BRASIL | COPA A bola é fogo… (15) Saúde V (SUS)
BRASIL
| COPA
A bola é fogo… (15) Saúde V (SUS)
15.
Sistema Único de Saúde
A
nível regional, as disparidades ficam evidentes. (Dados de 2011):
Brasil:
um médico por 510 habitantes; Região Sudeste: um médico por 380 habitantes.;
Região Sul: um médico por 490 habitantes; Região Centro-Oeste: um médico por
500 habitantes; Região Nordeste: médico por 840 habitantes; Região Norte: um
médico por 1,02 mil habitantes.
A
conclusão é que, como já descrito anteriormente, existe uma má distribuição por
conta tanto do mercado de trabalho e concentração de renda, como pela
"negligência do governo federal em implantar planos de carreira e melhorar
as condições de trabalho, que poderiam atrair e fixar médicos no SUS".
O
SUS tem também orientações para a sua execução, sendo as mais peculiares da
participação popular, que define que todas as políticas estão a ser planejadas
e supervisionados directamente pela população, através do bairro,
cidade, estado
e municípios em conferências nacionais de saúde.
Esta é considerada uma forma muito avançada de democracia direta e estabeleceu as directrizes
para iniciativas semelhantes em muitos outros setores além da saúde por toda a sociedade brasileira.
O
sistema público é ainda manifestamente insuficiente e carente de qualidade, mas que vem melhorando consideravelmente
nos últimos anos.
Seguros
privados de saúde no Brasil estão amplamente disponíveis e podem ser
contratados individualmente, ou como um benefício laboral (geralmente grandes
empregadores oferecem seguros de saúde privados a seus empregados). O sistema
de saúde público é ainda acessível para aqueles que optam por obter seguros de
saúde privados. A partir de março de 2007, mais de 37 milhões de brasileiros
tinham algum tipo de seguros privados de saúde.
Copa problemas de saúde
Em dias de jogos decisivos do
Brasil, há um aumento de até 28% no atendimento de emergências cardíacas. A
ansiedade e o nervosismo com o resultado do futebol podem desencadear problemas
graves no coração.
Ghorayeb, chefe de seção de
Cardiologia do Esporte do Instituto Dante Pazzanese, que coordenou a primeira
pesquisa, realizada em seis hospitais, durante a Copa do Mundo da África do
Sul, em 2010. Agora, o médico ampliou a amostragem para nove prontos-socorros,
de várias cidades do Brasil. “Queremos atingir 6.000 pacientes no período da
Copa do Mundo.”
O nervosismo de um jogo decisivo
pode desencadear uma série de problemas, como pressão alta, arritmia, angina no
peito, palpitações, desmaio, tonturas e até infarto do miocárdio e paragem
cardíaca.
“O que interessa na nossa pesquisa é quem vai
ao pronto-socorro na véspera, no dia ou um dia depois do jogo do Brasil,
apresentando desde problemas leves até coisas graves. A gente quer saber se
aquele mal-estar foi causado pelo jogo ou porque o paciente discutiu com a
mulher e os filhos”, explica o médico.
Para quem tem predisposição a
problemas no coração, os especialistas dão alguns conselhos para evitar
terminar o dia numa sala de hospital. “Assistir ao jogo acompanhado. Não é bom
ele ficar sozinho. Se precisar de ajuda médica, é melhor que ele esteja
acompanhado”, diz Ghorayeb, que também alerta para o risco do consumo de álcool
e de bebidas energéticas. “Se ele tem predisposição para doença cardíaca, deve
evitar bebida de alto teor alcoólico”.
Outro problema muito comum durante o
período de Copa do Mundo, especialmente para os mais fanáticos, é o excesso de
comemorações e a falta de um período de descanso de 7 a 8 horas diárias.
“Tem argentino dormindo na praia, no Rio de
Janeiro, ou dentro do carro. Perde-se na quantidade e na qualidade do sono.”
Períodos muito alongados sem
descanso regular, o que não é o caso da Copa do Mundo, aumentam o risco de
obesidade e de contrair diabetes, doenças cardíacas, câncer e AVC. Durante o
Mundial, porém, dormir pouco afeta a cognição. “O indivíduo fica mais
desconcentrado, com memória ruim, e há aumento na irritabilidade. Conduzir se
torna perigoso.
O abuso de álcool, muito comum em
períodos de Copas do Mundo, é outro factor que contribui para se dormir com
pouca qualidade. “Algumas pessoas dizem que o álcool relaxa, mas a estrutura do
sono piora. O indivíduo pode ter apneia. Ou seja, o álcool estraga a qualidade
do sono, piora tudo”, explica ele. “À noite, é melhor esfriar os ânimos, evitar
a TV até tarde, e não comer e beber muito. Qualquer excitação, piora o sono.”
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