FILIPINAS Milhares de crianças arriscam a vida nas minas de ouro

FILIPINAS
Milhares de crianças arriscam a vida nas minas de ouro
Milhares de crianças filipinas, algumas de apenas 9 anos,
trabalham nas minas financiadas por empresários locais.

As crianças são exploradas em fossas precárias a 25 metros de profundidade ou submersas na água nas encostas ou nos rios. Numa nota recente de Human Rights Watch, enviada à Agência Fides, se solicita ao governo filipino para intervir imediatamente  a fim de proibir o trabalho infantil nas minas.

O documento, publicado junto com um vídeo antes do Mês da Criança celebrado nas Filipinas, denuncia as condições desumanas dos menores que trabalham na busca de ouro nas minas. Durante um estudo, efectuado entre 2014 e 2015 nas províncias de Camerines Nord e Masbate, foram entrevistadas 135 pessoas, incluindo 65 pequenos mineiros de 9 a 17 anos, além do medo da mina desabar, onde as crianças trabalham, e o de se afogarem, lamentaram vários problemas de saúde, infecções, febres, dores nas costas e outras partes do corpo. Nas minas subterrâneas, as crianças correm o risco de se ferir com pedras e traves de madeira que caem, com a queda do poço e a falta de oxigénio. Quando se encontram imersos por várias horas nos poços a 10 metros de profundidade, os mineiros, a maioria adolescentes e homens adultos, recebem ar através de um tubo ligado a um compressor colocado à superfície. Se o compressor, que é alimentado com óleo diesel, pára de funcionar, os mineiros podem afogar-se ou sofrer problemas de pressão se saem muito depressa. As crianças, para o trabalho do ouro, usam também mercúrio. O metal é altamente tóxico e as crianças são particularmente vulneráveis. Pode ter repercuçoes em seu sistema nervoso central e causar danos cerebrais além da morte. Em março de 2015, o Governo proibiu o uso de mercúrio no sector de mineração.

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