Voluntários se preparam para missão em ilha na África Juiz de Fora é ponto de coleta de leite em pó para campanha da ONG Fraternidade Sem Fronteiras Por Carime Elmor 16/07/2017 às 04:00hs - Atualizada 17/07/2017 às 17:46hs Acabar com a desnutrição é uma das tarefas dos voluntários brasileiros que visitam a comunidade (Foto: Arquivo/Fraternidade Sem Fronteiras) Se você olhar o mapa de Madagascar, maior ilha do continente Africano, verá bem ao Sul a cidade de Ambovombe, uma região de completa seca e fome, visitada por voluntários brasileiros que trabalham para amenizar o sofrimento da população. A médica juiz-forana Flávia Chiaini esteve na região no mês passado, juntamente com profissionais de outras áreas, levando alimentação, saúde e higiene bucal. A caravana integrada por ela faz parte da ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF), que este mês mantém em Juiz de Fora um posto para coleta de leite em pó integral na loja Pop Kids, no Independência Shopping (Av. Presidente Itamar Franco, 3.600, piso L1, loja 140, Bairro Cascatinha). Os voluntários pedem que, de preferência, seja doado o leite em lata, o que facilita o transporte e garante melhor higienização e condições de armazenamento na ilha, desprovida de infraestrutura de refrigeração. Em junho deste ano, Flávia se deparou em Ambovombe com uma comunidade de pessoas que carregavam expressões tristes, crianças pequenas e desnutridas, pois param de receber leite materno muito cedo. Anteriormente, a médica havia participado da caravana da saúde em Moçambique. Segundo a médica, muitas dessas crianças nunca tinham visto uma pessoa branca e ficaram curiosas de início, passando as mãos no rosto dos voluntários, que interagem com todos os moradores. Os profissionais mantêm o cuidado de conhecer, estudar e respeitar os hábitos culturais das comunidades, sem interferir em nenhum valor. Um dos principais focos do FSF, conforme a juiz-forana, é a educação, por isso buscam sempre aprender o dialeto local, a fim de conquistar maior aproximação. Sem água e comida A ONG Fraternidade Sem Fronteiras, formada em 2009 pelo mato-grossense Wagner Gomes Moura e com sede em Campo Grande (MS), envia, em média, quatro a cinco caravanas por ano para essas regiões. De três em três meses há uma visita de assistência mais completa com voluntários brasileiros. Assim que instala suas bases, a FSF busca trabalhadores locais para darem suporte ao longo de todo ano, treina essas pessoas e gera emprego para a comunidade. “Eu me programo para ir uma vez ao ano junto à Caravana da Saúde. O projeto não tem foco em manter um tratamento, e sim a recuperação nutricional das crianças, ofertando alimentação, vestuário e assistência odontológica. Uma conscientização da mudança de condições de vida”, explica Flávia. A área odontológica, de acordo com ela, é especialmente importante para Madagascar, onde as pessoas consomem alimentos industrializados e sofrem muito com dor de dente. A próxima caravana acontece em novembro, mas, em agosto, cinco voluntários irão para Ambovombe para o projeto “Construção”, que tem o propósito de organizar a logística da ONG e estabelecer uma instalação provisória em um terreno alugado pela FSF. A intenção é a de criar uma estrutura mínima de atendimento emergencial, como um local de armazenamento de alimentos, uma cozinha para preparação dos mesmos, assim como uma unidade básica de saúde. O conteúdo continua após o anúncio A nutricionista Claudete Chiappini, que mora no Rio e está de mudança para Juiz de Fora, irá visitar a região pela primeira vez. “Eu estou indo criar essa estrutura básica emergencial e fazer com que ela funcione satisfatoriamente para garantir o aumento de peso das crianças”, diz Claudete, que também será responsável por treinar uma equipe e alertar sobre os cuidados de higienização no processo de preparação dos alimentos. Claudete está adotando dois manuais do Ministério da Saúde Brasileiro, o de “Acompanhamento e desenvolvimento infantil” e o “Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar”, porém, criando dietas e cardápios adaptados às condições de Madagascar. Por isso, ela reforça que as doações de leite em pó são tão fundamentais para que seja viável essa recuperação das crianças. “São crianças que passam fome, ficam vários dias sem comida e água, crianças magras e de baixa estatura.” O Brasil inteiro pode doar, todas as informações estão no site fraternida de semfronteiras.org.br. “Tribuna de Minas”

