ESTADOS UNIDOS EUA lançam dezenas de mísseis contra aeródromo na Síria. Há vários mortos
ESTADOS UNIDOS
EUA lançam dezenas de mísseis contra aeródromo na Síria. Há vários mortos
EUA lançam dezenas de mísseis contra aeródromo na Síria. Há vários mortos
Os Estados Unidos lançaram na quinta-feira dezenas de mísseis de
cruzeiro contra um aeródromo na Síria, no primeiro ataque direto contra o
regime de Bashar al-Assad desde que começou a guerra
civil. Contam-se, para já, cinco mortos: três militares e dois civis
O ataque surge na sequência do bombardeamento com armas químicas contra
uma localidade no norte da Síria, que matou mais de 80 civis na terça-feira,
noticiou a imprensa norte-americana.
civil. Contam-se, para já, cinco mortos: três militares e dois civis
MUNDO BOMBARDEAMENTOS 7.03.2017 POR LUSA
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Dezenas de mísseis 'Tomahawk' foram disparados contra a base aérea de Shayrat,
na cidade síria de Homs, de onde o Governo norte-americano acredita que
partiram os caças que executaram ataques aéreos, de acordo com fontes
militares.
"Uma das nossas bases aéreas no
centro do país foi visada ao amanhecer por um míssil disparado pelos Estados
Unidos, que causou perdas", disse fonte militar síria citada pela
televisão estatal iraniana.
"Há mártires, mas ainda não temos o
balanço, nem de mortos, nem de feridos", disse à agência noticiosa France
Presse (AFP) o governador de Homs, Talal Barazi, nas horas que se seguiram ao
ataque. Mais tarde, avançou com um primeiro balanço: há cinco mortos (três
militares e dois civis) e sete feridos.
Já o Observatório Sírio dos Direitos
Humanos (OSDH, oposição), com sede em Londres, disse que o ataque matou quatro
soldados, incluindo um general.
Nas primeiras horas, as reações
Pouco havia passado desde o
bombardeamento que visou as forças leais ao regime de Bashar al-Assad e já a
oposição se havia manifestado com palavras de saudação.
"A coligação da oposição saúda o ataque e
pede a Washington que neutralize a capacidade [do Presidente síro, Bashar al-]
Assad de realizar bombardeamentos. Esperamos que os ataques continuem",
indicou à agência noticiosa France Presse (AFP) o porta-voz Ahmad Ramadan.
Também do Reino Unido chegaram palavras de louvor. O
Governo britânico "apoia plenamente a ação dos Estados Unidos". Estes
ataques são "uma resposta apropriada ao ataque bárbaro com armas químicas
realizado pelo regime sírio", afirmou o porta-voz do Governo de Theresa
May.
Aplausos também por parte de Israel, Arábia Saudita e
Austrália, que dizem apoiar totalmente a ação dos Estados Unidos
como retaliação pelo ataque químico atribuído ao regime sírio.
Da Alemanha não se ouviu um aplauso
explícito, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão admitiu
considerar "compreensível" a
reação dos Estados Unidos tendo em conta a incapacidade do Conselho de
Segurança das Nações Unidas em reagir" de forma "clara" à
utilização "bárbara" de armas químicas.
Em tom mais crítico reagiu a China, com a
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros a pedir que seja evitada uma
"nova deterioração da situação" na Síria.
As motivações do ataque
O Governo de Donald Trump tomou medidas
de forma unilateral contra o Governo sírio, que acusa de uso de armas químicas,
apesar de conversações estarem a decorrer no Conselho de Segurança da ONU.
Minutos antes da ofensiva
norte-americana, a Rússia tinha advertido os Estados Unidos contra
"consequências negativas" de uma ação militar na Síria em resposta ao
ataque químico.
"Há que pensar nas consequências
negativas. Toda a responsabilidade, se houver uma ação militar, estará sobre os
ombros daqueles que a iniciarem", disse aos jornalistas o embaixador russo
na ONU, Vladimir Safronkov.
Já após o ataque o presidente russo fez saber que classifica a ação como uma
"agressão contra um Estado soberano e uma
violação do direito internacional" com um "pretexto inventado",
que prejudica as relações entre os dois países.
Os Estados Unidos, por sua vez,
contrapõem dizendo que a Rússia "falhou na sua responsabilidade" de cumprir um acordo de
2013 para destruir o arsenal de armas químicas da Síria. Ou a Rússia tem sido
cúmplice, ou a Rússia tem sido simplesmente incompetente na sua capacidade de
apresentar resultados", afirmou o secretário de Estado Rex Tillerson.
Na ONU, os membros do Conselho de
Segurança continuam a negociar uma resolução em resposta ao ataque químico, mas
até agora o grupo continua muito dividido.
A representante norte-americana, Nikki
Haley, já tinha alertado, no dia anterior, que Washington podia tomar algum
tipo de medida unilateral se o Conselho de Segurança continuasse bloqueado
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