VATICANO
«Ad Limina»: Papa falou aos bispos sobre necessidade de acolher
refugiados
PR/Agência ECCLESIA
D. Manuel Clemente sublinha
esforço de «longo prazo» na Europa
Cidade do
Vaticano, 07 set 2015 (Ecclesia) - O cardeal-patriarca de Lisboa revelou hoje
no Vaticano que o Papa e os bispos portugueses falaram da necessidade de
acolher os refugiados que chegam à Europa, numa coordenação de “esforços e de
boas vontades”.
D. Manuel
Clemente falava aos jornalistas no final da série de encontros entre os membros
do episcopado católico e Francisco, no âmbito da visita ‘ad Limina’ que se
iniciou esta manhã.
Segundo o
presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a hierarquia católica
mostrou-se “completamente disponível” para responder ao desafio lançado pelo
Papa, para que haja pelo menos “uma família” em cada paróquia que se disponha a
acolher “uma família refugiada”.
“O Papa teve a
ocasião de explicar o que é que pretende com o envolvimento das paróquias no
acolhimento”, precisou D. Manuel Clemente.
Segundo este
responsável, “nada melhor do que envolver diretamente as famílias nesse
acolhimento e acompanhamento, com o apoio depois de todas as estruturas”, uma
ajuda que não passa necessariamente por receber estas populações em casa, mas
por “garantir condições de alojamento e acompanhamento”.
“Trata-se de algo
a médio e a longo prazo”, acrescentou o presidente da CEP.
O
cardeal-patriarca de Lisboa insistiu na necessidade de “boa coordenação com
todas as outras instâncias”, políticas e da sociedade civil, a todos os níveis.
“No que diz
respeito às nossas famílias católicas, faremos todos os possíveis para estarmos
com elas nesse sentido”, acrescentou.
D. Manuel
Clemente sustenta que este fenómeno vai originar alterações de fundo na
sociedade portuguesa, bem como na europeia.
“A afluência à
Europa de milhares e milhares e milhares de pessoas de um outro continente, de
outras culturas, de outras civilizações vai provocar uma profunda mudança na
maneira como vemos e convivemos”, explicou.
Em relação ao
discurso entregue pelo Papa aos bispos portugueses, o presidente da CEP admitiu
que dele resulta a urgência de criar “itinerários juvenis” para o
acompanhamento das novas gerações, num contexto em que as instituições estão
“bastante enfraquecidas”.
Isso exige um
“acompanhamento muito mais próximo” e propostas “mais entusiasmantes”, que não
se limitem a grandes eventos.
“Aquela
comunidade que era fixa hoje tem de ser intercomunitária”, avançou o patriarca
de Lisboa.
Segundo D. Manuel
Clemente, o trabalho junto dos mais novos passa pelo “testemunho, pelo
entusiasmo” com que os crentes fazem de Jesus Cristo uma “referência
permanente” na sua vida.
A “profunda
mutação” da realidade social e religiosa em Portugal, acrescentou, desafia a
Igreja Católica a encontrar “mecanismos de acompanhamento”
O Papa Francisco
lamentava, no seu discurso, que algumas paróquias estejam “centradas e fechadas
no «seu» pároco”, bem como o “vazio” na oferta paroquial de formação cristã
juvenil pós-Crisma, que leva a uma “debandada” da juventude.
Segundo o
presidente da CEP, há muitas comunidades que “procuram resposta” para estas
situações, destacando o “esforço missionário” que envolve milhares de jovens em
diversos campos.
O programa
oficial da viagem de oito dias a Roma iniciou-se às 07h30 (menos uma Lisboa),
com uma Missa junto do túmulo de São Pedro, na Basílica de São Pedro.
Depois aconteceu
a primeira audiência com o Papa, que recebeu os bispos das províncias
eclesiásticas de Lisboa e Évora, juntamente com os responsáveis do Ordinariato
Castrense (Forças Armadas e de Segurança), seguindo-se o encontro com os bispos
da Província Eclesiástica de Braga e a audiência do Papa a todo o grupo.
Para o
cardeal-patriarca, estes foram momentos para conversas sobre temas “oportunos”,
como a “relevância” da família e da preparação para o Matrimónio, na Igreja
Católica.
“Falamos de tudo
um pouco, com muita franqueza, com muita proximidade por parte do Papa”,
indicou.
Além dos
encontros com o Papa e da participação na audiência pública desta quarta-feira,
os bispos portugueses vão ter um programa preenchido
até sábado, com destaque para as visitas às várias instâncias da Santa Sé.
