O mundo dos afectos, a fé e a cura
Afectos |
A razão, sem os afectos, pode ficar
paralisada, mas estes, sem aquela, podem tornar-se cegos. E assim se constata a
importância do que hoje se chama a razão que sente, razão sensível, razão
emocional.
É neste fundo anímico-vital afectivo que
mergulha a própria fé religiosa. Esquece-se frequentemente que a fé não começa
por ser religiosa, mas uma atitude fundamental da existência enquanto confiança
de base.
A realidade da fé como atitude fundamental de
toda a existência e como possível abertura à fé religiosa, garante do sentido
último e pleno, é sublinhada cada vez mais, também em estudos científicos
referentes à doença e à cura.
Agora, Le Monde des Religions (n.° 54, 2012)
foi investigar e dá conta de um artigo da Universidade de Oxford em 2001, com a
síntese de 1200 estudos sobre a questão, concluindo que "crer , rezar,
praticar uma religião levam a uma melhor resiliência às doenças mentais como a
esquizofrenia e têm uma acção positiva sobre a pressão arterial e as funções
imunitárias". Isto significa que acreditar permite suportar melhor a
doença, favorecendo o tratamento. A imagem de Deus, bom ou castigador, é
fundamental.
Gail Ironson, da Universidade de Miami, num
estudo sobre a ligação entre VIH e crença religiosa, conclui que, "mesmo
tendo em conta os medicamentos, a espiritualidade traz um melhor controlo da
doença".
Nel Krause, da Universidade do Michigan,
mostrou que as pessoas que acreditam que "a sua vida tem um sentido"
vivem mais tempo.
Não se deve fazer uma divisão do trabalho
entre cura do corpo e cura das almas. Em vários sectores do cuidado - em
geriatria, nos cuidados de longa duração, nos cuidados paliativos -, o
acompanhante espiritual faz agora parte integrante da equipa de cuidados. É
considerado um profissional como os outros membros da equipa."
Pensar positivo é já
meia cura…. DN 29.05.2013 Prof.A.Borges (Resumo
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