FÁTIMA Época alta em Fátima começou mais cedo este ano

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Época alta em Fátima começou mais cedo este ano
A época alta de Fátima, habitualmente entre maio e outubro, meses das maiores peregrinações ao santuário, começou este ano mais cedo, dizem empresários que antecipam um ano bom para a cidade-santuário, onde chega na sexta-feira o papa Francisco
© Global Imagens  07.05.2017 VISITA PAPAL   POR LUSA
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"A época alta começou este ano mais cedo e a expectativa é de que termine mais tarde, e vai trazer mais hóspedes e aumentar o preço médio do alojamento", disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da Associação Empresarial Ourém/Fátima Alexandre Marto.

Para Alexandre Marto, o aumento do número de visitantes a Fátima não se deve, apenas, às comemorações do centenário das "aparições", mas também à dinâmica do fenómeno turístico no país.
"Os preços altos na hotelaria em Lisboa e no Porto, assim como a elevada taxa de ocupação nestas duas cidades, motivam o desvio de operações para a cidade Fátima, ainda que o objetivo não seja o turismo religioso, mas o 'touring' cultural", declarou.
Segundo o dirigente, "toda a gente tem a sensação de que há muito mais movimento em Fátima", mesmo nos meses que antecederam maio.
"É normal que haja aqui, também, um efeito mediático, está a falar-se muito de Fátima e há pessoas que anteciparam a visita", considerou, apontando estas como razões para que 2017 "seja um ano bastante bom".
Antecipando, também, um ano positivo, Álvaro Silva, proprietário de um café no lado sul de Fátima, destacou a presença de estrangeiros, sobretudo do Brasil e da Polónia, este último país de onde era o papa João Paulo II, que por três vezes peregrinou a Fátima.
"Desde fevereiro que há mais pessoas em Fátima", afiançou, apontando o centenário dos acontecimentos de Fátima e, mais recentemente, o anúncio da canonização dos beatos Francisco e Jacinta Marto.
O empresário explicou que "muitos peregrinos justificam a deslocação mais cedo a Fátima para evitarem confusões" das grandes peregrinações.
Sandra Gomes, responsável por uma loja de artigos religiosos, adiantou que este ano "os peregrinos começaram a vir mais cedo", sendo que durante a semana são os estrangeiros que sobressaem, enquanto ao fim de semana são os portugueses.
"Acho que é um ano melhor para Fátima e já não se notam tanto os efeitos da crise", comentou.
Por seu turno, Paulo Santos referiu que este ano passou a abrir com alguma assiduidade o restaurante ao jantar.
"Antes não compensava", garantiu, apontando a presença de muitos espanhóis, mas também de brasileiros, sendo que os "últimos ficam em Lisboa e vêm a Fátima um dia".
A este propósito, Paulo Santos acrescentou que "a autoestrada tão depressa traz as pessoas como as leva".
"Desde o início do ano que há mais gente em Fátima, o que é uma lufada de ar fresco devido à crise dos últimos anos, embora a oferta nem sempre seja a mais correta", afirmou.
Ana Luísa Branco, técnica de vendas de uma loja de pronto-a-vestir e calçado, realçou, igualmente, brasileiros entre os "muito mais estrangeiros" que se veem em Fátima, acrescentando que os turistas "compram, embora coisas mais baratas para chegar a cada um".
"Os comerciantes de Fátima não se podem queixar este ano", disse a vendedora.
Francisco é o quarto papa a visitar Fátima, na sexta-feira e no sábado, na primeira grande peregrinação do ano a Fátima, na qual vai canonizar Francisco e Jacinta Marto.
Os anteriores papas que estiveram em Fátima foram Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991, 2000) e Bento XVI (2010).

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