Igreja e Eclesiologia por Armando Soares
Entre várias decisões conciliares, destacam-se as renovações
na constituição e na pastoral da
Igreja, que passou a ser mais alicerçada na igual dignidade de todos os fiéis e
a ser mais virada e aberta para o mundo. Além disso, reformou-se também a Liturgia, onde a Missa
de rito romano foi simplificada e passou a
ser celebrada em língua vernácula.
Foi clarificada a relação entre a Revelação divina e
a Tradição e
foi também impulsionada a liberdade religiosa,
uma nova abordagem ao mundo moderno, o ecumenismo, uma relação de tolerância com os não-cristãos e o apostolado dos leigos.
O Concílio Vaticano II não proclamou nenhum dogma, mas as
suas orientações doutrinais, pastorais e práticas são de extrema importância
para a Igreja actual.
Eclesiologia: Lumen Gentium.
O tema da Igreja, nos seus aspectos dogmáticos e pastorais, mereceram uma
grande atenção dos padres conciliares, ou seja, dos participantes-eleitores do
Concílio Vaticano II.
O Concílio Vaticano II, reflectindo sobre a constituição e a
natureza da Igreja,
reafirmou várias verdades eclesiológicas, sendo os seus juízos registados na constituição dogmática
"Lumen Gentium".
Este documento salientou que "a única Igreja de Cristo, como sociedade
constituída e organizada no mundo, subsiste (subsistit
in) na Igreja
Católica" Também destacou que "a
Igreja ésacramento de
Cristo e instrumento de união do homem com Deus, e da unidade de todo o género humano". Ele continua
que, para atingir esta missão da Igreja, é necessário dar aos católicos
"uma "consciência de Igreja" mais coerente, para que também se
possam valorizar as relações com as outras religiões" (cristãs ou não) e
com o mundo moderno. "Com esse objectivo, os padres conciliares dirigiram
a sua atenção para: o primado do método bíblico; o sacerdócio comum de todo o "Povo de Deus"; a função
profética, sacerdotal e real de todo baptizado; a colegialidade episcopal; a
missão de serviço da Igreja, que deve estar voltada para toda a
humanidade".
A partir de então, a Igreja passou a ser vista não apenas como uma
instituição hierarquizada,
mas também como uma comunidade de cristãos espalhados por todo o mundo e
constituintes do Corpo Místico de Cristo. Por isso, a constituição e "as estruturas da Igreja
modificaram-se parcialmente e abriu-se espaço para maior participação e apostolado dos leigos, incluindo as mulheres, na vida eclesial". Clarificou
também a igual dignidade de todos os católicos (clérigos ou leigos). Mas, mesmo assim, a estrutura da Cúria
Romana permaneceu intacta, o que
permite ainda um governo da Igreja centralizado nas mãos do Papa.
Pastoral: Gaudium et spes
Alguns temas eclesiológicos debatidos na "Lumen
Gentium", tais como a missão de serviço ou o sacerdócio comum do Povo de
Deus, são também tratados pela constituição pastoral "Gaudium
et spes", que foi aprovada somente
em 8 de dezembro de 1965, dia de encerramento do Concílio.
Mas, este documento centra sobretudo a sua atenção nos
aspectos pastorais e
não-dogmáticos da Igreja e nos diversos problemas do mundo actual:
"a explosão demográfica, as injustiças sociais entre classes e entre povos e o
perigo da guerra nuclear", entre outros problemas sociais e económicos.
Esta constituição também mostrou uma maior abertura da Igreja para os progressos científicos
Entre várias decisões conciliares, destacam-se as renovações
na constituição e na pastoral da
Igreja, que passou a ser mais alicerçada na igual dignidade de todos os fiéis e
a ser mais virada e aberta para o mundo. Além disso, reformou-se também a Liturgia, onde a Missa
de rito romano foi simplificada e passou a
ser celebrada em língua vernácula.
Foi clarificada a relação entre a Revelação divina e
a Tradição e
foi também impulsionada a liberdade religiosa,
uma nova abordagem ao mundo moderno, o ecumenismo, uma relação de tolerância com os não-cristãos e o apostolado dos leigos.
O Concílio Vaticano II não proclamou nenhum dogma, mas as
suas orientações doutrinais, pastorais e práticas são de extrema importância
para a Igreja actual.
Eclesiologia: Lumen Gentium.
O tema da Igreja, nos seus aspectos dogmáticos e pastorais, mereceram uma
grande atenção dos padres conciliares, ou seja, dos participantes-eleitores do
Concílio Vaticano II.
O Concílio Vaticano II, reflectindo sobre a constituição e a
natureza da Igreja,
reafirmou várias verdades eclesiológicas, sendo os seus juízos registados na constituição dogmática
"Lumen Gentium".
Este documento salientou que "a única Igreja de Cristo, como sociedade
constituída e organizada no mundo, subsiste (subsistit
in) na Igreja
Católica" Também destacou que "a
Igreja ésacramento de
Cristo e instrumento de união do homem com Deus, e da unidade de todo o género humano". Ele continua
que, para atingir esta missão da Igreja, é necessário dar aos católicos
"uma "consciência de Igreja" mais coerente, para que também se
possam valorizar as relações com as outras religiões" (cristãs ou não) e
com o mundo moderno. "Com esse objectivo, os padres conciliares dirigiram
a sua atenção para: o primado do método bíblico; o sacerdócio comum de todo o "Povo de Deus"; a função
profética, sacerdotal e real de todo baptizado; a colegialidade episcopal; a
missão de serviço da Igreja, que deve estar voltada para toda a
humanidade".
A partir de então, a Igreja passou a ser vista não apenas como uma
instituição hierarquizada,
mas também como uma comunidade de cristãos espalhados por todo o mundo e
constituintes do Corpo Místico de Cristo. Por isso, a constituição e "as estruturas da Igreja
modificaram-se parcialmente e abriu-se espaço para maior participação e apostolado dos leigos, incluindo as mulheres, na vida eclesial". Clarificou
também a igual dignidade de todos os católicos (clérigos ou leigos). Mas, mesmo assim, a estrutura da Cúria
Romana permaneceu intacta, o que
permite ainda um governo da Igreja centralizado nas mãos do Papa.
Pastoral: Gaudium et spes
Alguns temas eclesiológicos debatidos na "Lumen
Gentium", tais como a missão de serviço ou o sacerdócio comum do Povo de
Deus, são também tratados pela constituição pastoral "Gaudium
et spes", que foi aprovada somente
em 8 de dezembro de 1965, dia de encerramento do Concílio.
Mas, este documento centra sobretudo a sua atenção nos
aspectos pastorais e
não-dogmáticos da Igreja e nos diversos problemas do mundo actual:
"a explosão demográfica, as injustiças sociais entre classes e entre povos e o
perigo da guerra nuclear", entre outros problemas sociais e económicos.
Esta constituição também mostrou uma maior abertura da Igreja para os progressos científicos
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