NIGERIA ofensiva contra extremistas islâmicos
Nigéria lançou uma campanha militar nesta quarta-feira
para expulsar militantes islâmicos de suas bases em áreas de fronteira, depois
que o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência no
nordeste do país.
Um grande número de soldados nigerianos se
deslocou para a região, como parte de um plano governamental para derrotar a
insurgência do grupo islâmico Boko Haram, que assumiu o controle de parte
significativa do território.
"As operações, que envolvem o envio
massivo de homens e recursos, são destinadas a assegurar a integridade
territorial do país e aumentar a segurança de todos os territórios dentro das
fronteiras da Nigéria", disse um comunicado na sede da Defesa.
Jornalistas da Reuters
e moradores viram caminhões transportando soldados do Exército entrar nas
localidades de Yola e Maiduguri após Jonathan declarar estado de emergência na
terça-feira – dia 25 - em três Estados:
Borno, Adamawa e Yobe -, depois dos ataques de militantes do Boko Haram.
Desde seu início, em 2009, a insurgência tem
custado milhares de vidas e desestabiliza a Nigéria, maior produtor de energia
da África. Boko Haram tem como alvo as forças de segurança, cristãos e
políticos no norte do país, cuja população é, na maioria, muçulmana.
O envio de tropas provavelmente vai aplacar
alguns dos críticos de Jonathan, que o acusam de não estar à altura da
gravidade da crise, mas alguns políticos do norte já manifestaram o temor de
que a acção militar eleve a tensão na região.
Também não está claro se o maior poderio
militar pode vencer uma batalha contra um adversário que se mostrou ser mestre
em desaparecer quando está sob pressão, apenas para ressurgir novamente em
outro lugar.
Autoridades militares no Nordeste e na sede da
capital, Abuja, não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
Um repórter da Reuters
viu seis caminhões transportando soldados entrando em Yola, capital do Estado
de Adamawa. Na capital do estado de Borno, Maiduguri, a maior cidade da região
e berço da revolta, os moradores também informaram que houve afluxo de tropas.
O clima é tenso na cidade. A maioria das lojas fechou e há poucas pessoas nas
ruas. Escolas foram fechadas. "O
que eu vi hoje de manhã me assustou", disse um homem em Maiduguri, Ahmed
Mari. "Nunca vi soldados em movimento assim antes." MISNA 15 de maio de
2013
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