AJUDA Relação pastoral de ajuda por ISABEL SOUSA mbn
AJUDA
Relação pastoral de ajuda por ISABEL SOUSA mbn
A saúde ocupa um lugar importantíssimo na vida das pessoas, no entanto sabemos que o ser humano é um ser frágil por natureza; ao pobre, à criança, ao doente, ao idoso, e sobretudo nos momentos de maior fragilidade impõe-se uma assistência global a que todos temos direito de forma a preservar a dignidade humana. É tarefa de cada agente de pastoral; bispo, sacerdote, pai, mãe, servidor, comunidade paroquial, CUIDAR; em suma, o cuidado é o campo de missão de todo e qualquer cristão que se deixa interpelar pela fragilidade do outro.
A saúde ocupa um lugar importantíssimo na vida das pessoas, no entanto sabemos que o ser humano é um ser frágil por natureza; ao pobre, à criança, ao doente, ao idoso, e sobretudo nos momentos de maior fragilidade impõe-se uma assistência global a que todos temos direito de forma a preservar a dignidade humana. É tarefa de cada agente de pastoral; bispo, sacerdote, pai, mãe, servidor, comunidade paroquial, CUIDAR; em suma, o cuidado é o campo de missão de todo e qualquer cristão que se deixa interpelar pela fragilidade do outro.
O cuidado
tem sua origem na pessoa de Jesus Cristo, sua vida pública, os milagres, o
contato com as pessoas são a prova evidente de uma vida de CUIDADOS. Os
evangelhos mostram Jesus a atuar perante as pessoas mais fragilizadas, e exemplo
disso temos: Jesus e a cura do paralítico (Mc2,1-12), a cura do leproso, “Jesus estendeu a mão e tocou-o” (Lc5,
13), cura da filha de Jairo (Mc 5, 22-24, 35-43) entre muitas outras
intervenções e curas. O seu lema de vida é também muito significante e
interpelador: “ Eu vim para que todos
tenham vida e vida em abundância” (Jo10,10).
A Igreja
através da voz e da palavra do Papa Francisco também nos orienta no sentido do
CUIDAR quando afirma que: - “ Jesus, o
evangelizar por excelência e o evangelho em pessoa, identificou-se
especialmente com os mais pequeninos. Isto recorda-nos, a todos os cristãos,
que somos chamados a cuidar dos mais frágeis.” (EG 209)
Sabemos que
não basta fazer o bem é preciso fazê-lo bem e neste contexto de aperfeiçoamento
dos conhecimentos, no âmbito da formação permanente para melhor servir a
comunidade e responder à vontade de Deus Pai, no campo de trabalho, o Lar de
Santa Teresinha, levou a cabo uma formação cujo nome – Relação Pastoral de
Ajuda (RPA).
A formação
decorreu nos meses de abril e maio e estiveram presentes desde a direção, às
colaboradoras dos mais diversos setores e alguns utentes. Foram 11 horas de
formação, assessorados pelos professores da universidade católica portuguesa
Dra Margarida Vieira e Dr. João Amado.
O cuidar
numa equipa pluridisciplinar, a experiência da morte e do luto e a relação
pastoral de ajuda propriamente forma os temas abordados.
A RPA como
diz o P. Fernando Sampaio é um método estratégico no acolhimento e
acompanhamento pastoral a doentes, familiares e profissionais. É um método que
respeita a dignidade humana e auxilia o agente de pastoral tanto no meio
hospitalar, como nos lares de idosos e o meio familiar. O Dr. João frisou
bastante que é necessário “desaprender”, abandonar frases feitas que nada
ajudam a pessoa em situação de maior fragilidade tais como: “ vai tudo correr bem”, “ é a vontade de
Deus”, “Deus põe à prova aqueles que mais ama”, “não há male que sempre dure”,
entre outras. É primordial levar o doente/idoso a sentir-se acolhido,
compreendido, amado e respeitado.
A RPA
apresenta três conceitos básicos como a empatia, aceitação incondicional do
outro e a autencidade na relação entre ajudado e cuidador. As boas práticas
dizem-nos que a escuta ativa, a ausência de juízos moralistas, a confiança e o
acolhimento são a base para uma verdadeira relação de ajuda, fundamentais para
que as pessoas mais fragilizadas possam encontrar no cuidador um porto seguro e
fazer o seu caminho com serenidade e paz.
A RPA é útil
e pode ser usada na família, na pastoral e no meio profissional. Ao terminar
esta partilha uso as palavras de S. Francisco ao enviar os seus discípulos: “Pregue o evangelho em todo tempo. Se
necessário, use palavras”. in VM-Junho 2017
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