Deus presente na nossa história
O Nascimento de Jesus é um facto histórico
tão importante que até a história ficou dividida em dois tempos: antes de
Cristo e depois de Cristo.
A Liturgia celebra Deus presente na história humana.
Ele está presente no Antigo Testamento: nossos primeiros pais, Adão e Eva recebem todas as tardes a
visita de Deus que vem conversar com eles, até que um dia se escondem porque
tinham desobedecido. A Moisés aparece na sarça ardente aquele fogo que não se
apagava. Ao povo no deserto faz companhia, de dia numa nuvem e, de noite numa
coluna de fogo. Nas necessidades fundamentais do povo ele está presente com o
maná e com a água que mana do rochedo ferido por Moisés. Ao Profeta faz-se presente na plantazinha que
cresce e lhe dá sombra, mas logo o bicho a corrói e seca. Mas o Profeta arranja
forças para ir cumprir sua missão. A Tobias faz companhia na figura de um
viandante e lhe dá a cura da cegueira. Chama Eliseu para ir com seu carro por-se ao lado do carro do eunuco etíope que
lia a Bíblia, lhe explica o sentido do q eu lê e o ele mesmo pede para ser
baptizado porque passam junto dum rio: água que lhe lavou a alma e ficou cheio
de alegria. Em Jesus Cristo seu Filho, o Messias, o Salvador, através dos muitos
milagres ou sinais que realiza, prioritariamente para os pobres ou desprezados
e doentes: o cego de Jericó, o paralítico, a samaritana, que se torna apóstola,
Zaque o pecador convertido e com coração generoso, o filho pródigo exemplo de
arrependimento e o pai exemple de misericórdia, a mulher que o toca e fica
curada, a sogra de Pedro a multiplicação dos pães em que alimenta a multidão
com o pouco mas que é dado generosamente, a Maria que, chorando procurava o
morto e pergunta por ele ao jardineiro,
que afinal é o Mestre e o reconhece pela voz “Maria”, aos Apóstolos
reunidos com Tomé e sem Tomé, aso discípulos de Emaús como companheiro de
viagem discutindo os problemas que os preocupavam, e na cruz ao ladrão
arrependido que “estarás comigo no paraíso”…
Deus aparece em múltiplas circunstâncias. É o
Deus Omnipresente. É Deus da história do povo, e de cada pessoa. Das
circunstâncias importantes, menos importantes ou mesmo de nenhum ou pouco
valor. E onde está Deus tem de haver alegria. Deus está na nossa história. Ele
tem de ser vivida com íntima alegria mesmo entre injúrias e maus tratos, da
nossa parte, devemos evitar para nunca ferirmos os nossos amados e queridos
“irmãos”.
Os Apóstolos foram proibidos de falar em nome
de Jesus. Eles respondem: “Deve obedecer-se
primeiro a Deus que aos homens. Prendem-nos, açoitam-nos, julgam-nos e
soltam-nos por medo do povo, pois faziam milagres. De novo, cheios de alegria,
por sofrerem em nome de Jesus, continuam a anunciá-lo ao povo.
No céu e na terra e em toda a parte todos se
prostram e adoram o Cordeiro. Ele com o Pai é o principio e o fim de tudo. O
testemunho da presença de Deus: pode ser dado através do sangue. À pergunta de
Jesus:” Pedro tu amas-me?”, Pedro responde por três vezes. “Senhor Tu sabes que
te amo”. Ficou triste à terceira vez. Mas Jesus responde: apascenta as minhas
ovelhas e aponta para a cruz como sinal de amor. Pedro e todos os márties de
ontem e de hoje dão testemunho do mesmo amor. Hoje como ontem são centenas e
milhares de cristãos, seguidores de Jesus, os que são perseguidos em tantos
países do mundo. E são torturados e martirizados. “Segue-me”. Seguir Jesus é
mesmo dar a vida se for preciso-.
Neste ANO DA FÉ vivamos a presença de Deus em
todo o lado, na nossa vida, na nossa história.
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