LAMEGO ONU distingue trabalho de missionário: sacerdote-cirurgião

LAMEGO

ONU distingue trabalho de missionário: sacerdote e cirurgião

Doutor Pe. Aldo Marchesini. missionário italianol
28.06.2014diocesdelamego Uma das notícias que despertará
a atenção dos leitores da Voz de Lamego, na edição desta
semana será certamente a notícia que se segue e que
aqui reproduzimos a partir da edição escrita.


Viver para servir
Há notícias que passam despercebidas da grande maioria e que são completamente ignoradas pelos grandes meios de comunicação. Neste caso, destaque para o trabalho missionário de um sacerdote-cirurgião por terras de Moçambique.
O sacerdote e cirurgião Aldo Marchesini, missionário italiano em Moçambique, foi distinguido pelas Nações Unidas com o ‘World Population Award’, destinado a premiar o trabalho por melhores condições de saúde das populações. A entrega do prémio decorreu no último dia 12, em Nova Iorque.
“Viver com os mais pobres é uma experiência extraordinária, porque pouco a pouco se compreender, como dizia Jesus, que os sábios e inteligentes não conseguem perceber os segredos do mundo, abertos, pelo contrário, aos pequenos e pobres”, referiu o religioso dehoniano.
A ONU destaca o trabalho do missionário na área da obstetrícia, sem nunca ter deixado Moçambique durante a guerra civil, na qual foi “raptado e preso várias vezes”. O padre Aldo Marchesini trabalha em Moçambique há mais de 40 anos, onde se tem dedicado ao tema da população e à assistência médica aos doentes nos hospitais por onde tem desenvolvido a sua atividade profissional.
A província portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) recorda que o sacerdote é seropositivo, tendo sido infetado com o Vírus da Imunodeficiência Humana ao operar a uma mulher seropositiva que estava a dar à luz. “O facto de ser seropositivo não o afasta das missões: em vez de ficar em Itália a cuidar da sua saúde, preferiu regressar a Moçambique e, junto dos colegas, enfermeiros e doentes, mostrar que é possível combater esta terrível doença que mata milhares de pessoas em Moçambique e no mundo inteiro”, destacam os religiosos portugueses.

in Voz de Lamego, 24 de junho de 2014, ano 84/32, n.º 4270

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