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Voluntários se preparam para missão em ilha na África
Juiz de Fora é ponto de coleta de leite em pó para campanha da ONG Fraternidade Sem Fronteiras
Por Carime Elmor
16/07/2017 às 04:00hs - Atualizada 17/07/2017 às 17:46hs
Acabar com a desnutrição é uma das tarefas dos voluntários brasileiros que
visitam a comunidade (Foto: Arquivo/Fraternidade Sem Fronteiras)


Se você olhar o mapa de Madagascar, maior ilha do continente Africano, verá bem ao Sul a cidade de Ambovombe, uma região de completa seca e fome, visitada por voluntários brasileiros que trabalham para amenizar o sofrimento da população. A médica juiz-forana Flávia Chiaini esteve na região no mês passado, juntamente com profissionais de outras áreas, levando alimentação, saúde e higiene bucal. A caravana integrada por ela faz parte da ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF), que este mês mantém em Juiz de Fora um posto para coleta de leite em pó integral na loja Pop Kids, no Independência Shopping (Av. Presidente Itamar Franco, 3.600, piso L1, loja 140, Bairro Cascatinha). Os voluntários pedem que, de preferência, seja doado o leite em lata, o que facilita o transporte e garante melhor higienização e condições de armazenamento na ilha, desprovida de infraestrutura de refrigeração.
Em junho deste ano, Flávia se deparou em Ambovombe com uma comunidade de pessoas que carregavam expressões tristes, crianças pequenas e desnutridas, pois param de receber leite materno muito cedo. Anteriormente, a médica havia participado da caravana da saúde em Moçambique. Segundo a médica, muitas dessas crianças nunca tinham visto uma pessoa branca e ficaram curiosas de início, passando as mãos no rosto dos voluntários, que interagem com todos os moradores. Os profissionais mantêm o cuidado de conhecer, estudar e respeitar os hábitos culturais das comunidades, sem interferir em nenhum valor. Um dos principais focos do FSF, conforme a juiz-forana, é a educação, por isso buscam sempre aprender o dialeto local, a fim de conquistar maior aproximação.
Sem água e comida
A ONG Fraternidade Sem Fronteiras, formada em 2009 pelo mato-grossense Wagner Gomes Moura e com sede em Campo Grande (MS), envia, em média, quatro a cinco caravanas por ano para essas regiões. De três em três meses há uma visita de assistência mais completa com voluntários brasileiros. Assim que instala suas bases, a FSF busca trabalhadores locais para darem suporte ao longo de todo ano, treina essas pessoas e gera emprego para a comunidade.
“Eu me programo para ir uma vez ao ano junto à Caravana da Saúde. O projeto não tem foco em manter um tratamento, e sim a recuperação nutricional das crianças, ofertando alimentação, vestuário e assistência odontológica. Uma conscientização da mudança de condições de vida”, explica Flávia. A área odontológica, de acordo com ela, é especialmente importante para Madagascar, onde as pessoas consomem alimentos industrializados e sofrem muito com dor de dente.
A próxima caravana acontece em novembro, mas, em agosto, cinco voluntários irão para Ambovombe para o projeto “Construção”, que tem o propósito de organizar a logística da ONG e estabelecer uma instalação provisória em um terreno alugado pela FSF. A intenção é a de criar uma estrutura mínima de atendimento emergencial, como um local de armazenamento de alimentos, uma cozinha para preparação dos mesmos, assim como uma unidade básica de saúde.
O conteúdo continua após o anúncio
A nutricionista Claudete Chiappini, que mora no Rio e está de mudança para Juiz de Fora, irá visitar a região pela primeira vez. “Eu estou indo criar essa estrutura básica emergencial e fazer com que ela funcione satisfatoriamente para garantir o aumento de peso das crianças”, diz Claudete, que também será responsável por treinar uma equipe e alertar sobre os cuidados de higienização no processo de preparação dos alimentos.

Claudete está adotando dois manuais do Ministério da Saúde Brasileiro, o de “Acompanhamento e desenvolvimento infantil” e o “Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar”, porém, criando dietas e cardápios adaptados às condições de Madagascar. Por isso, ela reforça que as doações de leite em pó são tão fundamentais para que seja viável essa recuperação das crianças. “São crianças que passam fome, ficam vários dias sem comida e água, crianças magras e de baixa estatura.” O Brasil inteiro pode doar, todas as informações estão no site fraternida de semfronteiras.org.br. “Tribuna de Minas”

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