PORTUGAL Somos um país a cantar e a dançar

Grupo açoreano

Portugal é um país a tocar. Toca-se muita coisa. E também tem lugar a verdadeira música portuguesa conotada em grande parte com o nosso fado. Grandes expoentes musicais o divulgaram ou o levaram além-fronteiras. O nosso saudosismo está nele bem expresso. Está um pouco nas veias de cada um. Não é difícil, num encontro de amigos, aparecer algum participante, num improviso, a cantar meia dúzia de fados.
Foi notícia no princípio deste mês no JN que o país tem quase 700 bandas filarmónicas de música. Mais precisamente: 698. Chamou-me a atenção. Por distritos: Lisboa tem 75, Viseu com 53. Nas  Regiões Autónomas há 104 nos Açores  e 14 na Madeira. Agora compreendi melhor o desfile de bandas musicais dos nossos emigrantes em Toronto, Canadá. Está na veia dos Açoreanos.
As bandas movimentam cerca de 28 mil instrumentistas. Antigamente eram músicos quase todos amadores, mas a maior parte hoje provém das escolas musicais. Somos um país a tocar. Há tempo para a música. Gosto de ouvir duas bandas em despique nas Festas.
A verdadeira música, que é um óptimo relaxante, precisa de paz e tranquilidade para ser ouvida. Em tempo de crise ( a música aqui é outra, e anda mesmo muito desafinada, é mesmo música do à rasca) precisamos mesmo de acertar o compasso e depressa, porque senão bem nos afundamos. Melhor: ficaremos enterrados onde nos puseram. Com dinamismo, seremos capazes de tocar boa música também economicamente. Precisamos de boa musica das bandas filarmónicas mas também grande esforço para aumentar a produtividade. Vamos andar certinhos. Afinados. Já chega de fífias.

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