PR/OC
Cidade do
Vaticano, 07 set 2015 (Ecclesia) - O cardeal-patriarca de Lisboa revelou hoje
no Vaticano que o Papa e os bispos portugueses falaram da necessidade de
acolher os refugiados que chegam à Europa, numa coordenação de “esforços e de
boas vontades”.
D. Manuel
Clemente falava aos jornalistas no final da série de encontros entre os membros
do episcopado católico e Francisco, no âmbito da visita ‘ad Limina’ que se
iniciou esta manhã.
Segundo o
presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a hierarquia católica
mostrou-se “completamente disponível” para responder ao desafio lançado pelo
Papa, para que haja pelo menos “uma família” em cada paróquia que se disponha a
acolher “uma família refugiada”.
“O Papa teve a
ocasião de explicar o que é que pretende com o envolvimento das paróquias no
acolhimento”, precisou D. Manuel Clemente.
Segundo este
responsável, “nada melhor do que envolver diretamente as famílias nesse
acolhimento e acompanhamento, com o apoio depois de todas as estruturas”, uma
ajuda que não passa necessariamente por receber estas populações em casa, mas
por “garantir condições de alojamento e acompanhamento”.
“Trata-se de algo
a médio e a longo prazo”, acrescentou o presidente da CEP.
O
cardeal-patriarca de Lisboa insistiu na necessidade de “boa coordenação com
todas as outras instâncias”, políticas e da sociedade civil, a todos os níveis.
“No que diz
respeito às nossas famílias católicas, faremos todos os possíveis para estarmos
com elas nesse sentido”, acrescentou.
D. Manuel
Clemente sustenta que este fenómeno vai originar alterações de fundo na
sociedade portuguesa, bem como na europeia.
“A afluência à
Europa de milhares e milhares e milhares de pessoas de um outro continente, de
outras culturas, de outras civilizações vai provocar uma profunda mudança na
maneira como vemos e convivemos”, explicou.
Em relação ao
discurso entregue pelo Papa aos bispos portugueses, o presidente da CEP admitiu
que dele resulta a urgência de criar “itinerários juvenis” para o
acompanhamento das novas gerações, num contexto em que as instituições estão
“bastante enfraquecidas”.
Isso exige um
“acompanhamento muito mais próximo” e propostas “mais entusiasmantes”, que não
se limitem a grandes eventos.
“Aquela
comunidade que era fixa hoje tem de ser intercomunitária”, avançou o patriarca
de Lisboa.
Segundo D. Manuel
Clemente, o trabalho junto dos mais novos passa pelo “testemunho, pelo
entusiasmo” com que os crentes fazem de Jesus Cristo uma “referência
permanente” na sua vida.
A “profunda
mutação” da realidade social e religiosa em Portugal, acrescentou, desafia a
Igreja Católica a encontrar “mecanismos de acompanhamento”
O Papa Francisco
lamentava, no seu discurso, que algumas paróquias estejam “centradas e fechadas
no «seu» pároco”, bem como o “vazio” na oferta paroquial de formação cristã
juvenil pós-Crisma, que leva a uma “debandada” da juventude.
Segundo o
presidente da CEP, há muitas comunidades que “procuram resposta” para estas
situações, destacando o “esforço missionário” que envolve milhares de jovens em
diversos campos.
O programa
oficial da viagem de oito dias a Roma iniciou-se às 07h30 (menos uma Lisboa),
com uma Missa junto do túmulo de São Pedro, na Basílica de São Pedro.
Depois aconteceu
a primeira audiência com o Papa, que recebeu os bispos das províncias
eclesiásticas de Lisboa e Évora, juntamente com os responsáveis do Ordinariato
Castrense (Forças Armadas e de Segurança), seguindo-se o encontro com os bispos
da Província Eclesiástica de Braga e a audiência do Papa a todo o grupo.
Para o
cardeal-patriarca, estes foram momentos para conversas sobre temas “oportunos”,
como a “relevância” da família e da preparação para o Matrimónio, na Igreja
Católica.
“Falamos de tudo
um pouco, com muita franqueza, com muita proximidade por parte do Papa”,
indicou.
Além dos
encontros com o Papa e da participação na audiência pública desta quarta-feira,
os bispos portugueses vão ter um programa preenchido
até sábado, com destaque para as visitas às várias instâncias da Santa Sé.
PR/OC
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