DEUS quer-nos livres por Armando Soares
No dia 1de maio, Dia do Trabalhador, o Papa Francisco encontrou-se com milhares de pessoas provenientes de todas as partes do mundo na Praça São Pedro, numa manhã ensolarada, num verdadeiro clima de verão. Foi uma oportunidade para ouvir a reflexão do Santo Padre sobre São José Operário e seus apelos àqueles que têm a responsabilidade de administrar o bem comum:
“Desejo
dirigir a todos o convite à solidariedade, e aos Responsáveis das coisas
públicas o encorajamento para fazer todo o esforço para dar novo impulso às
oportunidades de trabalho; isto significa preocuparem-se pela dignidade das
pessoas; mas sobretudo, quero dizer que não percam a esperança; também São José
teve momentos difíceis, mas jamais perdeu a fé e soube superá-los, na certeza
que Deus não abandona ninguém.”
Em seguida o Papa fez um apelo à juventude:
“Quero dirigir-me em particular a vocês adolescentes e jovens: empenhem-se nos deveres diários, nos estudos, no trabalho, nas relações de amizade, nas ajudas ao próximo; o futuro de vocês depende também de como vocês souberam viver estes preciosos anos da vida. Não tenhais medo do compromisso e mantende viva a esperança: existe sempre uma luz no horizonte.”
Papa Francisco fez uma denúncia sobre a situação do trabalho escravo que ainda existe na sociedade de hoje. “Quantas pessoas, em todo o mundo, são vítimas deste tipo de escravidão, na qual é a pessoa que serve ao trabalho, enquanto deveria ser o trabalho a oferecer um serviço à pessoa para que ela tenha dignidade. Peço aos irmãos e irmãs na fé e a todos os homens e mulheres de boa vontade uma decidida tomada de posição contra o tráfico de pessoas, no âmbito do qual está o “trabalho escravo”.
Falou
da festa de São José Operário, e do mês de maio, tradicionalmente dedicado a
Nossa Senhora. A figura de São José - disse Papa Francisco - nos remete à
dignidade e importância do trabalho, pois foi com seu pai adotivo que Jesus
aprendeu a trabalhar. De fato, o trabalho enche o homem de dignidade e, em
certo sentido, o assemelha a Deus que, como se lê na Bíblia, “trabalha sempre”
(cf. Jo 5,17). Isso nos leva a pensar em tantas pessoas que se encontram
desempregadas, muitas vezes por causa de uma concepção económica que busca
somente o lucro egoísta. Também São José teve de enfrentar momentos difíceis,
saindo vencedor pela sua confiança em Deus.
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