Greve da destruição


                
Sempre aprendi nos estabelecimentos de ensino que frequentei e nos países que visitei, que a greve só deve ser usada em última análise quando é impossível o diálogo. Creio que entre nós nem se tenta isso, pois na Assembleia nem há tácticas para se dialogar mas simplesmente se tratam as coisas a nível de partido e, depois, vamos para o barulho. Anda-se ao ataque. A pensar sempre em eleições. Parece uma campanha eleitoral.
A greve a que assistimos no dia 14 tornou-se uma batalha campal, a coisa mais desajeitada que vi entre o povo português. Julgava-o mais sensato. Eu andei à pedrada quando era garoto e andava na escola… Mas ver esses senhores a arrancar as pedras da rua e a “bombardear” com elas a polícia, a queimar caixotes do lixo, a quebrar montras, carros… Louvo as forças policiais que aguentarem esse desprezo e desacato durante duas horas, e intervieram uma vez que não atenderam as ordens para dispersar! Pobre povo…à austeridade, só faltava agora uma “ajudinha” para destruir mais depressa o que ainda temos e atrasarmos a recuperação… Valha-nos Deus (Enviado para JN-leitor - em 16.11.12 - mas não publicado)

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