PORTUGAL LISBOA Alternativa da oposição é programa "imediatista, irrealista" e "iliberal"
PORTUGAL
LISBOA Alternativa
da oposição é programa "imediatista, irrealista" e
"iliberal"
O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que a alternativa
programática da oposição é "um programa político imediatista e
irrealista" e "iliberal", que põe em causa o equilíbrio das
contas públicas.
"Não garante a trajetória seguida nos últimos 30
anos relativamente ao nosso consenso europeu, antes o compromete, já que um
programa como este dificilmente deixaria de ser visto como uma ameaça à
normalização das nossas contas públicas e aos progressos que na economia e na
sociedade vão ligados a essa normalização", defendeu.
Referindo-se às moções de rejeição anunciadas por PS,
BE, PCP e PEV, Passos Coelho observou que, "curiosamente", essas
forças "apenas ontem [domingo] conseguiram encontrar supostamente uma
alternativa a este Programa e a este Governo, cujos termos políticos, segundo
parece, só estarão aliás disponíveis após a conclusão deste debate".
O primeiro-ministro afirmou que este é "um tempo
histórico relevante, um tempo portanto de desafio para todos e para cada
um", acrescentando: "A escolha que nos é dada neste tempo crucial é
clara".
Segundo Passos Coelho, o executivo PSD/CDS-PP representa
a continuidade de um "ciclo reformista", representa "o caminho
das reformas seguras e graduais, de matriz europeia", e do outro lado está
"um programa político imediatista e irrealista, assente no desejo do
regresso à ideia de omnipresença do Estado e numa representação iliberal e
anti-global do mundo".
"A escolha feita pelos portugueses não deixa muitas
dúvidas quanto ao caminho que desejam percorrer, e não são aqueles, como nós,
que com ela se identificam e que respeitam essa vontade quem tem de se explicar
melhor neste momento", declarou.
Entre os objetivos do Governo PSD/CDS-PP, Passos Coelho
nomeou a reforma da Segurança Social, a promoção do investimento e da
produtividade, uma maior abertura da economia e uma nova fase da modernização
administrativa.
"Também é fulcral que se privilegie o equilíbrio na
reposição de rendimento e do poder de compra das pessoas, cujo espaço de
crescimento deve estar relacionado com a incorporação de valor e com os avanços
registados na produtividade, ampliados pelo crescimento do emprego mais
qualificado e pela geração de riqueza", advogou.
Por outro lado, de acordo com o presidente do PSD, é
preciso não "desfazer o que já foi realizado" em áreas como "o
mercado laboral ou os mercados de produto, aqui incluindo a área da regulação,
as privatizações e concessões de empresas ou de serviços públicos e ainda a
diplomacia económica".
[Notícia atualizada às 17h53]
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