BRASIL | COPA A bola é fogo... (19) massacre de Haximu

BRASIL | COPA
 massacre de Haximu… (19) indígenas

 Davi Kopenawa, um porta-voz Yanomami, disse à Survival: ‘Eu nunca me esqueci de Haximu. Os garimpeiros mataram dezasseis Yanomami e os mesmos garimpeiros voltaram para lá. Nós estamos revoltados porque os garimpeiros não foram punidos e não sofreram como nós sofremos.’
Na esteira do massacre várias comissões binacionais (do Brasil e Venezuela) foram criadas, incluindo uma para monitorar e combater o garimpo ilegal. No entanto, parece ter estado inactiva durante muitos anos. Survival escreveu para os dois governos instando-os a manter seus acordos para controlar o garimpo ilegal e proteger a terra Yanomami.
Os Yanomami passam de 30.000 e são a maior tribo relativamente isolada na América do Sul, abrangendo a fronteira entre Venezuela e Brasil. Uma onda de garimpeiros ilegais dizimou a tribo na década de 1980, quando um em cada cinco Yanomami no Brasil morreu em violentos ataques ou por doenças trazidas pelos invasores.
Stephen Corry, director da Survival International, disse: ‘Tanto o Brasil como a Venezuela continuam a permitir que os garimpeiros ilegais operem dentro da terra Yanomami, apesar de conhecerem os horrores que eles causaram.  

Após o ataque, garimpeiros queimaram o shabono
(casa comunal) de Haximu.
 Oscar Márquez/ Comissão Interministerial da
 Venezuela sobre Haximu


Sociedade justa jogo limpo
Outra iniciativa ligada ao Mundial é a campanha «Steilpass» («Assist», no calão futebolístico) com o objectivo de «um jogo limpo para uma sociedade mais justa e igualitária». Veio da organização alemã “Adveniat” e está a ter a adesão dos católicos brasileiros.
A campanha sugere as regras seguintes: “necessidade de criar um trabalho digno; acesso à instrução pública completa; assegurar o controlo democrático da justiça; reformas rurais e agrárias justas; controlo democrático dos média; proteger os jovens da violência; conservar a pluralidade cultural dos priedade e da justiça e da paz.ovos; combater a corrupção e garantir a transparência; promover iniciativas para o empenho social dos cidadãos; e assistência sanitária para todos”.

No Mundial, não há só futebol, mas profecia, na defesa e promoção da dignidade humana, do bem comum, da solidariedade e da justiça e da paz. R.O.

Comentários

Mensagens populares