Todos os povos verão a salvação de Deus por ARMANDO SOARES
Estas
são palavras do profeta Isaías. Numa visão de universalidade, o profeta sonha
com a realidade do Messias, do salvador. O esperado de Israel, o prometido do
Pai, a angústia da orfandade, o sofrimento do homem
pecador-longe-de-Deus-desprezado-esquecido e abandonado apela para um Deus salvador
que, fiel – sempre fiel às suas promessas também não há-de falhar com a
salvação prometida.
O
profeta alimentou com suas palavras de esperança, a confiança no Deus que nunca
falha, na luz da salvação que virá iluminar e dissipar as trevas.
Natal
– o nascimento de Cristo – é manifestação na carne do Deus das teofanias – numa
coluna de fogo – numa nuvem – numa sarça ardente – no vento forte ou na brisa
mansa – manifestando-se na pessoa do Filho, o Homem-Deus, o Deus da história, o
Deus habitando no meio dos homens, o Deus Encarnado, o Deus connosco.
Estamos
hoje no tempo da história da humanidade. A salvação de Deus em que se realiza o
Reino de Deus. Estamos no tempo da Igreja que é o sacramento universal da
salvação. A Igreja recebeu de Jesus de Nazaré o mandato de anunciar essa
salvação a todos os povos, a todas as culturas.
A
salvação é a chegada dos caminhos de paz e de justiça, e do dom de Deus.
Atingidos pela salvação, o único caminho é o que o Senhor ensinou. Nascido numa
família de pai e mãe, na família concreta de Nazaré, num nascimento misterioso,
num ambiente real, cumpridor da lei e sobretudo amante das pessoas, aceitando o
diálogo respeitador mas intransigente das coisas de Deus, com os valores reais
da comunidade, nos sentidos vertical-horizontal-Deus-homem.
Num
mundo em que os esquemas são muitas vezes de distorção ou destruição das
famílias por esquemas frustrantes e frustradores ou por esquemas em que as
maneiras de pensar de meia dúzia pretendem ser apoiadas por aqueles que têm o
dom e a alegria de serem normais. Como é bom neste mundo manter uma
relação-força com Alguém que dá o maior dom que é a vida e a capacidade de a
administrar!
Jesus
Cristo veio ao meio dos homens. «O Verbo encarnou, habitou entre nós”». Mas
hoje como há dois mil anos, muitos não o reconheceram, não viram a Sua Luz, não
descobriram a verdade. Ainda não viram a salvação.
Teimam
em permanecer nas trevas. Enchem o mundo e os meios de comunicação social, não
de boas novas, mas de violência, de morte, de sangue, de desprezo, de pouca
vergonha, de droga, de fumo, de sexo, de febres anormais, de imagens de vida
fácil, de vidas vazias, sem sentido, preparando mais cedo ou mais tarde quedas
abruptas no vazio.
Muitos
terminarão no salto da ponte abaixo ou na sua própria destruição porque “não
vale a pena viver”. Como o mundo seria belo, se todos o quisessem!
Jesus
Cristo de Nazaré é o único que dá sentido à vida, harmonia ao universo e paz à
pessoa e à comunidade. Como seria bom se descobríssemos o Messias, o
libertador, o salvador. Grande seria este Natal. Para mim, para ti, para o
mundo em que tentamos viver.
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