MAIO mês de Maria por ARMANDO SOARES
O Mês de Maio é o mês de Maria. A Ela dedica o povo cristão sua
devoção em festas e orações durante todo o mês. Nas igrejas da Paróquias e nas
muitas capelas, o povo cristão se reúne para em comunidade rezarem o terço e
cantarem os louvores da Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Lembramos ou lemos passagens de livros marianos para aprendermos
dos santos como eles viveram seu amor a Maria e como foram protegidos por Ela,
e alcançaram até milagres por sua intercessão. A Mãe nunca se esquece dos
filhos e privilegia entre eles os pobres, os doentes, os desprotegidos, os que
sofrem as agruras da vida. Em Fátima, em Lourdes, em Guadalupe, na Rua du Bac,
no Sameiro, nos Remédios em Lamego, na Senhora da Conceição em Vila Viçosa, na
Senhora do Castelinho em Avessadas,…Uma cruzada de oração tem como destinatário
a Virgem Maria. Cada um de nós e o mundo de hoje precisam que Ela vele por nós.
E vou lembrar um santo, não muito lembrado mas que, também pobre,
foi um dos santos mais célebres de Espanha. É nada mais nada menos São Diogo de
Alcalá. Nasceu em 1889. Seu primeiro director espiritual foi um piedoso
sacerdote que levava vida ascética numa ermida nas cercanias de Bari. Ambos
levavam uma vida santa. Entrou para o Convento dos Franciscanos, onde foi um
servo obediente. Realizou inúmeros milagres durante toda a sua vida e sobretudo
como enfermeiro, em 1450, na peste de Roma, cidade onde acudiu com quatro mil
franciscanos de todo o mundo pela convocação do Capítulo Geral da Ordem.
Sentindo grandes ânsias de solidão e silêncio foi enviado para o Convento de
Nossa Senhora de La Salceda, Tendilla de Guadalajara.
«A devoção que tributava à Santíssima Virgem Maria não era menor à
que consagrava a Jesus sacramentado.
Esta devoção tinha-lhe sido inculcada pelos seus progenitores,
desde pequeno, pois já a trazia consigo quando vestiu o hábito franciscano.
Todos os milagres que fazia procurava sempre que fossem atribuídos
à poderosa intercessão da Raínha do Céu.
Valia-se para isso de um estratagema muito engenhoso que consistia
em mandar todos os seus favorecidos rezar primeiramente diante de uma imagem de
Maria, depois ungia o doente com azeite da lâmpada que ardia diante da
veneranda imagem e quando o doente se curava, o que era quase sempre, este
acreditava que era por intercessão directa da Santísssima Virgem e não pelos
méritos de São Diogo.
Assim o fez em Roma, quando da peste de 1450. Assim em Servilha,
onde muito promoveu por este meio a devoção a Nossa Senhora da Antigua. Assim
também em Alcalá no Convento de Santa Maria de Jesus.
A imagem titular deste convento não agradava à generalidade dos frades.
Por isso, o Arcebispo de Toledo decidiu que um bom artista fizesse uma nova
escultura, o mais bela que pudesse.
O escultor não quis comprometer-se a tanto até ao dia em que Frei
Diogo lhe prometeu que ia pedir ao Senhor e à Santíssima Virgem pelo feliz
êxito do seu trabalho.
Testemunho de que as orações, cilícios e penitências de Frei Diogo
foram escutadas pelo Altíssimo foi a prodigiosa imagem que o artista apresentou
à consideração da comunidade e de muitos fiéis que assistiam àquele acto.
Todos a admiravam e Filipe II chegou a dizer que era a mais bela
imagem de Maria que tinha visto em todos os seus Reinos».
Construamos em nós a imagem mais bela e mais bonita da mulher que
é Nossa Mãe do Céu e nossa Padroeira!
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