindo a
pedofilia de padres, informa a revista italiana "Popoli".
Segundo a publicação, desde 12 de dezembro, quando o Papa inaugurou a conta @pontifex no
Twitter em nove idiomas para divulgar seus pensamentos espirituais, o número de seguidores
chegou a 2,5 milhões.
O cálculo da revista, realizado com a colaboração do instituto italiano de pesquisas sobre a
comunicação digital, Oogo, 270.456 mensagens de resposta foram registadas no primeiro mês.
As mensagens positivas foram 26.426, contra 22.542 consideradas negativas. As demais foram
consideradas neutras.
No total, 26% das mensagens negativas abordavam o tema dos abusos sexuais cometidos por
padres, 25% eram apenas de insultos, 20% criticavam o poder e a riqueza da Igreja, 16%
tinham um tom irônico ou sarcástico, 8,5% denunciavam a posição da Igreja contrária ao
casamento gay e 2,5% eram críticas à fé cristã.
As mensagens positivas, em geral, repetem os textos do Papa ou contêm frases pronunciadas
por Bento XVI em homilias e encontros públicos (26,5%). Outras são de agradecimento (25%).
Além disso, 15,6% contêm orações por povos que passam por graves conflitos (Síria, Nigéria,
entre outros) e 7,5% abordam temas relacionados com o ser humano.
Na semana passada, o diretor do canal católico de televisão TV2000, Dino Boffo, censurou a
presença do Papa no Twitter.
"Basta com a embriaguez das redes sociais, mesmo dentro da Igreja. Permitam-me perguntar:
O que tem a ver um pontífice idoso, de 85 anos, teólogo e refinado pensador, com o mundo do
Twitter?"
Bento XVI convidou na semana passada os católicos a participar ativamente nas redes sociais,
consideradas vetores de "diálogo" e de "debate", mas advertiu sobre os riscos de
"sensacionalismo".
Os católicos estão divididos a respeito da ofensiva da igreja para atuar nos espaços digitais.
"Esta é uma realidade cada vez mais importante e que tem a ver com o modo como as
pessoas se comunicam hoje entre si", explicou o pontífice alemão.

COMENTAMOS: O Papa e a Igreja têm todo o direito a usar os meios digitais como espaço de
evangelização e de diálogo. Os comentários negativos a respeito da pedofilia dos padres (que
organização política ou social teve a coragem para debelar os abusos sexuais no seu meio?),
os casamentos gay ( a lei natural fala por si…), a riqueza do Vaticano ( querem que vendam
por exemplo o Museu do Vaticano?... e esquecem que a Igreja através das suas obras sociais
é quem mais contribui para ajuda aos pobres e oprimidos e nas catástrofes: Cáritas, Cor unum,
centenas de projectos na América Latina,…). BentoXVI é de facto “teólogo e refinado
pensador” o que lhe dá direito pelo seu conhecimento dos problemas do Mundo a fazer as suas
observações, apesar dos 85 anos, como um pai ou um avô tem esse direito…pela sua longa
experiência…( e Manuel de Oliveira, com 104 anos, não está ainda “criando” filmes…)… Louvamos a coragem do Papa. O Twitter não é só para banalidades… e “porcarias”. É também espaço para os crentes: que são a grande maioria (84% professam uma religião), como pode ver no Pew Research Center, o centro de sondagens mais respeitável a nível internacional

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