DMM Testemunhas de Cristo nas perseguições
Mosteiro Beneditino, Vila de Cucujães. Foto e Texto: Armando Soares |
Gostaria de encorajar a
todos os
evangelizadores:
aos missionários e às missionárias, aos presbíteros fidei donum, aos religiosos
e às religiosas, aos fiéis leigos – cada vez mais numerosos – que, acolhendo a
chamada do Senhor, deixaram a própria pátria para servir o Evangelho em terras
e culturas diferentes. Mas queria também sublinhar como as próprias Igrejas
jovens se estão empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas
que se encontram em dificuldade – não raro Igrejas de antiga cristandade –
levando assim o vigor e o entusiasmo com que elas mesmas vivem a fé que renova
a vida e dá esperança. Viver com este fôlego universal, respondendo ao mandato
de Jesus «ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19), é uma riqueza para
cada Igreja particular, para cada comunidade; e dar missionários nunca é uma perda, mas um
ganho. Convido
também os bispos, as famílias religiosas, as comunidades e todas as agregações
cristãs a apoiarem, com perspicácia e cuidadoso discernimento, a vocação
missionária ad
gentes e a
ajudarem as Igrejas que precisam de sacerdotes, de religiosos e religiosas e de
leigos para revigorar a comunidade cristã. E a mesma atenção deveria estar
presente entre as Igrejas que fazem parte de uma Conferência Episcopal ou de
uma Região: é importante que as Igrejas mais ricas de vocações ajudem, com
generosidade, aquelas que padecem a sua escassez.
Ao
mesmo tempo exorto os missionários e as missionárias, especialmente os presbíteros fidei
donum e os leigos, a viverem com alegria o seu precioso serviço nas
Igrejas aonde foram enviados e a levarem a sua alegria e esperança às Igrejas
donde provêm, recordando como Paulo e Barnabé, no final da sua primeira viagem
missionária, «contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos pagãos
a porta da fé» (Act 14, 27). Eles podem assim tornar-se caminho para uma
espécie de «restituição» da fé, levando o vigor das Igrejas jovens às Igrejas
de antiga cristandade a fim de que estas reencontrem o entusiasmo e a alegria
de partilhar a fé, numa permuta que é enriquecimento recíproco no caminho de
seguimento do Senhor.
Por
fim, o meu pensamento vai para os cristãos que, em várias partes do mundo,
encontram dificuldade em professar abertamente a própria fé e ver reconhecido o
direito a vivê-la dignamente. São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas
– ainda mais numerosas do que os mártires nos primeiros séculos – que suportam
com perseverança apostólica as várias formas actuais de perseguição. Não poucos
arriscam a própria vida para permanecer fiéis ao Evangelho de Cristo.
Possamos todos experimentar «a suave e reconfortante alegria de evangelizar»
(Paulo VI, Exort. ap. Evangelii
nuntiandi, 80)..
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