LAMEGO ONU distingue trabalho de missionário: sacerdote-cirurgião
LAMEGO
ONU distingue trabalho de missionário: sacerdote e cirurgião
Viver para servir
Há notícias que passam despercebidas da grande maioria e que são
completamente ignoradas pelos grandes meios de comunicação. Neste caso,
destaque para o trabalho missionário de um sacerdote-cirurgião por terras de
Moçambique.
O sacerdote e cirurgião Aldo Marchesini, missionário italiano em
Moçambique, foi distinguido pelas Nações Unidas com o ‘World Population Award’,
destinado a premiar o trabalho por melhores condições de saúde das populações.
A entrega do prémio decorreu no último dia 12, em Nova Iorque.
“Viver
com os mais pobres é uma experiência extraordinária, porque pouco a pouco se
compreender, como dizia Jesus, que os sábios e inteligentes não conseguem
perceber os segredos do mundo, abertos, pelo contrário, aos pequenos e pobres”, referiu o religioso dehoniano.
A ONU destaca o trabalho do missionário na área da obstetrícia,
sem nunca ter deixado Moçambique durante a guerra civil, na qual foi “raptado e
preso várias vezes”. O padre Aldo Marchesini trabalha em Moçambique há mais de
40 anos, onde se tem dedicado ao tema da população e à assistência médica aos
doentes nos hospitais por onde tem desenvolvido a sua atividade profissional.
A província portuguesa
dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) recorda que o sacerdote é
seropositivo, tendo sido infetado com o Vírus da Imunodeficiência Humana ao
operar a uma mulher seropositiva que estava a dar à luz. “O
facto de ser seropositivo não o afasta das missões: em vez de ficar em Itália a
cuidar da sua saúde, preferiu regressar a Moçambique e, junto dos colegas,
enfermeiros e doentes, mostrar que é possível combater esta terrível doença que
mata milhares de pessoas em Moçambique e no mundo inteiro”,
destacam os religiosos portugueses.
in Voz de Lamego, 24 de junho de 2014, ano
84/32, n.º 4270
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