NOVA EVANGELIZAÇÃO (Roma): Os católicos, a política e a nova evangelização



 A vida consagrada é ferramenta da Nova Evangelização 
O presidente do Movimento Carismático na Itália, Salvatore Martinez, iniciou sua reflexão sobre o papel da igreja e da política com as seguintes palavras: "A igreja não é, e nunca poderia se transformar em um sujeito político". Como afirma o Santo Padre Bento XVI, "perderia sua independencia e autoridade moral identificando-se como uma única via política, com posições parciais ou opinavéis".(Discruso de abertura do CELAM, Aparecida, 14 de maio de 2007).

Para Salvatore, a igreja não é chamada a formar partidos porque isso a transformaria em uma religião civil. A Comunidade cristã é chamada a "formar em Cristo novos homens, capazes de fazer nova também a política; homens e mulhers de coração novo, capazes de renovar o coração das instituições políticas." O que seria um chamado irreversível à uma nova evangelização da política, "para liberar o nosso tempo do espírito do erro que, como potência enganadora, está distorcendo a medida divina do homem e seu destino ao eterno, e continua a multiplicar, as estruturas de pecado." O presidente do movimento da Renovação Carismática, comentou alguns desafios desta nova evangelização -"impedir a marginalização da fé cristã na vida pública das nações" e continuou -"Não podemos permitir que o papel do cristão leigo seja silenciado e venha relegado à esfera privada." Outro desafio levantado por ele foi o aspecto economico e comercial da globalização, que estimulando o consumismo irracional, coloca o aspecto material do homem ao centro, prejudicando assim a abertura do próprio homem ao transcendente, à Deus."

Ele lembrou as palavras de Bento XVI, ao invocar uma nova geração de católicos comprometidos com a política:-"Reitero a necessidade e urgência de formação evangélica e acompanhamento pastoral de uma nova geração de católicos envolvidos na política, que sejam coerentes com a fé professada, que tenham firmeza moral,capacidade de julgar, competência profissional e paixão pelo serviço ao bem comum."(Discurso ao CPL, Vaticano, 15 de novembro de 2008)

E por fim recordou que o evangelho é a melhor escola de vida leiga para a humanidade, " porque ninguém como Jesus Cristo ensinou aos homens a arte de viver, de dizer com fatos como se ama, e estar ao lado das pessoas até dar a vida pelos próprios amigos”.  ZENIT Savatore Martinez, presidente do Movimento Carismático na Itália

Não há uma antítese entre a vida contemplativa e o anúncio da Palavra, recordou o director da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, em seu último editorial para Octava Dies, o boeltim semanal do Centro Televisivo Vaticano. 
Recordando a visita de Bento XVI à cartuxa de Serra San Bruno (Calábria, Itália), no dia 9 de outubro, o porta-voz vaticano destacou que o “silêncio e a Palavra” com “a oração e o jejum”, longe de opor-se, são essenciais desde o momento em que “nos interrogamos sobre a maneira de dar asas à nova evangelização”.
“O silêncio é a premissa essencial para acolher a escuta da Palavra”, insistiu o Pe. Lombardi, porque é justamente “modulado de silêncios é como o som da palavra se torna significativo”.
O Pe. Lombardi reconheceu que, para as pessoas da nossa época, imersas em um fluxo contínuo de ruídos, físico ou mental, da vida dos monges suscita ao mesmo tempo admiração e um temor reverencial, a nostalgia de ritmos e equilíbrios de vida perdidos no passado.
No entanto, quase todos, de maneira mais ou menos confusa, acrescenta, “sentem a fascinação e compreendem a importância essencial de um lugar de silêncio”.
Um silêncio, explica, que não equivale “ao vazio do nada”, mas “à respiração do espírito”, onde se acaba percebendo “o sopro leve” da presença de Deus, “a Realidade mais real que existe, como disse o Papa, e que se encontra muito além da dimensão sensível”.

O Pe. Lombardi recordou o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 20 de Maio de 2012: “Silêncio e Palavra: caminho de evangelização”. ZENIT 20 10.2011

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