Vaticano Papa critica níveis de «fome» num mundo «com recursos para todos»
Vaticano
Papa
critica níveis de «fome» num mundo «com recursos para todos»
Na
missa de abertura da 20.ª assembleia geral da Cáritas Internacional que
decorreu, em Roma, o Papa Francisco pôs em destaque ( no dia 12.05), a urgência da Igreja Católica continuar a
apoiar em todo o mundo as populações vítimas da pobreza, da fome, da
desigualdade social e da violência.
Celebrando
na Basílica de São Pedro, Francisco recordou as “muitas pessoas” que actualmente
só esperam que haja “comida suficiente”, isto num mundo "com recursos para
todos” mas onde “há falta de vontade em partilhá-los com todos”.
Para
o Papa argentino, a Igreja Católica, através de instituições como a Cáritas,
deve “fazer tudo o que está ao seu alcance para que todos tenham de comer” e
“recordar aos poderosos da Terra que um dia serão sujeitos ao julgamento de
Deus”.
Na
homilia enviada à Agência ECCLESIA pelo serviço informativo da Santa Sé,
Francisco sublinhou a necessidade de ajudar as pessoas que em todo o planeta
estão a ser alvo de “injustiças intoleráveis, privadas com violência seja do
alimento corporal ou espiritual, expulsas das suas casas e igrejas, tantas
vezes destruídas”.
Nesse
sentido, recordou aos responsáveis das diversas Cáritas mundiais presentes em
Roma - incluindo o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca - o
mandato do Evangelho, que “quando é acolhido e anunciado, desafia a lavar os
pés e as feridas dos que sofrem e a preparar uma mesa para eles”.
“Quem
vive a missão da Cáritas não é um simples agente, é uma testemunha de Cristo.
Uma pessoa que procura Cristo e se deixa procurar por ele, uma pessoa que ama
com o espírito de Cristo, um espirito de gratuidade, de entrega. Todas as
nossas estratégias e planos serão vazios se não levarmos em nós este amor”,
alertou.
A
20.ª Assembleia Geral da Cáritas Internacional, que vai decorrer até domingo em
Roma, tem como tema “Uma só família humana, a Cuidar da Criação”.
Ao
longo dos próximos cinco dias, estará centrada na elaboração da estratégia de
ajuda humanitária até 2019, no contexto de 164 países.
Indo
ao encontro das celebrações em memória das Aparições de Nossa Senhora, que vão
decorrer dias 12 e 13 maio em Fátima, o Papa encomendou o sucesso dos trabalhos
da assembleia a Maria, que “apareceu na Cova da Iria para anunciar a vitória
sobre o mal”.
“Que
com tão grande apoio não tenhamos medo de continuar a nossa missão”, concluiu.
Sob
a coordenação do cardeal hondurenho Óscar Maradiaga, presidente da Cáritas
Internacional, o encontro na capital italiana vai ainda servir para a Cáritas
"eleger novos dirigentes” para os próximos anos.
Na
antecâmara para a assembleia, D. Óscar Maradiaga chamou a atenção da
importância da iniciativa enquanto ponto de partida para a partilha “de uma
grande quantidade de culturas e experiências”.
“Uma
diversidade de ideias” que, segundo o responsável católico, “poderá ajudar e
muito a encontrar novas formas de “amenizar o sofrimento dos mais pobres”. JCP | AE in Voz da Missão Junho 2015
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