DMM O anúncio do Evangelho dom dever e compromisso
Texto: ARMANDO SOARES
Este ano, a celebração do Dia Mundial das Missões tem lugar próximo da conclusão do Ano da Fé, ocasião importante para revigorarmos a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia, com coragem, o Evangelho. Nesta perspectiva o Papa Francisco aponta algumas reflexões.
Este ano, a celebração do Dia Mundial das Missões tem lugar próximo da conclusão do Ano da Fé, ocasião importante para revigorarmos a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia, com coragem, o Evangelho. Nesta perspectiva o Papa Francisco aponta algumas reflexões.
A fé é um dom precioso de Deus, que abre a nossa mente
para O podermos conhecer e amar. Ele quer entrar em relação connosco, para nos
fazer participantes da sua própria vida e enchê-la plenamente de significado,
tornando-a melhor e mais bela. Deus nos ama! Mas a fé pede a nossa resposta
pessoal, a coragem de nos confiarmos a Deus e vivermos o seu amor, agradecidos
conservar apenas para nós mesmos, tornamo-nos cristãos isolados, estéreis e
combalidos. O anúncio do Evangelho é um dever que brota do próprio ser
discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja.
«O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial»
(Bento XVI, Exort. ap. Verbum Domini,
95). Toda a comunidade é «adulta», quando professa a fé, celebra-a com alegria na liturgia, vive a caridade e
anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do próprio recinto para levá-la
até às «periferias», sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer
Cristo. A solidez da nossa pela sua infinita misericórdia. Trata-se de
um dom que não está reservado a poucos, mas é oferecido a todos com
generosidade: todos deveriam poder experimentar a alegria de se sentirem amados
por Deus, a alegria da salvação. E é um dom que não se pode conservar
exclusivamente para si mesmo, mas deve ser partilhado; se o quisermos fé, a nível pessoal e comunitário, mede-se
também pela capacidade de a comunicarmos a outros, de a espalharmos, de a
vivermos na caridade, de a testemunharmos a quantos nos encontram e partilham
connosco o caminho da vida.
Celebrado
cinquenta anos depois do início do Concílio Vaticano II, este Ano da Fé serve
de estímulo para a Igreja inteira adquirir uma renovada consciência da sua
presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações. A
missionariedade não é questão apenas de territórios geográficos, mas de povos,
culturas e indivíduos, precisamente porque os «confins» da fé não atravessam
apenas lugares e tradições humanas, mas o coração de cada homem e de cada mulher. O Concílio Vaticano II
pôs em evidência de modo especial como seja próprio de cada baptizado e de
todas as comunidades cristãs o dever missionário, o dever de alargar os confins
da fé: «Como o Povo de Deus vive em comunidades, sobretudo diocesanas e
paroquiais, e é nelas que, de certo modo, se torna visível, pertence a estas
dar também testemunho de Cristo perante as nações» (Decr. Ad gentes,
37). Por isso, cada comunidade é interpelada e convidada a assumir o mandato,
confiado por Jesus aos Apóstolos, de ser suas «testemunhas em Jerusalém, por
toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (Act 1, 8); e isso,
não como um aspecto secundário da vida cristã, mas um aspecto essencial: todos
somos enviados pelas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando
e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos arautos do seu Evangelho. E o Papa Francisco convida os
bispos, os presbíteros, os conselhos presbiterais e pastorais, cada pessoa e
grupo responsável na Igreja a porem em relevo a dimensão missionária nos
programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio compromisso apostólico
não é completo, se não incluir o propósito de «dar também testemunho perante as
nações», perante todos os povos. De: Mensagem
Do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, 20 de Outubro 2013
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