HAITI Furacão Sandy abala o país
Furacão Sandy no Haiti |
As consequências da passagem do furacão Sandy
pelo Haiti estão se revelando mais graves do que pareciam. Sandy “passou de
raspão” pelo país, sem atingi-lo em cheio, mas, mesmo assim, deixou estragos
enormes.
De acordo com o diário vaticano L'Osservatore
Romano, chegam a setenta as mortes no país, que ainda nem se recuperou da
catástrofe histórica do terramoto de 2010. Outras vinte pessoas morreram
vítimas de um novo surto da epidemia de cólera causada pelas condições
insalubres em que vivem os habitantes desde o terramoto. Desde 2010, a epidemia
já provocou 7.600 mortes e contagiou 600.000 pessoas.
O prefeito de Cap Haitienne, Wilborde Beon,
afirma que "é muito difícil fazer um balanço preciso das vítimas",
porque "todos os bairros populares foram invadidos pela água". As
autoridades locais transferiram muitos moradores para abrigos provisórios.
A fundação católica Ajuda à Igreja que Sofre
(AIS) lançou um apelo de emergência em prol do povo haitiano. O furacão
desalojou 200.000 pessoas que pediram ajuda à Igreja. Suas plantações foram
arruinadas e boa parte do gado morreu na tragédia.
Em resposta a uma solicitação urgente do
bispo Joseph Gontrand Décoste, da cidade de Jérêmie, sudoeste do Haiti, a AIS
anunciou um pacote de ajuda humanitária além do apoio habitual para reparar
capelas e outras estruturas eclesiais.
O bispo Décoste afirma: “Sandy destruiu 70%
das colheitas na diocese de Jérêmie e causou uma grande perda de gado. Os danos
no campo e nas hortas deixaram muitos granjeiros com medo da falta de
comida".
A AIS oferecerá ajuda inclusive em sementes e
gado, o que é inusitado para a fundação. Rafael D’Aqui, presidente da secção
latino-americana, explica esta decisão: "É uma assistência para aqueles
que agora carecem das provisões mais básicas. Como norma, a nossa entidade
promove principalmente (...) iniciativas pastorais, que fortaleçam a fé das
pessoas e as motivem a ajudar os outros. Não se trata só de ajuda financeira,
mas de não deixar as pessoas sozinhas no meio do sofrimento". A ajuda de
vinte mil dólares abrange também os flagelados de Cuba ZENIT 13.11.2012
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